André Villas-Boas comentou a gestão do FC Porto durante um evento da Columbia Business School, onde abordou vários temas ligados ao clube.
André Villas-Boas marcou presença num evento da Columbia Business School, realizado durante o Mundial de Clubes, onde esteve à conversa com Michele Montesi, presidente e Chief Strategy Officer do FC Porto. O líder dos dragões falou sobre o passado recente do clube e justificou os motivos que o levaram a avançar para a presidência:
«Foi um período muito sensível no clube. Estamos a falar de uma pessoa [Pinto da Costa] que transformou o clube e que fez do FC Porto o que é neste momento. Vencemos duas Ligas dos Campeões, duas Taças UEFA e um número incrível de troféus, não só no futebol, mas também nas modalidades. Somos um clube eclético. Mas senti que era tempo de impulsionarmos o clube, que estava num estado de ruína financeira. Senti que era tempo de modernizar o clube, levá-lo a outro nível e continuar a expansão internacional, ganhando títulos claro, com uma equipa competitiva. O FC Porto não é campeão nacional há três anos e estamos ainda a apanhar as peças, a tentar construir uma equipa mais forte para a nova época. Finalmente temos as condições financeiras para investir no mercado, porque conseguimos resolver a maior parte dos problemas financeiros. Algumas das operações que fizemos salvaram o clube e mantiveram-no como clube de sócios. Caso contrário, provavelmente teria sido vendido a um fundo de investimento ou a um fundo privado».
Michele Montesi abordou a venda de jogadores:
«De uma perspetiva desportiva, perdes os melhores jogadores do plantel e tens de substituí-los. Geralmente com jogadores mais baratos. (…) O grande desafio que encontras é substituir os melhores jogadores da equipa todos os anos, ou, se tiveres sorte e conseguires mantê-los, de dois em dois anos».
André Villas-Boas referiu os pontos para dar resposta aos desafios do mercado de transferências:
«Tens de criar condições para gerar talento continuamente. A qualidade do treinador em Portugal é muito alta. Tivemos momentos de grande expansão, desde que José Mourinho apareceu, o que levou a que pessoas de 18 anos quisessem ser treinadores em vez de procurarem outro tipo de carreira. O nível elevado de treino permite-nos continuar a desenvolver talento do bom».