CD Mafra 2-1 SC Farense: Emoção e vitória vinda dos céus ao cair do pano

O Clube Desportivo de Mafra sagrou-se, neste Domingo, Campeão do Campeonato de Portugal, ao bater a formação do Sporting Clube Farense por 2-1, após uma reviravolta que culminou com o golo da vitória a ser obtido no último lance do encontro.

Num ambiente de festa entre duas equipas que tinham já assegurada a subida à Segunda Liga, tanto do lado do CD Mafra, como do lado do SC Farense, foi muita a afluência de adeptos para assistir ao jogo que iria consagrar o campeão do Campeonato de Portugal 2017/2018.

O jogo começou com as duas equipas dispostas em sistemas tácticos diferentes: o CD Mafra apresentou-se num 4x3x3 que se desdobrava num 3x4x3 no momento ofensivo, enquanto que o SC Farense subiu ao relvado num 4x4x2.

O SC Farense entrou decidido a marcar cedo e foi, precisamente, aos seis minutos quando se adiantou no resultado. Canto de Neca desde a esquerda para o coração da área, com Fábio Gomes a aparecer sozinho e a cabecear à vontade para o fundo das redes e a colocar os algarvios em vantagem.

Os primeiros 20 minutos decorreram com o SC Farense a controlar o jogo, enquanto que o CD Mafra tentava reagir sem sucesso. Devido à boa organização algarvia – com um bloco compacto sem bola e a pressionar alto –, foi somente aos 22 minutos que os mafrenses remataram pela primeira vez à baliza adversária. O CD Mafra continuava a tentar ter bola e houve mesmo um período em que o conseguiu, mas sem materializar em oportunidades de golo; o SC Farense continuava a fechar bem o espaço central e a obrigar o adversário a jogar mais por fora, mantendo o perigo longe da sua baliza.

Entrados no último quarto de hora do primeiro tempo, foi quando o CD Mafra conseguiu as suas duas melhores ocasiões: aos 33 minutos, num livre descaído da esquerda após falta sobre Bruninho, Mauro Antunes a bater a bola puxada à baliza de Miguel Carvalho, mas este a antecipar-se e a afastar o perigo com uma boa defesa.

Passados cinco minutos, nova ocasião para a equipa comandada por Luís Freire: jogada de insistência de Rui Pereira na esquerda, a conduzir a bola até à linha de fundo e a cruzar, com o esférico a sobrevoar toda a grande área até sobrar para Bruninho, que puxa a bola para dentro e remata ao lado. Ao fechar a primeira parte, houve ainda espaço para uma tentativa de Neca, de longe, após livre que embateu na barreira e que sobrou para o veterano médio, a rematar de pé esquerdo à figura do guarda-redes João Godinho.

O quarto-árbitro levantou a placa e informou que se jogariam mais três minutos, fruto de algumas paragens para assistência a jogadores de ambas as equipas. Chegou o intervalo, com o SC Farense em vantagem no marcador e com mais posse de bola.

O CD Mafra conseguiu aproveitar o cansaço que se foi instalando no adversário e deu a cambalhota no marcador, sagrando-se Campeão do Campeonato de Portugal 2017/2018
Fonte: FPF

O segundo tempo iniciou-se com o CD Mafra a fazer uma substituição: saída de Campanholo e Ricardo Rodrigues a entrar. E foi, precisamente, Ricardo Rodrigues quem abriu as oportunidades do segundo tempo com um remate bastante perigoso de fora da área, com a bola a passar muito rente ao poste esquerdo da baliza de Miguel Carvalho.

Apesar deste susto inicial, o SC Farense mantinha o controlo do jogo e aproveitava a circulação lenta e previsível do CD Mafra, que ia somando bastantes perdas de bola na sua primeira fase de construção devido à pressão alta e constante dos algarvios.

A meio da segunda parte ocorreram mais mexidas por parte dos dois treinadores, com Rui Duarte a fazer entrar Tavinho para a saída de Fábio Gomes e Luís Freire a retirar de campo Rui Pereira, substituído por Iniesta. O SC Farense dispunha-se agora num 4x3x3, com Fabrício Isidoro a abandonar a esquerda e a instalar-se no centro do terreno, enquanto que o CD Mafra decidiu arriscar e alterou o seu sistema para um 4x4x2 com extremos bem abertos, que se desdobrava num 3x2x5 no momento ofensivo.

A alteração táctica promovida por Luís Freire nutriu efeito, com o CD Mafra a empatar a partida aos 74 minutos. Lançamento longo de Hugo Ventosa desde o meio-campo para Iniesta, que domina bem a bola e, fazendo jus ao nome, mete-a de imediato nas costas da defesa do SC Farense, com Ricardo Rodrigues a desmarcar-se e a empurrar a bola para dentro da baliza, à saída do guarda-redes Miguel Carvalho. Aposta ganha do jovem treinador de 32 anos que, na próxima temporada, irá assumir o comando técnico do GD Estoril-Praia.

Volvidos  dois minutos, um dos momentos-chave do jogo: grande penalidade a favorecer o SC Farense. Boa oportunidade para os algarvios se colocarem novamente em vantagem, mas que foi desperdiçada pelo veterano defesa-esquerdo Jorge Ribeiro, após remate forte ao poste direito da baliza de João Godinho.

Nos últimos dez minutos, houve ainda espaço para mais um lance por parte do CD Mafra, através de um bom remate de Guilherme Ferreira, com Miguel Carvalho a defender, mas com a bola a resvalar na luva e a ir para fora. Lance perigoso que poderia ter traído o guarda-redes algarvio. Também Jorge Ribeiro participou num lance de perigo para o SC Farense, cruzando tenso desde a esquerda com a defesa do CD Mafra batida, mas sem ninguém conseguir chegar à bola. Em cima dos 90 minutos, os mafrenses beneficiaram de um livre em cima da grande área, com a bola a bater na barreira sem causar perigo.

O árbitro deu três minutos de compensação e o CD Mafra era agora a equipa mais decidida a obter a vitória em tempo regulamentar, enquanto que o SC Farense ia tentando segurar o resultado com vista ao prolongamento. Em cima do apito final, grande balde de água fria para os comandados de Rui Duarte; livre na direita por intermédio de Mauro Antunes, a bater a bola para o coração da área e a encontrar a cabeça de Juary, que se antecipou a toda a gente, dando a vitória e o campeonato à sua equipa.

CD Mafra: João Godinho, Hugo Ventosa, Juary Soares, João Gomes, Guilherme Ferreira, Rui Pereira (Iniesta, 69′), Lucas Morelatto, Mauro Antunes, Bruninho, Leandro Borges (Alisson Patrício, 84′) e Campanholo (Ricardo Rodrigues, 46′)

Suplentes não utilizados: Rafael, Hugo Santos, Serginho e Forbes

Treinador: Luís Freire

SC Farense: Miguel Carvalho, Filipe Godinho, Cássio Scheid, Bruno Bernardo, Jorge Ribeiro, Fabrício Isidoro, André Vieira (Alvarinho, 83′), André Ceitil, Neca, Fábio Gomes (Tavinho, 68′) e Jorginho

Suplentes não utilizados: Bruno Costa, Delmiro, Irobiso, Leo Tomé, e Nuno Borges

Treinador: Rui Duarte

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Bruno Costa
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Alfacinha de gema e Benfiquista por natureza, Bruno é um obcecado por Futebol e foi através da escrita que encontrou a melhor forma de dar a conhecer essa sua paixão pelo desporto-rei. É capaz de estar desde Segunda-feira até Domingo à noite a ver todos os jogos que passam na TV. Terá sido em pequeno que toda esta loucura futebolística foi despertada pelo seu Pai e pelo seu tio que, respetivamente, o levavam ao Estádio do Restelo e ao Estádio da Luz. Bruno não suporta facciosismos e tenta sempre ser o mais crítico possível para com o seu clube.                                                                                                                                                 O Bruno não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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