Carlos Luís Morais de Brito ou melhor, Carlos Brito, é um dos treinadores de referência do futebol português. Nascido a 21 de Setembro de 1963, no Porto. Como jogador passou por clubes como Boavista (1981-1985), Salgueiros (1985-1990) e Rio Ave (1990-1996).
A sua carreira como treinador teve começo na época de 1996-97 no Rio Ave como treinador adjunto, sítio onde depois viria a assumir o cargo de treinador principal. Foi aí, na equipa de Vila do Conde, que o técnico acumulou os seus melhores trabalhos sendo até hoje figura indissociável do clube. Para além da equipa dos arcos, somou passagens por clubes como o Estrela Amadora (2000-2001), Boavista (2005-2006), Nacional (2006-2007), Leixões (2007-2008), Penafiel (2014-2015) e por último Freamunde, onde acabou por não ter o sucesso que se esperava, ficando ligado a uma descida de divisão que lhe retirou algum do protagonismo que havia conquistado até então (2015-2017).
Apesar de pertencer a uma casta de treinadores old-school, Carlos Brito era um homem que potenciava o futebol ofensivo, o ataque vertiginoso, potenciando sobretudo o futebol de contra-ataque. Já na defesa as suas equipas caraterizavam-se pela boa organização, linhas juntas, geralmente baixas, faltava apenas surgir melhorias nos comportamentos defensivos coletivos.
O que ganhou?
Algo que marca a carreira do técnico foi a subida de divisão do Rio Ave na época de 2002/2003. Feito que permitiu a estabilização do projeto Rio Ave. Mais do que isso, o técnico foi responsável por várias boas campanhas da equipa de Vila do Conde, conseguiu ajudar a sustentar um projeto que posteriormente cresceu ainda mais. Mesmo fora da equipa de Vila do Conde acabou sempre por dotar as suas equipas de uma personalidade muito vincada, cumprindo quase sempre os objetivos a que se proponha.
Onde está?
Depois da difícil passagem como treinador pelo Freamunde durante as épocas de 2015/2016 e 2016/2017, Carlos Brito acabou por perder alguma reputação. O técnico que outrora orientava o Rio Ave na Primeira Liga chegava assim ao desemprego. Verdade seja dita que as dificuldades dos “capões” e a forte instabilidade tanto a nível financeiro, diretivo e desportivo não ajudaram a que o técnico tivesse conseguido melhores resultados.
O futuro?
É provável que o técnico volte a assumir um projeto de uma equipa da Segunda Liga. Esta temporada não treinou ninguém mas é um treinador com provas dadas capaz de assumir a liderança de uma equipa com projeto de subida.
Foto de Capa: BnR/ Leixões SC