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Acompanha o Debate entre os Candidatos à Presidência do Benfica EM DIRETO E AO MINUTO

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O Benfica vai a eleições no próximo sábado e esta quinta-feira realiza-se o debate com todos os candidatos.

A noite desta quinta-feira, 25 de outubro, fica marcada pelo debate entre todos os candidatos à liderança do Benfica. Em baixo, podes acompanhar o debate ao minuto.

Cristóvão Carvalho, João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Luís Filipe Vieira, Martim Mayer e Rui Costa são os seis candidatos. As eleições estão marcadas para o dia 25 de outubro, sábado.

As intervenções devem ser lidas de baixo para cima, onde se apresentam as mais recentes cronologicamente.

Acompanha o debate em direto:

EM ATUALIZAÇÃO

João Diogo Manteigas: Acrescento propostas. Regulamento eleitoral, levar o Benfica a todo o lado e acompanhamento jurídico.

Rui Costa: O Congresso das Casas é em março, as modalidades têm almoçado e jantado nas casas. Sempre aconteceu. Se puderem almoçar ou jantar fazem isto, é um tema que não é, já existe. Não tenho números que não sejam verdadeiros. Fecharam três casas e uma vai reabrir.

Cristóvão Carvalho: Rui Costa, nas modalidades e casas, não estás bem informado [também falo e o que digo é verdade]. Tenho sensibilidade. João Noronha Lopes, ainda bem que retificaste, estão aqui 80 casas e falaste em 60.

João Noronha Lopes: Visitei 60 casas do Benfica e ouvi os sócios. É responsabilidade do presidente ir às Casas do Benfica. São pessoas que fazem sacrifícios pessoais e financeiros em prol do Benfica. Temos de ter reuniões nas Casas do Benfica, ter uma figura do provedor dos sócios, criar um congresso das Casas. É inexplicável não termos um há tanto tempo. Há uma geração que ainda não tem a dedicação para ir para as Casas, temos de discutir este problema. Recebi hoje um SMS do presidente da casa de Algueirão Mem-Martins sem internet [estive lá e tem um gerador]. Vamos ter um portal da Transparência com todas as informações e o cumprimento do meu programa eleitoral. Quero melhorar o excelente programa do + vantagens e queria aqui aproveitar algumas das boas ideias do João Diogo Manteigas. Quero 500 mil sócios e criar um portal da bilhética mais funcional e transparente. Há espaço para as modalidades visitarem as casas do Benfica e comer lá.

Martim Mayer: Quanto às casas, está claro que o Benfica vê nelas um cliente e concorre com elas. Têm de ser parceiros e andar com o clube. Está estudado o que tem de mudar. Quanto à proximidade entre adeptos e atletas, há coisas a fazer com as casas. Vamos pensar, e excluo o futebol. Temos de munir as casas do Benfica de condições para receber os plantéis da formação e modalidades para almoçar e jantar. Em vez de comer em hotéis e restaurantes, temos de os receber com os nossos sócios. Falo no Benfica Global. Quero abrir escritórios em quatro países e temos de ir ao encontro dos adeptos no mundo e monetizar isto a favor do clube, saber quem são e chegar uma oferta para viverem o Benfica e trazer mais receitas. Os maiores clubes suíços têm 12 mil sócios, o Benfica tem 200 mil sócios na Suíça. Temos de propor que sejam adeptos do Benfica de Genéve e torná-lo uma filial do Benfica.

Luís Filipe Vieira: Vou dar dados. Ganhaste eleições há quatro anos e as casas ainda têm a minha foto. Andam ao Deus de Ará. Vou ter amanhã uma reunião para confirmar. As Casas do Benfica estão desmotivadas. Há casas fechadas. Só falei com quatro ou cinco casas e mudaram radicalmente. Não podem pôr em causa o Benfica. Desconhecem esta realidade. Estavam disciplinados, quando uniformizámos a marca fomos nós que pagámos.

Rui Costa: Nalgumas redes sociais dizem que o Benfica fechou 150 casas, quando fechou apenas três e uma está para reabrir. Reabrirmos quatro casas, fizemos obras em 29 casas. [Cristóvão Carvalho pede demissão de quem deu estes números]. Queremos que a bilhética se resolva nas casas, tem razão nisso. Queremos ter 500 mil sócios, programas de reaproximação aos sócios mais carenciados. Todos nós temos de apontar aos sócios, os donos do clube. A Casa do Sócio encaixa-se no Benfica District, está no meu projeto.

Cristóvão Carvalho: Peço desculpa aos sócios do Benfica por não conseguir o voto eletrónico porque João Noronha Lopes e João Diogo Manteigas não conseguiram. Tudo farei para que entre no Benfica. Somos um Benfica moderno e de futuro. Temos um problema nas AG devido ao voto eletrónico, queremos transmissão e uma aplicação. Temos de acabar com AG controladas por três ou quatro sócios, o Benfica é democrático. As Casas do Benfica estão ao abandono, a organização não funciona, o apoio não é o merecido. Não aceito que uma Casa do Benfica feche, é uma vergonha. O Benfica pode entrar nas Casas com soluções financeiras que as ajudem sem gastar dinheiro. O merch tem de mudar radicalmente na Casa do Benfica, com descontos adicionais e margens de lucro. Os patrocinadores oficiais têm de dar retorno de desconto às Casas. Permite entrar 3.500 a 4.000 euros. Não admito que alguém tenha de estar de madrugada a comprar bilhetes. A bilhética tem de abrir 24 horas antes nas Casas para virem à Luz. São coisas simples para chegar.

João Diogo Manteigas: Os sócios são o nosso maior ativo. Falo de seis propostas. Reabertura do apoio físico e provedor do sócio; treinos abertos com preço simbólico; 500 mil sócios até 2029 com projeto forte e ação das casas do Benfica; exponenciação do programa + vantagens e Red Points por jogos, modalidades, AG, compra de produtos; Benfica em movimento, ajuda as Casas do Benfica nos transportes; bilhética resolver os problemas de transparência e definir critérios para a aquisição de bilhetes.

Martim Mayer: Ia explicar o que o Luís Filipe explicou. Não está 100% dependente do Benfica.

Luís Filipe Vieira: Quero um projeto diferenciador no Seixal e fazer um polo hoteleiro para ter mais quartos, fazer um colégio que já estava preparado, aberto ao público. Queremos que os nossos atletas fiquem fechados no perímetro para os pais não estarem preocupados, não a dormir cá fora e no olho da rua. Os familiares vêm ver os jogos dos miúdos e queremos dar a estadia no hotel para os filhos estarem com os pais, que olhem para nós com voz ativa. Queremos um projeto diferenciado no Seixal, com hectares para fazer permutas com a Câmara e a Diocese de Setúbal.

Rui Costa: O Benfica District tem uma componente que está a ser desvalorizada, as receitas. As obras vão ser feitas fora do estádio e o Benfica continuará a jogar aqui. É mais do que uma coisa bonita. Tem que ver com as questões das modalidades e uma receita superior a 400 milhões de euros. Vamos aproveitar tudo para chegar a 2030 [Mundial]. Vamos fazer um projeto. Só causará transtorno na chegada de adeptos ao Estádio, por apenas um período.

Cristóvão Carvalho: Falta dinheiro, meus amigos. Pensar nisto sem ser em 12 anos é brincar com os sócios. É preciso sustentar as contas, sonhos também tenho.

João Diogo Manteigas: Três perguntas sobre o Benfica District. São 200 milhões de euros [Mantenho]. Nuno Catarino disse outra coisa. Qual empresa vai avançar? [Benfica Estádio]. Como vai ser feita a demolição, vamos voltar ao Jamor? O Real Madrid ia custar 400 milhões e foi superior aos 1.000 milhões de euros.

Luís Filipe Vieira: O Benfica chumbou a construção do estádio. Cala-te! [na direção de João Diogo Manteigas].

João Noronha Lopes: Rui Costa não lê o que assina, mas está aqui a ata onde diz que sou a favor. [Luís Filipe Vieira acusa a ata de ser falsa e estar rasurada].

Rui Costa: Era a favor do estádio? Então as atas estão assinadas e dizem que está contra?

João Noronha Lopes: Tenho dificuldade em entender como esta direção vai fazer um projeto como o Benfica District. Quem não faz coisas mais pequenas não faz coisas maiores. Não fizeram a cidade do Benfica. Ninguém acredita nesta direção. Não vou fazer hotéis ou centros comerciais, tenho sérias dúvidas quanto à cidade das modalidades.

Martim Mayer: A minha proposta prioriza sócios e atletas. É necessário aumentar 15 mil lugares, um complexo para as modalidades de pelo menos 25 hectares o mais próximo do Estádio da Luz e aumentar e renovar o Seixal. No Estádio, teremos de fechar bancadas e falar com os sócios, como no Real Madrid. Das modalidades, é necessário reduzir os custos de andar com a casa às costas. Com 25 hectares planos, podemos fazer o investimento com a poupança que vamos conseguir. No Seixal é importante criar soluções para os atletas, com residência e um colégio.

Luís Filipe Vieira: O Benfica tem de ter a cidade desportiva completa com tudo. Fazer uma cidade para as modalidades só dá prejuízo. É ver as receitas das modalidades, não contam. Não sei como pagar uma cidade para as modalidades para cima dos 100 milhões de euros. O Benfica tem condições para arranjar um terreno de 200 hectares e centralizar tudo. Dizem muita coisa fácil, mas fazer melhorias e gastar dinheiro para mandar tudo abaixo… Está condenado, tem de ter um sítio único. O Estádio tem capacidade para 75 mil pessoas e projetar um crescimento. Não há estacionamentos, temos de ir abaixo do chão e meter a nota. Não quero mandar dinheiro para a rua. Não sei quanto custa uma cidade desportiva, mas farei uma projeção toda num terreno onde o Benfica possa ficar. Quanto custam as receitas aqui? O Benfica District não custa 200 milhões, pode chegar aos 300.

Rui Costa: Temos um projeto pronto para os sócios para ser aprovado. Não é uma utopia, muitas modificações incluem-se no Benfica District. Não é só uma questão estética, é para modernizar o Benfica e fazê-lo crescer. Vai resolver os problemas das entradas e saídas, fun zones, aumento para 80 mil lugares. Tudo está pensado por uma empresa conhecedora do caso. Falou-se na cidade das modalidades, sempre chamei Cidade do Benfica. Há quatro anos falei disso e necessitamos disso. O Benfica tem muitas equipas da formação e modalidades espalhadas por todo o lado. Não foi concretizado porque precisamos de um terreno com uma certa medida e dimensão. Precisa de ser algo a sério. O crescimento do Benfica Campus é evidente, entraram os sub-23 e o futebol feminino. A aquisição de outros terrenos é válida e trabalhada.

Cristóvão Carvalho: Também queria fazer muita coisa, mas o dinheiro não permite. Há prioridades a fazer. A manutenção tem de ser melhor. Parece-me pacífico aumentar o estádio em 15 mil lugares. Temos de modernizar e criar um pré-inferno da Luz na fun zone. Temos de construir um novo complexo para as modalidades, nos limites de Lisboa. Este não é o sítio certo para o fazer. Temos de ampliar e modernizar o Seixal, o nosso pote de ouro. Tem de ser ampliado, incluir o Lar do Benfica e uma Escola Internacional. Acho fundamental adquirir as instalações da Farmácia Branco, hoje um banco, para instalar a Fundação do Benfica.

João Diogo Manteigas: Foco nas infraestruturas. O Seixal é uma preocupação maior e tem de ser alargado. Houve acordos para a expansão para alavancar. O Benfica tem muitos sócios na fila de espera dos red passes. Temos, com o menor custo possível, de chegar lá. Queremos aumentar o Seixal e chegar aos sócios com o safe standing. A lei portuguesa não permite para aumento capacidade. Queremos mudar a lei, não é prejudicial. Já falei nos problemas de segurança e escoamento de pessoas. É viável construir pontes pedonais. É inacreditável as pessoas que passam nas ruas como se fosse uma passadeira. Queremos construir pavilhão para modalidades, o Benfica investe em infraestruturas que não nos pertencem. O polo aquático é gritante, não consegue jogar nas piscinas do Estádio da Luz. Queremos recuperar desportivamente.

João Noronha Lopes: Três prioridades nas infraestruturas. Aumentar o estádio para 83 mil lugares, tenho um estudo para o tornar mais moderno, mais cómodo. Há coisas que só saberei no Estádio e quero ver outro estudo para decidir em conformidade. Esta é uma das minhas medidas para apresentar aos sócios em 100 dias. Quero melhorar os pavilhões e as piscinas. Luís Filipe Vieira deixou boas condições, mas tem de ser modernizado. Temos de investir no Seixal. Quero criar a casa dos sócios para os adeptos e casas terem um local de encontro. O meu vice-presidente Manuel Mota é dono de uma empresa grande, das estradas e pontes onde andamos.

Luís Filipe Vieira: A dívida que o Benfica tem toda a gente sabe. É claro como a água.

João Diogo Manteigas: Os sócios têm de ser esclarecidos. Rui Costa disse que não ia andar em contramão em relação às decisões da Liga. Luís Filipe Vieira, em 2019, fez um negócio para comprar 100% do capital da BTV à SAD e o Benfica clube tem uma dívida.

Luís Filipe Vieira: Há três anos conseguimos muitos milhões. Vai ser difícil a Liga ir contra o Benfica. Os direitos são do Sport Lisboa e Benfica, c*****. Estamos à vontade para discutir com eles. Queremos fechar, depois temos dois anos para brincar. Não quero é conflitos com os clubes. Lembro-me de negociar camisolas e aceitaram, o Sporting e o FC Porto, um diferencial de 20%. É possível aceitarem esse diferencial, se não mudaram de ideias.

Rui Costa: As preocupações são até 28 e depois de 28. É claro que a defesa dos valores é fundamental para a centralização depois. Há coisas incoerentes [na proposta de Martim Mayer]. Se há uma identidade com 400 milhões de euros está encerrado, se for em infraestruturas também não dá. Temos de salvaguardar os interesses do Benfica. Luís Filipe Vieira disse que a lei não vai andar para trás, mas não sou assim tão pessimista. Se isto não beneficiar ninguém não haverá interesse dos outros clubes.

Cristóvão Carvalho: Temos de encontrar uma solução de otimização. Não penso nesta fórmula, não vou otimizar. Não vale a pena. Temos de chegar a esta negociação numa posição diferente, pôr em cima da mesa a compra dos direitos. Têm de ser potencializados para o mundo. Na nossa posse é mais fácil trabalhá-los. Não temos obrigação de os resolver. Temos de tomar a decisão no dia na negociação, de estar capacitados para os adquirir e trabalhar em nossa casa. Há que trabalhar nisto de forma diferente.

João Diogo Manteigas: Têm de estar todos preparados, os operadores tradicionais estão a perder interesse. O caso francês é exemplo, explodiu. Não respeitam o Benfica, temos de olhar num todo. Mais de 90% em Portugal são adeptos de três clubes, não é idêntico aos clubes. Em Espanha já disseram que não é possível combater a pirataria, deve ser combatida. Em Portugal ninguém gosta da Primeira e da Segunda Liga. A Segunda Liga é amadora, os custos são superiores aos orçamentos. Há um número máximo e mínimo de participantes. O Benfica tem de ser o pêndulo entre a FPF e a Liga para não sermos prejudicados.

João Noronha Lopes: Estou de acordo com o João Diogo. Falar na centralização como resolução de todos os problemas do futebol português é uma falácia. A minha preocupação está nas competições europeias. Recomendo prudência, se houvesse 400 milhões de euros, o assunto estava resolvido amanhã. A Liga Alemã quis vender direitos para o Médio Oriente e África, foram zero. A Ligue 1 nem metade conseguiu. 400 milhões é irrealista.

Luís Filipe Vieira: Quem é o operador que paga 400 milhões de euros? Falei com o Reinaldo Teixeira e não me disse nada disso.

Martim Mayer: Não estamos todos de acordo. A razão para centralizar é vender o futebol português fora de Portugal. Como vamos fazer se na Amadora após 10 minutos é um campo de cebolas ou há má iluminação. Já falei com Reinaldo Teixeira e com o responsável, que é do Sporting, e há um investidor disposto a pagar 400 milhões de euros para melhorar infraestrutura. Esta é a solução. Têm de melhorar todos os estádios antes de vender o futebol português para fora. Vamos vender com quem sabe para o mundo inteiro. Explico como se trata. É possível o Benfica manter os valores e ganhar mais.

Luís Filipe Vieira: A lei não vai ser adiada. Os operadores querem pagar, mas somos nós os clubes que temos de resolver a pirataria. Um primeiro ministro disse que tirava votos. Vou dar sempre preferência ao operador que está connosco desde o início. Tenho argumentos para chegar lá como cheguei na altura. Em relação à centralização, nada vai ser adiado. Os clubes têm de resolver o problema. Pedro Proença prometeu 300 milhões de euros, mas não conseguem. Ajudem a resolver o problema da pirataria. Não podemos hostilizar os outros clubes, o Benfica não pode estar sozinho. Tem de respeitar quem compete em Portugal, também respeitam o Benfica. Há gente que defendeu a centralização e não pode voltar atrás. Vamos fazer uma reunião com todos os clubes para resolver a pirataria. Os operadores não têm nada a ver. Onde vão buscar o dinheiro?

Rui Costa: Estamos todos de acordo com a preocupação que há. Desde sempre manifestámos preocupação. Foi apresentado com a promessa que nenhum clube iria perder. Visava o crescimento do futebol português, mas a questão está a andar para trás. Esperamos pelas eleições e uma melhor proposta pelos dois anos. Vamos fazer tudo para que nenhum clube possa perder. Vamos atuar em consonância e defender o Benfica. A realidade é simples: o Benfica vai-se defender até ao limite. Há uma lei a sair em 2028, se não cumprirem a promessa, o Benfica vai sair. 2026 a 2028 é preciso um ótimo contrato e depois fazer tudo.

Cristóvão Carvalho: Os direitos televisivos são fundamentais. Não podemos trabalhar os dois anos e depois pensar a seguir. O Benfica tem um problema complexo e não se pode prender no que o João Diogo disse. Já está a perder na negociação. O Benfica tem de criar condições para em dois anos vender os direitos se achar que são interessantes ou de comprar os direitos televisivos com um parceiro a negociar em dois anos. O Benfica tem de ter os jogos na BTV para todos os sócios com as quotas em dia verem os jogos de forma gratuita para diminuir o gap entre os sócios de longe e os que veem ao estádio. É preciso um parceiro. Não vou dizer qual é, é internacional. Estamos a trabalhar com um ou dois, não avançámos muito nessa parte. É preciso uma solução diferente e pensar à frente. Não podemos perder já, são fundamentais, os únicos que são certos.

João Diogo Manteigas: O Benfica tem de ser disruptivo. Pedro Proença anunciou um estudo de 300 milhões de euros para o futebol em Portugal e a direção do Benfica foi conivente. Não vale isso pelas audiências, clubes, horários, sócios do Benfica são convidados a sair. O futebol em Portugal sem o Benfica vale zero. Temos de nos sentar à mesa para liderar o processo. É preciso reduzir o número de clubes na Primeira Liga, falta competitividade nos clubes intermédios. O Benfica tem mais jogos em janeiro na Champions, não pode ter sobrecarga. O que está a Taça da Liga a fazer em janeiro. O Benfica vale 1/3 dos direitos, mas a sua massa social vale muito mais.

João Noronha Lopes: Nos próximos dois anos, a direção decidiu deixar à próxima. Acho sensato e ponderado, assumirei pessoalmente este dossier. Assistimos a uma total falta de coerência de Rui Costa. O Benfica esteve omisso e depois foi entregue um projeto em que o Benfica não foi consultado, foi informado. 94% das receitas são geradas por três clubes e desses o Benfica tem mais. Geramos mais receitas, mais gente no Estádio e mais impacto social. Não aceitarei perdas de 20 milhões de euros. Temos de falar com o governo. O panorama audiovisual mudou, se a Liga e a Federação não o fazem, o Benfica tem de fazer e ouvir as melhores propostas. Votarei pelos interesses do Benfica.

Martim Mayer: Vejo aqui pessoas a querer desviar o tema para confundir os sócios. Os direitos audiovisuais são fulcrais para equilibrar o peso da economia e institucional. Os direitos televisivos são importantes. Não importa só o montante a receber. Pedi a Rui Costa para deixar em aberto, porque são importantes para o Benfica. É preciso perceber que tipo de contrato vai ser assinado. Não se pode permitir que os jogos deem em todos os operadores. Quem for o operador que ganhar não o poderá vender a outros operadores. Teremos todos os sócios a subscrever o que passou as melhores condições ao clube. É a minha posição e é claríssima. Como no Jamor, não nos podem pisar a cabeça.

João Diogo Manteigas: Temos um nome chamado Paulo Ferreira, 25 anos diretor financeiro da FPF. O negócio do futebol é muito particular.

João Noronha Lopes: É irresponsável dizer que está feito o próximo exercício sem vendas de jogadores. As minhas críticas são como presidente. Já disse que assina sem ler e também não lê jornais. Teotónio disse que tem compromisso total com o Benfica. Devia estar satisfeito por alguém com o seu calibre profissional estar dedicado ao Benfica. Rui Costa disse que estive 58 dias no Benfica, é mentira. Se ler a entrevista de Manuel Vilarinho sabe que é mentira. Informe-se.

Rui Costa: Acho piada a este conflito quando o Benfica é o clube com melhor prestação financeira, sem problemas com o fair-play, sem ir à banca e faltar a atletas e prestadores. Estão a usar isto como campanha eleitoral para assustar os benfiquistas. Um problema financeiro era a última coisa que faria. Acho graça a preocupação de Noronha Lopes com o lado financeiro. Não conseguiu explicar se Teotónio ficará em part-time ou a tempo inteiro. Estamos à espera disso. Tenho medidas claras para chegar aos 500 milhões de euros. Dobramos as coisas como temos aumentado todos os anos. A dívida líquida e passivo baixará. É irresponsável chumbar relatórios com lucros.

Cristóvão Carvalho: Meu caro Martim, não é por gritar alto que o programa vai resolver o problema. São ideias, não soluções. Quem não tiver a minha solução fará do Benfica uma entre posição de jogadores e continuará a vender.

João Diogo Manteigas: Tenham respeito pelos sócios do Benfica. A Rui Costa, ouvi falar do passivo, do ativo. Lá fora diz-se que a contabilidade fabrica-se, mas o dinheiro não se multiplica. Quais as melhorias do estádio? Filas para pessoas com mais de 1,70m. Não defendam o indefensável. O Covid não é justificação, o ano zero foi 2021.

João Noronha Lopes: Apresentei o modo como vou resolver. O Rui Costa disse que o problema do passivo tinha que ver com o Covid, não é verdade. No seu mandato houve seis jogos com Covid. Onde foi o dinheiro? Com toda a amizade e admiração pelo jogador, o que o Rui Costa está a dizer não faz sentido. Não leu o meu programa, embora diga que copiei ideias. Li o seu e é um conjunto de lugares comuns. Diz para duplicar receitas, mas não como. [Martim Mayer interrompe e diz que o seu, de Noronha Lopes, também não diz]. Como é que o presidente diz que daqui para a frente é que é. Se do ponto de vista desportivo não ganhámos nada, do financeiro também não.

Luís Filipe Vieira: Quando saí o Benfica tinha 100 milhões, quando cheguei tinha 300.

Martim Mayer: Rui Costa, concordo consigo. A dívida não é problema. Este volume de dívida não é problema e emitirei obrigações. Temos o clube descontrolado financeiramente, no entanto. Expliquei com três medidas como vou fazer. Estou preparado para ser presidente do Benfica. Não sou formado, mas aprendi com a minha experiência. Apresentam conceitos que não se materializam em nada. Ouvi aqui um conjunto de desejos. Em números, não se falam de desejos. João Noronha Lopes esconde-se atrás da pessoa, Cristóvão Carvalho quer endividar o clube, João Diogo Manteigas traz conceitos que o clube não precisa.

Luís Filipe Vieira: O Benfica não tem que ver com o Covid. Foi 19/20 e 20/21. Nesse período pagámos a quem devia e amortizámos o empréstimo porque vendemos o João Félix. Não teve necessidade de aumentar dívida. O passivo não subiu nessa altura. Colocaram o dinheiro em coisas más. Rui, desculpa, não te estou a atacar. Hoje falei com quem tratou disso, nada subiu de passivo. Não tínhamos receitas, mas não subiu.

Rui Costa: Só milhões que não serão pagamos mais tarde. Fala-se tanto da questão financeira. Não tive cinco, tive três responsáveis financeiros. O Nuno Catarino está a fazer trabalho. [João Noronha Lopes] se quiser falar de pessoas que saíram, você esteve cá 58 dias. Como jogador, queria jogar no Benfica com A, B ou C. A dívida total é de 248,5 milhões de euros, baixou. A dívida líquida aumentou, numa estabilidade que podia, por culpa do Covid, onde não tivemos receitas com os mesmos custos, com a reestruturação do futebol e com o Estádio da Luz por dentro. No último ano tivemos os resultados que tivemos, queremos no próximo mandato os500 milhões de euros de receita. Onde está a responsabilidade de chumbar este orçamento do Benfica? Os custos subiram 5,6% para uma subida de receitas de 11% ao ano. Subimos em todas as linhas, na área comercial e financeira.

Cristóvão Carvalho: Os números do Benfica não são bons, temos de aumentar. Tenho objetivos para isso, de aumentar o estádio, fazer um corte em custos de beneficiência. Tudo é fantástico, mas quanto tempo é que vai levar a fazer. Daqui a uns dias não há resultados, leva tempo. O nosso défice está mais próximo dos 100, 125 milhões de euros e por ele é que é preciso fazer vendas. Estou de acordo com Luís Filipe Vieira, 200 milhões não chegam. 400 milhões de euros são a solução, uma linha de crédito para ter 100 milhões de euros por ano e reestruturar a dívida do Benfica, diminuir custos e aumentar as receitas. Tenho este valor disponível.

João Diogo Manteigas: O passivo aumentou 25% nos últimos quatro anos. O verdadeiro problema são os títulos, o investimento financeiro não resultou. Continuamos dependentes de receitas extraordinárias, vendas e Champions. Se falha a Champions há um problema. Temos de aumentar receitas no clube e na SAD. Falei num main sponsor que não limite pequenos, falta um naming para o Estádio. Vai chamar-se sempre Estádio da Luz. Falta movimentar a comunicação, os dois turcos que tivemos são um exemplo. Não podemos perder dinheiro com os direitos audiovisuais. O Benfica tem de aumentar e ajustar a reestruturação da dívida. Parecem-me excessivos custos com a BTV, estádio e fornecimentos externos. Não podemos hipotecar o sucesso desportivo.

João Noronha Lopes: Com respeito pelo Rui Costa, temos quatro diretores financeiros em quatro anos, cinco treinadores em cinco anos. Domingos Soares Oliveira, Luís Mendes, Jaime Antunes e agora Nuno Catarino. É impossível ter resultados, não é surpresa um aumento do passivo, resultados correntes negativos. Para que isto serviu? Ganhámos títulos, aumentámos o estádio, modalidades e marca? Zero. Tem de haver rigor financeiro e temos de equilibrar receitas correntes. Tenho um projeto para cortar nos custos, mas não se resolve um problema estrutural. Passa pelo projeto desportivo, as receitas de Champions são fundamentais. É importante sucesso desportivo, direitos televisivos, aumentar as receitas do dia de jogo. Aumentar as receitas e depois o projeto do estádio. Temos de aumentar redes sociais, merch global e fazer da BTV uma media house. São ideias para equilibrar.

Martim Mayer: Temos 70 milhões de euros de prejuízo recorrentes. Temos de, nos custos, cortar 15-20% de milhões de euros, resolve metade do problema, cerca de 30, 35 milhões de euros. Nas finanças apresento o Benfica global, internacionalizar o Benfica como clube e não marca, com um cartão de sócio global, em Angola e Moçambique. Tenho parceiros em Moçambique para trazer 15 milhões de dólares em Moçambique e Angola. Também temos de aumentar o estádio, os sócios merecem que a fila de espera se resolva com mais 15 mil euros lugares e receitas adicionais. Temos um equilíbrio financeiro e superavit.

Luís Filipe Vieira: É importante estabilizar o Benfica financeiramente, resolver a questão da dívida. Temos um empréstimo de 200 milhões para resolver esta operação. O Benfica tem de ganhar para resolver os problemas. O Benfica tem de ter uma equipa para ganhar, não pode pensar em vender. Depois recupera financeiramente. Ninguém inventa a roda, já está feita. Reduzir por reduzir não vale a pena. Há gorduras a mais e um gajo tem de eliminá-las, mas só lá dentro.

Martim Mayer: Espero que os sócios tenham percebido que explico como o conjunto de ideias e conceitos é fácil, é preciso o como. A infraestrutura das modalidades é péssima e desnivelada. É urgente agregar tudo para tornar os custos suficientes. Este é o meu projeto e o meu como.

João Noronha Lopes: Não percebi o que disse. O dinheiro do futebol tem de ser melhor gasto, nas modalidades a mesma coisa. O problema é transversal. Estás a misturar conceitos. Tem de ler o meu programa.

Cristóvão Carvalho: O ciclismo surpreendeu-me, João Diogo Manteigas. Onde andavas há um ano, custa muitos milhões de euros e gostava de explicação. João Noronha Lopes, ouvi-o pouco nas modalidades. Disse em entrevista que não ia cortar no orçamento do futebol, não sabe onde investir nas modalidades.

João Diogo Manteigas: Também reuni, o Benfica chamar-se-ia Sport Lisboa Benfica porque teria o nome do Benfica. O Benfica tem de ganhar mais. No hóquei, o Benfica tem o melhor plantel do mundo, os melhores jogadores do mundo, não há razão para não ganhar. É uma questão de mentalidade. Temos de perceber onde falha. Há desorganização estrutural nas modalidades e temos de perceber onde está o problema. O Benfica foi fundado para ganhar, não para vender jogadores ou trocar jogadores. O feminino sustenta as modalidades, não o masculino. O voleibol é um bom projeto, a questão não está no dinheiro nem nas infraestruturas.

João Noronha Lopes: Investimos muito e ganhamos pouco. Não temos de alterar tudo, como no voleibol. É preciso mais rigor.

Martim Mayer: Gastamos 14 milhões de euros além dos plantéis e é possível poupar cinco a seis milhões de euros a aplicar numa infraestrutura para as modalidades. Temos de jogar mais com a nossa gente. O que o Benfica evoluiu no Seixal pode acontecer nas modalidades. Como vivemos em desequilíbrio, é óbvio que os benfiquistas adoram ciclismo, mas temos de arrumar a casa. O dinheiro não nasce nas árvores. O ciclismo é uma modalidade cara, deve ser pensado a longo prazo.

Luís Filipe Vieira: O Martim Mayer falou de infraestruturas, falo à frente. O Benfica deve ser dos clubes mais ecléticos do mundo. Nunca me passou pela cabeça ter tanto investimento. Tentei que o Benfica não ultrapassasse os valores da quotização para não ir buscar à SAD. Não sei ao certo o valor das modalidades, aí partiremos para uma situação mais clara. Tem de haver transparência, as modalidades têm um custo elevado. Se queremos estar bem no futebol, temos de aplicar esse dinheiro no futebol. No hóquei temos os melhores jogadores europeus e custa-nos uma fortuna essa brincadeira e somos o melhor clube a formar em Portugal. Têm de vestir a camisola do Benfica.

Rui Costa: A solução de João Diogo Manteigas foi pensada, mas o clube tem de se chamar Sport Lisboa e Benfica e não qualquer coisa. Falta carinho ao futebol feminino? Passámos para o Benfica Campus, pusemos na SAD. Um título europeu é preciso ter consciência do que já é gasto. Nas modalidades terão o Tomás Barroso como presidente, conhecedor das modalidades e capitão do basquetebol. Gastamos porque temos as modalidades todas ao contrário dos outros clubes. Temos 10 equipas de pavilhão, cada modalidade tem o seu custo e são diferentes. O hóquei e o futsal têm de ser jogadas com portugueses, mas são as mais difíceis em Portugal. Nas outras é natural que tenhamos de ir ao estrangeiro.

Cristóvão Carvalho: Perdemos um bocadinho o barco no futebol feminino. Temos muitas possibilidades de ganhar um título europeu. Falta investimento e perceber melhor o que se está a fazer na Europa. Falta carinho e aproveitar sinergias do feminino para o masculino. Há mais carinho dos adeptos para o futebol feminino. Estamos a tempo de ter uma grande marca no feminino. As modalidades são difíceis de perceber, quanto se gasta, quais as especificidades. Há um desequilíbrio grande, haverá trabalho a fazer. Temos de dar um passo atrás em algumas para dar um passo em frente noutras. Temos de apostar em modalidades referências e jogar Superligas. O basquetebol é uma delas. É preciso investimento, mas trará retorno. O Benfica tem de estar na Superliga. Esse é o segredo para encher pavilhões.

João Diogo Manteigas: Discordámos da passagem do futebol feminino para a SAD, não se traduziu em resultados. Faz sentido numa SAD autónoma, o Benfica é o melhor exemplar para um projeto autónomo e independente. Um modelo diferente para reconhecer a marca Benfica, manter a hegemonia nacional e investir na Champions. O Benfica pode perder o barco num título europeu. As modalidades são pilares, não podemos ganhar milhões sem ser campeões. Futebol, andebol e basquetebol, 13 derrotas europeias em 14 jogos. Vítor Pataco o diretor geral, Pedro Nunes o diretor desportivo. Vamos mudar o modelo desportivo, passar pelas modalidades olímpicas, captar um main sponsor que não limite o investimento. O hóquei e o futsal são modalidades que não dá para perceber, temos de ser hegemónicos em Portugal e no Europeu. Temos uma parceria estratégica para o Benfica regressar às estradas no ciclismo.

João Noronha Lopes: Falei com muita gente no Benfica x Arsenal, está em expansão, e querem mais merch. Temos de ter mais aposta na formação e no scouting e podemos ter uma aposta europeia. Nas modalidades femininas tivemos boas notícias, nas masculinas apenas 30% dos títulos no ano passado. Tenho o Filipe Gomes como diretor das modalidades e queremos reforçar a aposta na formação. Não são escolas de benfiquismo, são jogadores e famílias. 100% das famílias e amigos vivem o Benfica. Temos de ter maior transparência. Já nos foram dadas informações. Sem haver transparência, não há responsabilização. Não percebo pavilhões vazios, é preciso uma reflexão, uma linha de merch de modalidades, com camisolas vintage. É um setor em crescimento. As modalidades podem permitir aproximar aos clubes fora de Lisboa, para o Benfica jogar mais vezes como visitado fora de Lisboa. As casas não sabem quando o Benfica lá vai.

Martim Mayer: Jonker foi selecionador feminino dos Países Baixos. É alguém na vanguarda. Temos de criar identidade para o futebol feminino. Temos de criar um estádio com 8-10 mil lugares para fazer um Inferno da Luz no futebol feminino. Faz sentido que o diretor do futebol feminino seja uma mulher, faz sentido que volte a ser. Nas modalidades, temos de olhar para as infraestruturas. Merecem a sua infraestrutura. Alugamos pavilhões por todo o lado, alugamos casas para equipas técnicas e atletas deslocados. Temos de ter um Benfica Campus das modalidades. Queremos vencer no curto prazo, mas ter uma estratégia de médio prazo. Na contratação de atletas, o Benfica tem de apostar na formação. Contratamos atletas séniores acima dos rivais. Os atletas têm de vir vencer para o Benfica, não ganhar mais.

Luís Filipe Vieira: Com mais investimento podemos lutar por um título no futebol feminino. No hóquei, se formamos muito e não ficam cá, tem de ter como objetivo esse. No voleibol e no basquetebol temos de ter 30% de jogadores da formação. Não faz sentido formar no hóquei, no futsal, temos também de apostar neles. Queremos modalidades ganhadoras. No andebol é difícil ganhar enquanto o Sporting tiver aquela equipa. O Benfica poderá apostar na formação, temos de apostar, mas não vale a pena mandar dinheiro à rua.

Rui Costa: O futebol feminino é de sucesso e quisemos dar essa dignidade. Levámos para o Campus, alocámos à SAD para dar maior investimento. Os resultados estão aí e queremos crescer porque em termos europeus estamos muitos furos abaixo. Modalidades? Investimos bastante e resultou no dobro dos títulos. Queremos dois títulos europeus no hóquei em patins e no futsal. Fomos campeões europeus no andebol. Queremos mais e vamos apostar mais. As modalidades são um pilar do clube e vão ser aposta. Queremos mais.

Martim Mayer: Além do colégio, é importante que os jogadores passem tempo com as famílias. Quero criar uma residencial para permitir às famílias passar mais tempo com eles.

João Diogo Manteigas: O Benfica não é um meio, é um fim. É isso que vai acontecer com os jovens.

João Noronha Lopes: O João neves não é de passado. Simboliza a mística dos plantéis. Se um jogador da formação vê todos a ir embora, também quer. O Benfica tem de querer jogadores mais tempo no Benfica. Não quero um discurso fatalista de cortar as pernas. Falta falar dos técnicos da formação, que têm saído dos clubes. Tem de haver uma aposta, têm de ser valorizados. Investir na formação e nos técnicos.

Martim Mayer: Isto não é um programa de comentários, estamos a falar de passado e não discutimos presente ou futuro. O Benfica tem de criar um colégio para tratar da parte académica dos jogadores e preocupar-se com a vida do jogador, o futuro do jogador na academia. O projeto prevê isso e atrair talento ao invés de ir para os rivais.

Luís Filipe Vieira: Rui, também cometi erros. O Rúben Dias foi confrontado com uma situação para ser vendido. Se calhar não foste ao ponto, dava para abafar a situação logo e ele não ia pedir mais nada. Vão-se os anéis e ficam os dedos. O nome do Benfica não pode ficar comprometido.

Rui Costa: Dar aos pais garantias que os jogadores vão jogar? Os pais são piores que os próprios agentes. Estão a ver o futuro do filho. Não vão convencer a deixar de ganhar o que ganham lá fora em Portugal. Criamos uma ilusão sem estar no futebol. É incompatível, não se promete que o filho seja titular. Nem todas as gerações têm a mesma qualidade. Sobre o João Neves, não o vi [Noronha Lopes] numa reunião connosco. Está a desmentir-me e não estava cá. Ele não queria sair do Benfica, mas não queria perder valor financeiro em relação ao que foi ganhar em Paris. Não dá para chegar a esses valores.

Cristóvão Carvalho: Rui Costa, o João Neves é uma pedra no teu sapato. Só entenderia a venda pela cláusula de rescisão. Estamos todos tristes. João Noronha Lopes disse que não defendia números. Nem aqui nem em coisa nenhuma. Ninguém te pode exigir nada como presidente porque não te comprometes com nada. Não me leves a mal, mas exigia-se mais da tua parte. Gostava de ter um compromisso com títulos e jogadores a subir. Continuas na nuvem de D. Sebastião e não te comprometes com nada.

João Diogo Manteigas: Quando a formação foi chamada para salvar o Benfica fomos campeões. O objetivo é formar para vender [da FPF], o Benfica terá de lutar contra isto. Temos o Julen Guerrero para juntar ao José Mourinho e à estrutura para a excelência. Os jovens não entram porque não sentem mais-valia. A maturidade tática e mental faz com que não seja fácil jogar neste Estádio. Falta autodescobrir os formadores na gestão, comunicação e liderança. Quanto a reter jogadores, o mais importante é ver os contratos. Tenho dificuldade em acreditar que o João Neves não daria a volta, mas falando com famílias e agentes consegue-se fazer isto, provando que há condições para o jogador jogar.

João Noronha Lopes: Temos uma das melhores formações do mundo, mas temos de formar para vencer. Temos de ter incentivos financeiros e planos de progressão e através dos símbolos. Diz que não era possível segurar João Neves, mas ele não queria sair do Benfica. Quem o disse foi João Neves. O processo não foi resolvido na altura certa, em dezembro ou janeiro. Se deixamos arrastar para uma altura em que tem a cabeça noutro lado não fica. É um dos melhores médios do mundo e personificava a mística e ambição dos adeptos. A formação não é uma ciência exata, mas temos uma equipa sombra com lugares para a formação e contratações. Queremos ver quantos jogadores evoluem. João Neves não pode pagar erros de gestão do Rui Costa. Tínhamos de vender João Neves e no ano seguinte tínhamos 130 milhões. É por causa do processo eleitoral.

Martim Mayer: Queremos mais jogadores da formação na equipa A. Tem de estar ligado às compras e vendas. Gastámos mais 119 milhões de euros que os rivais, temos menos mais valias. Compramos demais e tapamos jogadores da formação. Gastamos a mais e temos uma política que não serve. 50% da equipa A será da formação como titular, não só o plantel. Aplicaremos melhor os fundos e temos de apostar na formação, deixar que tenha espaço na equipa A.

Luís Filipe Vieira: João Diogo Manteigas é muito novo, não sabe o que foi preciso fazer para recuperar o clube. Quando tivemos condições para trabalhar fizemos a segunda melhor década do Benfica. Fomos campeões em 2004 e não devíamos ter sido, tínhamos 13 jogadores. Não produzimos todos os anos jogadores para a equipa principal. Temos nove campeões sub-17, mas temos de os fazer crescer. O ano passado fomos campeões em todas as categorias, mas já estivemos quase, mas os jogadores foram à seleção. O Benfica tem todas as condições para continuar. Perdemos quadros fantásticos e temos matéria prima para crescer. Há condições e o Benfica tem de ter um plantel com 4 ou cinco da formação. O treinador tem que dizer que sim, mais nada.

Rui Costa: Há pouco para falar da formação, os dados são o que são. O João Neves é diferente do que está a falar. Não podia ter ficado mais um ano, dizer que não queria sair é simples. Muitos jogadores já o disseram. Se o Benfica tivesse condições para lhe pagar o que pagam lá fora. É um jogador patrimonial, sem valor e preço. Não dava para o manter. Não houve ano com menos de oito jogadores da formação na equipa, hoje são 11. Foram, o ano passado, com três títulos, inédito, ganhámos a Youth League, a primeira Taça Intercontinental, 23 estreias, 31 jogadores oriundos da formação. Dados concretos. Criámos um projeto de aceleração dos jovens. A equipa B e sub-23 jogam com juvenis e juniores. Se há coisa que funcionou bem neste mandato foi a formação.

Cristóvão Carvalho: O Benfica tem uma das melhores academias do mundo. Mérito a quem a pensou e continua a pensar. Continuamos a fazer um bom trabalho, mas podemos fazer um melhor trabalho. Rui Costa deu algumas explicações, a equipa não está preparada, mas devia estar. O pote de ouro do Benfica é o Seixal, aí temos os nossos grandes jogadores. Estou aqui com um compromisso para os sócios, terão de chegar três a quatro jogadores por ano com condições. Hoje não é possível, a equipa não está estável e tem muitos jogadores novos. Tem de haver um compromisso. Quem chega ao Seixal tem de sonhar que chega à equipa principal do Benfica. O João Neves tem de continuar na equipa. Foi das coisas que não perdoo Rui Costa. Podes falhar, com o João não. O João queria ficar e tinha condições para ficar e ser o farol. É um caminho para manter os miúdos.

João Diogo Manteigas: Ninguém vai fazer uma purga, há muita gente responsável. Não sou contra estruturas novas. O Benfica tem gente capaz que se tem de subir na hierarquia interna. Gostava de relembrar Luís Filipe Vieira dos números de títulos perdidos.

Martim Mayer: Não concordo, um diretor geral fará a diferença.

João Noronha Lopes: Faz confusão a muita gente organização e planificação. Serão contratações decididas por uma equipa. É isso que trago para o Benfica e que se vão ter de habituar.

Cristóvão Carvalho: Noronha Lopes encontrou lugar para cinco pessoas. Ninguém entende Nuno Gomes na sua função. João Noronha Lopes estruturou o plano com muitas pessoas, dá a entender que não conseguirão conversar. Alicercou todo o seu programa em excesso de pessoas.

Luís Filipe Vieira: Não é com muita gente que ganhamos campeonatos. Muita teoria, pouca prática. É muito bonito, mas não funciona. Há pessoas sem preparação para os lugares que querem ocupar. O futebol é muito simples. Se tenho um diretor geral e um diretor desportivo funciona bem, sem problema nenhum. Em Portugal temos muito boa gente para estar no futebol. Somos a indústria com melhores profissionais.

Martim Mayer: Não faz sentido ter um vice-presidente do futebol. Nuno Gomes é uma questão eleitoralista, não faz sentido como organização e empresa. É um emaranhado de pessoas. Só falta um diretor geral para organizar o futebol a quatro anos.

João Diogo Manteigas: Acompanho a questão da formação, mas há uma ideia prática. O António Silva não renovou, o Otamendi já. É por isso que quero uma rutura com o passado.

João Noronha Lopes: Rui Costa foi diretor desportivo e vice-presidente, se não sabe o que fazem fico surpreendido. O Nuno Gomes e o Pedro Ferreira estão preparadíssimos. O Nuno Gomes saiu do Benfica pelo próprio pé e teve a possibilidade de se formar, o Pedro Ferreira levou o Nottingham Forest à Europa e podia ter continuado em Inglaterra. Voltam porque sentem que há projeto e vêm com ganas de triunfar. Acho estranho que o seu diretor desportivo seja um antigo comentador desportivo. Nuno Gomes e Pedro Ferreira não estão piores preparados que um comentador desportivo. O vice-presidente terá supervisão do futebol do Benfica. O diretor geral coordenará o futebol, com formação, scouting, futebol feminino e ligação às outras áreas. As pessoas não entram de paraquedas, desenvolveram um projeto.

Martim Mayer: Tenho uma proposta concreta. O Rui Costa está certo a dizer que há coisas bem feitas, mas Mário Branco não tem tempo para olhar a médio prazo. Trago o Jonker para falar de formação, scouting e criar um universo de situações. Muitas intenções e conceitos, sem propostas concretas. Devemos discutir isso. Falta ao Benfica olhar a médio prazo e quem vem comigo vai olhar a quatro anos e perceber onde temos lacunas para a próxima época e seguintes. Isso não é feito. Tenho-o feito nas casas do Benfica e a falar com as pessoas. Quero os sócios esclarecidos ao que podem esperar de mim. Vejo conceitos e ideias com que concordo, mas que não se materializam.

Luís Filipe Vieira: O Benfica é que vai decidir, não o treinador. O Benfica fará uma equipa de scouting com uma equipa sombra, naturalmente com nuances, escolherá o jogador que entender em quatro. Tem de ser decisão nossa e dos nossos profissionais. O Rui Costa disse que recebeu um plantel velho, mas ele sabe que não é assim. Tinhas ali dois ou três jogadores com uma idadezinha. Tínhamos bons jogadores lá. Temos a experiência do que fizemos. O Benfica não era bi há 30 anos, tri há 39 anos. Foi com a nossa experiência que revirámos tudo. Tivemos uma infelicidade de um pontapé que nos impediu de ser penta. O Benfica montou uma academia melhor do mundo com portugueses, não precisamos de ir lá fora buscar nada. É obrigatório o treinador ter 20 jogadores de primeiro grau e a formação a entrar com quatro ou cinco jogadores no plantel.

Rui Costa: Serei sintético. Este trajeto, esta gestão do futebol não pensa no imediato e hoje temos esta estrutura e apenas seis jogadores com mais de 25 anos por isso. Antes o Benfica tinha uma equipa mais velha, 13 jogadores na casa dos 30 anos. Isso sim é para o imediato. Pensamos a longo prazo. Quanto à formação, temos de abrir espaço à utilização. Não podemos querer ser treinadores do Benfica. O nosso papel é abrir espaço, foi dito sempre que no projeto entram 20 jogadores contratados e todos os outros são da formação. Ainda aparecerão em momentos mais saudáveis do Benfica. Nas principais ligas, a média de utilização é de 13%, no Benfica é de 20% [da formação]. Não está assim tão carente na formação. A Noronha Lopes, o Rui Costa nunca festejou nada para lá de títulos. Não há vitórias morais, queremos jogar sempre até ao fim. O ano passado lutámos por todos os títulos. A estrutura é grande e promete uma estrutura profissional com pessoas que nunca ocuparam esse cargo. Mário Branco tem uma vida, gosto muito das pessoas, mas nenhuma teve o cargo que está a sugerir.

Cristóvão Carvalho: Falta aqui compromisso perante os sócios. De teorias já os sócios estão cansados. Olho para o programa de Rui Costa, página 9. Top-10 europeu, disputar Champions League e ter quarta estrela. É curto. Tens de comprometer com algo mensurável. João Diogo Manteigas a mesma coisa, muitas ideias, teorias, fórmulas, mas sem compromissos. Luís Filipe Vieira define sete campeonatos a cada 10 anos, não diz como. João Noronha Lopes traz cinco pessoas para a estrutura, zero compromissos. Falta compromisso.

João Diogo Manteigas: Lamento a correção a João Noronha Lopes, o plantel de Lage não era de Schmidt, preparou esta época. A Rui Costa, não adianta apostar na formação sem meter os jogadores a jogar. Gonçalo Ramos e João Neves foram vendidos, Bajrami e Tiago Gouveia foram embora. Não vemos uma aposta na formação, temos de perceber se o José Neto e o Banjaqui chegam para os problemas nas alas. Temos de arriscar.

João Noronha Lopes: Quero muito ganhar, o José Mourinho quer muito ganhar e a estrutura que apresentei vai ajudá-lo a ser mais vencedora. Há que criar condições. Depois de investir 130 milhões é de estranhar que o plantel apresente estas lacunas. No futebol todos cometemos erros, mas temos de aprender. Se os voltamos a cometer, é natural que os resultados não apareçam. Temos de trabalhar com antecipação e de forma inteligente, chegar mais cedo aos mercados, apostar na formação para meter os jogadores a jogar. Formação para vencer e não vender. Vi o candidato Rui Costa dizer que para perder, que seja assim, porque quase ganhámos. Fico surpreendido, parece que o candidato Rui Costa critica o presidente Rui Costa, tal como o presidente Rui Costa criticou o vice-presidente Rui Costa. Quantos Costas há na direção do Benfica?

Martim Mayer: Falarei com José Mourinho e Mário Branco para ver as lacunas do plantel. Existe uma forma melhor de trabalhar os sub-23, equipa B e equipa A. Quero falar com José Mourinho sobre isso, aproximar estes jogadores. O Jonker fez isto no Arsenal, no Barcelona, no Bayern Munique. Quero uma solução em concreto. Todos queremos ganhar sempre e ser campeões, mas a minha proposta é concreta. Jonker vem dar consistência que falta ao futebol do Benfica e em janeiro terá resultados. O que surgirá da conversa será muito positivo. Em janeiro as contratações terão uma lógica de médio prazo, para os próximos quatro anos. Vai ser uma decisão a quatro e uma discussão construtiva.

Luís Filipe Vieira: Temos de ser campeões este ano. Fez-se uma renovação do plantel, mas continua desequilibrado. O treinador já o disse. Vou ter uma reunião com a estrutura e o treinador. Quero um treinador a quatro anos e quero renovar. As alterações são para ficarmos mais fortes. Já no passado fizemos uma hegemonia, fomos tetra, com um núcleo semelhante e um trabalho de base. Às vezes complicamos o fácil, o futebol é objetivo. Temos treinador, faltam algumas alterações. Faltam alas ao plantel, um central e um defesa esquerda. Iremos dar-lhe as ferramentas necessárias. Toda a gente tem de ser campeã diariamente. Temos de ganhar fora de campo. Objetivamente, não é preciso falar com muita gente, mas ter uma liderança forte. Temos boa gente nesta casa com qualidade. Não vale a pena usar uma vassoura.

Rui Costa: É claro que todos querem ganhar mais, senão não estariam aqui. Em janeiro, o Benfica sempre que teve de mexer na equipa mexeu consoante as necessidades e possibilidades. Nunca se inibiu de corrigir algum erro ou melhorar. Em janeiro veremos o que o plantel necessita. Até janeiro o plantel melhorará internamente com a melhoria de jogadores, o aparecimento de jovens. Havendo necessidade, vamos ao encontro do treinador.

Cristóvão Carvalho: No futuro, no que toca ao futebol, parece-me simples. O Benfica tem uma estrutura que funciona. Tenho dificuldade com grandes mexidas. O Benfica está mais bem organizado no futebol e as alterações são em consonância com toda a equipa. Ainda não vi objetivos claríssimos para o futuro do Benfica, primeiro temos de definir o que queremos ganhar. Temos de perceber o mesmo na formação. Vejo pensar tudo no momento. O Benfica profissional tem de ser decidido pela equipa do futebol. Há coisas bem e outras menos bem. Digo aos benfiquistas para que venho: três em quatro títulos em Portugal e uma final da Champions em oito anos. O resto são ajustes. A máquina está com capacidade para resolver problemas. O Benfica precisa de melhoramentos e acertos.

João Diogo Manteigas: José Mourinho é o treinador e terá a palavra a dizer. A estrutura planeará com o treinador. Os treinadores afinam o produto de campo. Se necessário retocar a equipa em janeiro, o Benfica sempre o fez, se houver condições financeiras e sem entrar em loucuras.

João Noronha Lopes: Estamos a celebrar a democracia no maior clube democrático português. O meu projeto resume-se em três ideias: estrutura mais forte, estabilidade maior e cultura de vitória. Fui a primeira lista a apresentar o projeto de futebol: Nuno Gomes, vice-presidente do futebol, encarregue da supervisão, Pedro Ferreira diretor-geral, ligação à estrutura do futebol, Tomás Amaral com experiência no scouting, trazendo a experiência do Benfica e internacional e Vítor Paneira no banco como ligação entre a estrutura e a equipa. A ideia de estabilidade porque o Benfica não pode ter cinco treinadores em cinco anos nem este carrossel de jogadores. Trazemos estabilidade e ideia a longo prazo. O Benfica não pode normalizar a derrota e ser o clube do quase. Temos de querer ganhar. A cultura de vitória começa no presidente. Temos de lembrar as palavras de Eriksson, que disse que o segundo lugar no Benfica não significa nada.

Martim Mayer: Falta coordenação e definição de modelo de jogo desde os sub-13. Mário Branco e José Mourinho preocupam-se no curto prazo, Jonker vai trabalhar o médio prazo para trazer mais jogadores à equipa A. Está identificado como crítico para melhorar a performance. Desenvolvi um trabalho com Louis Van Gaal para trazer uma pessoa complementar a José Mourinho e Mário Branco, alguém sem a pressão do próximo jogo e que pense o futebol do Benfica. O nosso treinador dura, em média, um ano e quatro meses. O nosso futebol não pode ficar orfão. O Jonker vai fazer isto, aceleração de talento. É palavra de ordem.

Luís Filipe Vieira: Um prazer regressar aqui. O meu projeto assenta na equipa de futebol, queremos a hegemonia em Portugal. Não abdicamos disso. Tenho um diretor geral para entrar. Não quero mexer muito na estrutura do Benfica, temos de ser responsáveis. Aposta decisiva para renovar com o treinador por quatro anos. Com ele e o diretor geral queremos mudar a estratégia. Vamos dar preferência ao mercado português, temos jogadores referenciados. Queremos a formação connosco. Teremos 18, 19, 20 titulares e o resto da formação.

Rui Costa: Um prazer debatermos os seis candidatos, ouvir a voz dos seis candidatos juntos. Neste mandato não ganhámos o que queríamos ganhar, mas fizemos uma restruturação completa no futebol. Estamos mais prontos, com uma equipa mais jovem, mais ambiciosa e com maiores valores individuais e financeiros. Temos um plantel mais pronto e reforço da presença da formação. Não tivemos menos de oito jogadores da formação no plantel principal e temos 11. Queremos pelo menos oito e ainda com mais utilização. Recordo que tivemos 23 estreias na formação neste mandato. Criámos uma estrutura altamente profissional com o Mário Branco com experiência como diretor geral e desportivo. Temos condições para ser ganhadores no nosso campeonato. Este foi o mandato de melhor pontuação em termos europeus, dois quartos de final e uma chegada aos oitavos. Temos cinco jornadas de Liga dos Campeões e com certeza estaremos na próxima fase.

Cristóvão Carvalho: Apresento um projeto europeu e um Benfica europeu. Pensei todo o programa alicercado num Benfica europeu. Tem de ter uma equipa ganhadora que permita vencer a Liga dos Campeões. É um programa a 12 anos e não a quatro. Um projeto sustentado, alicercado num treinador referência e de projeto, disponível a quatro, cinco, seis anos para disputar fases finais da Champions League. Implica uma mudança estrutural no Benfica, uma segurança financeira para criar estabilidade à formação e que permita aos sócios acreditar que é possível ser campeão europeu. Terá um treinador de referência, um modelo de Jurgen Klopp. Achavam ambicioso, mas temos o José Mourinho, mais titulado e com maior vencimento que Jurgen Klopp. O Benfica é maior que Portugal, temos de ter títulos europeus.

João Diogo Manteigas: Lanço o apelo aos sócios para analisarem as propostas e escrutinarem as equipas. Desejo a todos sorte e a fasquia elevada para o nosso clube. Temos promovido há um ano a nossa visão para recuperar a hegemonia do futebol e um modelo a implementar. O primeiro é a eficiência na gestão de plantéis, mais eficientes, menos quantidade, mais qualidade. Temos de pensar na estabilidade. O segundo é a formação. Ontem saímos em primeiro lugar na formação mundial, é ótimo. Temos um trabalho de captação, retenção e só podemos libertar mais tarde. Temos de apostar nos jovens. O terceiro é a transação de jogadores. O Benfica vende caro, mas os benfiquistas não celebram vendas, celebram vitórias. Temos de antecipar contratações, como o caso do Manu Silva, e apostar no mercado nacional. O Benfica tem de ter os melhores jogadores em Portugal, mais equilíbrio, dois jogadores por posição, e mais compromisso. Todos têm de promover o Benfica. O Benfica não pode ganhar um campeonato em quatro, duas Supertaças e uma Taça da Liga.

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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