Croácia 1-1 Dinamarca (3-2 G.P): Fantasma Kasper assustou mas Croácia segue em frente

Mais um duelo europeu nestes oitavos de final do Mundial 2018. Após uma eliminação “chocante” da Espanha aos pés da anfitriã Rússia, resta agora saber quem será o adversário dos russos no duelo dos quartos de final. Será que a Croácia irá confirmar as boas credenciais deixadas na fase de grupos? Ou, por outro lado, irá a Dinamarca continuar o seu já longo registo de 18 jogos sem perder? Tudo será respondido no relvado do Stadion Nizhny Novgorod.

Zlatko Dalic, selecionador croata, continuava a apostar no, até então, bem-sucedido 4x2x3x1, apostando no 11 inicial que venceu a Argentina por 3-0. Age Hareide, o norueguês selecionador da Dinamarca, apostou no 4x3x3 e trouxe duas alterações para o 11 inicial da Dinamarca: Yurary Poulsen e Jonas Knudsen.

O jogo teve o começo que todos os adeptos de futebol, menos os croatas, sonhavam: golos. A Dinamarca entrou com o pé direito neste jogo, após um lançamento lateral longo para a área, muita confusão e o central Jørgensen a introduzir a bola dentro da baliza croata, a bola ainda tocou no guarda-redes Subašic, mas aquela bola levava selo de golo. Um minuto de jogo e a Dinamarca entra a vencer!

E, se nesta altura, provavelmente muitos croatas começavam a desesperar, e as redes sociais já previam a queda de mais um favorito, a Croácia deu a melhor resposta possível a todos deles. Mais um lance confuso, ressalto na área dinamarquesa, sobra para o letal Mandžukić que na cara da baliza não desperdiçou. Incrível! Quatro minutos de jogo e já tínhamos dois golos, um para cada lado.

As duas equipas após este início frenético, e depois de ambos os golos terem tido origem em erros defensivos, iriam com certeza querer abrandar o ritmo de jogo, até para retificar posicionamentos táticos. Em jogos do “mata-mata” todos os pormenores importam, e se todos os adeptos de futebol preferiam que este ritmo alucinante fosse para ser mantido ao longo de todo o jogo, o que as duas equipas querem acima de tudo é não perder.

Dito e feito, as duas equipas apostavam então num período de maior calma e concentração em campo. A Croácia com mais posse de bola, fruto também da sua estratégia e do tipo de jogadores que possui, mas a Dinamarca a ocupar bem os espaços. Até ao final da primeira parte, apenas mais duas ocasiões de perigo se registaram. Rakitić, ao minuto 25 e ao minuto 45, pôs os reflexos de Kasper Schmeichel à prova.

As coisas inverteram-se no segundo tempo. Se até então, tínhamos visto uma Croácia a mandar no jogo, e uma Dinamarca “apenas” a fechar bem os caminhos para a sua baliza, os dinamarqueses vieram para a segunda parte com vontade de repetir a primeira parte e marcar cedo. Foi uma entrada forte da Dinamarca, a equipa dinamarquesa parecia ter encontrado o “antidoto” para o estilo croata, que simplesmente não se conseguia impor nem sequer reagir ao período de maior domínio da Dinamarca. Pressão alta e sem largar o portador da bola, estas foram as alterações que a Dinamarca trouxe para a segunda-parte do jogo e que parecia estar a ter um excelente resultado.

A estratégia dinamarquesa obrigou Modric a jogar em terrenos mais recuados
Fonte: FIFA

A segunda-parte foi uma “pobreza franciscana”, este não era, de facto, dia de bons jogos neste Campeonato do Mundo. A Dinamarca entrou bem, controlou a Croácia, aproximou-se da baliza croata, mas nunca conseguiu concretizar, nem sequer criar situações concretas de perigo. A Croácia com um Modric bastante recuado em campo, para o seu costume, foi tentando desenvencilhar-se da estratégia bem montada pela Dinamarca. Muito, muito fraco o futebol nesta segunda parte. Tanta pobreza só podia dar prolongamento.

E não seria de esperar que o prolongamento trouxesse grandes alteração, a nível do futebol jogado. O prolongamento é sempre um período “ingrato”, porque as equipas querem ganhar, mas acima de tudo não querem cometer erros que possam levar a golos adversários, pois as energias no prolongamento já são escassas e o tempo de recuperação é menor. Ainda assim, a Dinamarca voltou a entrar no jogo melhor que a Croácia. Schöne, aos 99 minutos, esteve muito perto de marcar com um grande remate de longe que não passou muito longe da baliza croata.

A entrada de Sisto trouxe uma renovada velocidade à Dinamarca e de imediato, aos 108 minutos de jogo, o jogador dinamarquês a trazer perigo para a baliza croata com um remate à meia-volta a passar muito perto do poste. Mas seria o minuto 114 que marcaria este prolongamento. Grande passe de Modric a isolar Rebic que é derrubado já depois de ter passado por Schmeichel. Penalty a favor da Croácia, com apenas cinco minutos de jogo restantes. Era o tudo ou nada. Modric posicionou-se para colocar a Croácia a tocar no céu, mas acabou por cair ele próprio no inferno. Grande defesa de Schmeichel, com o seu pai a vibrar nas bancadas.

Já chegava de prolongamento, era tempo de termos o segundo desempate por grandes penalidades do dia.  A primeira equipa a marcar seria a Dinamarca. E este foi um desempate por grandes penalidades onde os dois guarda-redes se destacaram. Subasic defendeu três e Schmeichel defendeu duas. No final do conjunto das cinco grandes penalidades, a Croácia venceu o desempate por 3-2 depois de Rakitic marcar o penalty decisivo.

Podemos dizer que este foi um resultado justo, até porque Rebic iria marcar o 2-1, se não tivesse sido travado em falta, mas a Croácia fez o seu pior jogo neste Mundial e logo agora que entramos na fase decisiva. Não pode ser inconsistente nesta altura…

ONZES INICIAIS

Croácia: Danijel Subasic; Sime Vrsaljko, Dejan Lovren, Domagoj Vida, Ivan Strinic (Pivarić ’81); Ivan Rakitic, Marcelo Brozovic (Kovačić ’70); Ante Rebic, Luka Modric, Ivan Perisic (Kramaric ’96); Mario Mandzukic (Badelj ‘108).

Dinamarca: Kasper Schmeichel; Jonas Knudsen, Simon Kjaer, Matias Jorgensen e Henrik Dalsgaard; Andreas Christensen (Schöne’45) , Thomas Delaney (Krohn-Dehli ’98) e Christian Eriksen; Yussuf Yurary Poulsen, Andreas Cornelius (N. Jørgensen’66) e Martin Braithwaite (Sisto ‘105).

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Rui Pedro Cipriano
Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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