Israel Dionísio está na Tribuna VIP. O técnico de 50 anos trabalhou onze temporadas na formação do FC Porto, trabalhou diretamente com jogadores como Diogo Costa, Vitinha, Diogo Dalot, Fábio Vieira e Francisco Conceição, entre outros.
As prestações das duas equipas portuguesas, FC Porto e Braga, nos jogos desta semana da Liga Europa, foram completamente antagónicas. O Sporting de Braga, em crescendo, garantiu a terceira vitória em três jogos, ocupando o segundo lugar na tabela classificativa. Já o FC Porto perdeu pela primeira vez, esta temporada, não mostrando capacidade perante um Nottingham Forest que não vencia há dez jogos. Os dragões desceram para o 15.º lugar.
Esmiuçando o trabalho dos dois conjuntos representativos do futebol português nesta competição, começamos pelo FC Porto que apresentou em campo o 4x3x3 habitual, mas com um meio-campo mais robusto com a inclusão do Pablo Rosario em vez do Gabri Veiga.
Vimos um FC Porto com muitas dificuldades, principalmente nos primeiros trinta minutos onde não conseguiu ter bola. Alan Varela teve de recuar muitas vezes para se juntar aos centrais e formar uma linha de cinco defesas, porque o Nottingham Forest entrou muito forte com circulação muito rápida da bola. Os dragões acabaram por chegar ao intervalo a perder, devido a um golo de bola parada.
Na segunda parte o FC Porto entrou um pouco melhor, mas as circunstâncias do jogo não foram benéficas para a equipa de Francesco Farioli com o segundo golo da equipa inglesa a aparecer.
O treinador do FC Porto introduziu no jogo Gabri Veiga, um médio mais dinâmico, mais técnico. Mexeu nos corredores laterais, mas a equipa não conseguiu chegar ao golo, demonstrando uma incapacidade gritante para criar dificuldades ao seu adversário. A equipa esteve muito abaixo do que já mostrou esta temporada, diria mesmo, que este foi, provavelmente, o pior jogo da era-Farioli no FC Porto.


Quanto ao Sporting de Braga, percebe-se que está num evidente processo de crescimento, os jogadores já conseguiram apreender muitas das ideias do novo treinador. Carlos Vicens gosta de colocar uma variabilidade enorme no jogo da sua equipa, com os jogadores a terem de fazer trocas constantes de posição. Trocas que já começam a ser feitas com sucesso.
O Sporting de Braga foi sempre mais forte que o Estrela Vermelha, não deu espaços ao adversário e, sem surpresa, chegou ao intervalo a vencer por 1-0.
Na segunda parte os arsenalistas continuaram a dominar o jogo, como consequência de estarem a atravessar o seu melhor momento na temporada. O segundo golo chegou com naturalidade. Os últimos minutos até deram para fazer algumas substituições para dar minutos a alguns jogadores.
Provavelmente foi o melhor jogo do Sporting de Braga desde a chegada de Carlos Vicens. Uma equipa que se apresentou muito consciente da sua qualidade e também das fórmulas táticas necessárias para alcançar a vitória. Os traços de Guardiola no futebol de Vicens já são visíveis, deixando “água na boca” para os próximos jogos. Será que António Salvador acertou em cheio ao escolher um adjunto do atual treinador do Manchester City?

