Esta inconstância nos resultados espelha uma equipa que ainda se está a encontrar: falta, sobretudo, consolidar processos e filosofias de jogo, afinações táticas essenciais nos momentos de transição ofensiva e defensiva e crescimento ao nível do grupo de trabalho.
Contudo, esta imaturidade e bipolaridade registada não compromete a qualidade dos seus jogadores. Dois elementos da formação têm participado inclusivamente com assiduidade nos treinos do plantel principal. Falo do guarda-redes Diogo Sousa e do médio Daniel Bragança. E, o jornal O Jogo, na sua edição online do dia 19 de setembro, informa que José Peseiro integrou nos treinos da equipa principal leonina o campeão europeu de sub-19 Miguel Luís.

Fonte: Sporting CP
Mas uma equipa é muito mais do que um conjunto de jogadores. Esta é uma verdade tão certa como dois mais dois serem quatro. Este Sporting sub-23 até pode ter jogadores de elevado recorte técnico, capazes do deslumbramento e da irreverência dos jogadores jovens. Mas falta-lhe alma coletiva, uma Gestalt onde se perceba claramente que o grupo está além das individualidades.
Se nos lembrarmos que esta equipa de Sub-23 surgiu para substituir a equipa B dos Leões (que vinha a registar maus resultados) então devemos exigir a estes jovens leões muito mais do que aquilo que a equipa B fez no passado e do que aquilo que eles próprios estão a fazer. E acho que exigir isso não é pedir muito pois a qualidade dos jogadores, essa, está lá toda. Tão verdade como dois mais dois serem quatro.
Foto de Capa: Sporting CP
artigo revisto por: Ana Ferreira