Ser jogador de futebol é o sonho de nove entre dez garotos. A criança cresce assistindo pela televisão todo o sucesso que possui um profissional do futebol. O glamour que é transmitido, como o reconhecimento mundial e o dinheiro conquistado, se une ao amor que a pessoa tem pelo esporte.
É a união da fome com um prato de comida. Inicialmente, a criança sonha em jogar pelo seu clube de coração e depois se transferir para um gigante europeu. Exemplos de sucesso como o Neymar, Vinicius Júnior e Rodrygo (para ficarmos apenas nos exemplos recentes) alimentam a vontade de triunfar na profissão tão precocemente já escolhida.
Mas nem tudo são flores. Na televisão são transmitidos os principais campeonatos do mundo e o garoto sonha em fazer parte desse universo. Porém, menos de 1% dos jogadores do futebol mundial estão em uma liga importante e recebem um bom salário.
A maioria lida diariamente para ter um clube para jogar e ter pelo menos uma remuneração razoável. No Brasil, por exemplo, a maioria dos clubes ficam sem atividade na maior parte do ano, ou seja, vários jogadores são dispensados e precisam ter outra atividade para se sustentarem. Mesmo com o caminho difícil, os garotos não desistem. Nesse meio é preciso talento, sorte e de encontrar as pessoas certas pelo percurso.
Nesse artigo, vou falar de dois jovens brasileiros que buscam realizar o sonho de ser jogador de futebol. Cada um tem as suas peculiaridades, mas ambos simbolizam muitos garotos que estão na mesma situação.

Fonte: Arquivo pessoal
Nascido em Belém do Pará, Arthur Barbosa tem 16 anos e desde muito cedo começou a sua trajetória no futebol. Deu seus primeiros chutes na bola aos cinco anos de idade, nas quadras da capital paraense. A sua paixão pelo futebol aumentava com o passar do tempo e a sua família o matriculou em uma escolinha. Aos poucos foi aprendendo como é o esporte de fato e decidiu, mesmo muito novo, que queria ser profissional.
Seu pai, Eduardo Barbosa, teve a percepção que para que o seu filho realizasse o seu sonho algumas mudanças precisavam ser feitas. “Mas chegando a puberdade, sabíamos que tais métodos e recursos disponíveis no Pará não poderiam formá-lo adequadamente como um jogador. Além disso não tínhamos contato nos grandes times daqui. Era necessário um projeto mais ambicioso e cheio de fantasia. Então concluído o ensino fundamental, partirmos para o Rio de Janeiro,” disse Eduardo Barbosa.
Arhur mora atualmente com a sua irmã no Rio de Janeiro e está treinando na Rio Soccer há 14 meses. A distância da família e dos amigos não é fácil, mas às vezes é preciso ir para longe para agarrar seus objetivos. Sempre que possível seu pai o visita, assim a saudade de casa diminui um pouco. Ambidestro atua nas duas laterais e tem como ídolo o Leandro, ex-lateral do Flamengo e da Seleção Brasileira.
A sua rotina na cidade maravilhosa é baseada nos treinamentos pela manhã, no fortalecimento da parte física pela tarde e a noite vai para a escola. Sobre ser atleta profissional, o jovem revelou: “Ser jogador de futebol porque eu amo o futebol. Gosto de ser desafiado e valorizo a confiança a mim depositada pelos companheiros de time e de minha família. Sou encantado pelas experiências que esse esporte me propõe. Meu pai me fez amar futebol, um amor passado por gerações.”