Sporting CP 33–27 SL Benfica: Leões bicampeões nacionais!

Este domingo, o Sporting recebeu o Benfica no pavilhão João Rocha, com a possibilidade de se tornar bicampeão nacional. Recinto cheio para receber um jogo que se adivinhava muito disputado, e com o Benfica determinado a não entregar o título ao rival Sporting. O Sporting podia também bater o recorde de vitórias seguidas no campeonato (27 jogos) pertencente ao FC Porto.

O Sporting marcou primeiro mas o Benfica empatou de seguida. As equipas entraram muito concentradas, cientes da importância do jogo. O Sporting, catapultado pelo fantástico apoio dos seus adeptos, mostrou grande eficácia e, aos cinco minutos da primeira parte, já ganhava por quatro golos (5-1) – momento em que Carlos Resende pediu o primeiro Time-out do jogo. O Benfica conseguiu colocar-se ao nível da equipa da casa e acalmar ritmo – apesar disso, o ataque das águias tinha dificuldade em encontrar soluções, com o jogo a passar muito pelo pivot e a depender de transições muito rápidas.

Aos 15 minutos, o Sporting vencia por 11-7. Noite de grande inspiração do guarda redes do Sporting, Aljosa Cudic, e do lateral-esquerdo Frankis Carol. O Sporting mostrou-se muito focado na conquista do título e, na primeira parte, não deu grandes hipóteses à equipa do Benfica, que também não praticou o seu melhor andebol.

Nos últimos dez minutos da primeira parte, o jogo esteve muito partido, mas as defesas de Cudic (e a fraca finalização do Benfica), os contra-ataques do Sporting e alguma desinspiração inicial de Hugo Figueira, iam ditando a confortável vantagem do Sporting – 18-12 aos 25 minutos. Ao intervalo, os leões venciam por cinco golos (20-15) e todos os adeptos estavam convencidos do desfecho para que a equipa caminhava.

Pedro Portela realizou um dos seus últimos jogos pelo Sporting, clube que representou durante dez anos
Fonte: Sporting CP

A surpresa foi a grande entrada do Benfica, na segunda parte, focado em estragar a festa, que conseguiu reduzir a desvantagem para dois golos logo aos cinco minutos. A equipa do Sporting entrou mais pausada e menos agressiva, ao contrário dos rivais, que mostravam grande energia nas disputas. Um parcial de 6-1 para o Benfica no início da segunda parte reabriu a discussão do encontro – 21-21. Aos onze minutos do segundo tempo, o Benfica chegava pela primeira vez à liderança, 22-23.

Carlos Ruesga, mesmo limitado fisicamente, foi lançado no jogo na segunda metade pelo treinador do Sporting, Hugo Canela, para tentar agitar a defesa encarnada. Entrou bem e a equipa sentiu a sua entrada. Os leões, aos 15 minutos, voltaram a estar a vencer por um golo (24-23) mas esperava-se um final de loucos no pavilhão do Sporting.

Quando faltavam apenas cinco minutos, o Sporting estava mais estável, a vencer por quatro golos (29-25), e o jogo parecia sentenciado. A dois minutos do fim, já só se ouviam os adeptos leoninos a gritar: “Campeões! Campeões!”.

O Sporting confirmou o seu estatuto e venceu o Benfica por 33-27. A segunda metade do encontro ainda fez o Benfica sonhar, mas o Sporting não deixou fugir o bicampeonato, o primeiro desde 1980/81.

Destaco as exibições de Frankis Carol, com cinco golos, e do homem do jogo, Cudic, com defesas realmente impressionantes, do lado do Sporting, e Davide Carvalho, com nove golos, e Alexandre Cavalcanti, com sete, do lado do Benfica.

Noite memorável para o Sporting, que conquista o seu 21.º título de campeão nacional a três jornadas do fim, e bate o recorde de vitórias seguidas no campeonato com 28.

EQUIPAS INICIAIS:

Sporting CP:

Aljosa Cudic, Carlos Carneiro, Claudio Pedroso, Frankis Carol, Pedro Portela, Pedro Solha e Tiago Rocha.

Benfica:

Hugo Figueira, Pedro Seabra, Belone Moreira, Alexandre Cavalcanti, Davide Carvalho, João Pais e Paulo Moreno.

Francisco Reis
Francisco Reishttp://www.bolanarede.pt
Jogou andebol durante sete anos em camadas jovens, no Passos Manuel e no Boa Hora. Experiência na modalidade não falta. Agora estuda jornalismo e quer continuar a acompanhar o desporto que praticou durante boa parte da vida.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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