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AO MINUTO: Acompanha o debate entre Rui Costa e João Noronha Lopes para a presidência do Benfica

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Rui Costa e João Noronha Lopes vão disputar a segunda volta das eleições do Benfica. Os dois candidatos enfrentam-se num debate frente-a-frente.

Depois de serem os dois candidatos mais votados na primeira volta, Rui Costa e João Noronha Lopes estão frente-a-frente num debate televisivo transmitido em simultâneo pela SIC Notícias, RTP Notícias, CNN Portugal e CMTV.

As eleições para a segunda volta estão agendadas para o dia 8 de novembro. Recorda ao detalhe os resultados da primeira votação.

As intervenções devem ser lidas de baixo para cima, onde se apresentam as mais recentes cronologicamente.

Eis o debate entre Rui Costa e João Noronha Lopes:

João Noronha Lopes: Em primeiro lugar, é uma honra enorme estar aqui e disputar a segunda volta. É o sonho e a paixão da minha vida. Preparei-me para isto com humildade e muita vontade. Reuni a minha equipa e temos muita vontade de voltar a ganhar e ajudar o Benfica. Reitero o que o Rui disse. É muito importante que os benfiquistas vão votar. O Benfica está acima de tudo, independentemente de quem ganhe.

Rui Costa: Mensagem clara. Agradeço a eleição de sábado e que haja a vontade de bater este recorde. Voltem às urnas para bater o recorde dos 85 mil sócios a votar. Que seja mais um dia com respeito. Cada um votou onde queria votar sem atrito. É o que desejo.

João Noronha Lopes: Nenhum benfiquista sabe quem é o projeto Pedro Proença.

Rui Costa: Não apoio a pessoa, mas o projeto. Recolheu os votos de todas as equipas. No que estava na Liga e passaria para a FPF, estava a par. O compromisso da direção passou para a FPF. Há mais a resolver que a centralização.

João Noronha Lopes: Nuno Gomes apoiante de Pedro Proença? Expressou a sua opinião há um ano, sem um vínculo com o Benfica. Agora, está alinhado na minha visão do futebol português. Pedro Proença, sem considerações pessoais, embalou os clubes com promessas de 300 milhões de euros. Rui Costa e a direção do Benfica deixaram andar. Embalou os clubes, disse que o Benfica valia mais que os outros clubes. É claro que vale. Fez uma sede da Liga que custou milhões e defendeu posições contrárias aos clubes portugueses [nomeadamente na Champions League]. Debati com Nuno Gomes. Expressou uma opinião pessoal e agora estamos completamente alinhados. Não conheço Pedro Proença e sou completamente independente. Permite-me defender o Benfica olhando apenas aos interesses do Benfica. Gostava de fazer uma pergunta a Rui Costa. Voltava a apoiar Pedro Proença.

Rui Costa: Regresso às mesas de negociações? O Benfica alerta um problema. Têm de acontecer movimentações que permitam que os clubes se sintam seguros e o valor que se prometeu inicialmente [centralização dos direitos televisivos]. O Benfica não defende que a transição avance. Esta lei pode ser prejudicial para o futebol português. O Benfica reentrará quando sentir que há condições. O Benfica não quer sair a perder e neste momento todos os clubes estão a perder.

Rui Costa: Mourinho tem contrato para mais um ano. Dois anos de contrato, com uma cláusula que permita a saída que diminui os valores da indemnização. Não é preciso por em causa, tem dois anos de contrato. Vai cumprir este ano e esperamos obter resultados positivos. Partimos para a época com a Supertaça ganha, na Liga dos Campeões, estamos nas meias-finais da Taça da Liga, campeonato e Taça de Portugal por jogar e uma Liga dos Campeões para recuperar. A exigência passa por obter o máximo de resultados possíveis pelo Benfica, que são títulos.

João Noronha Lopes: É preciso dizer que José Mourinho inicia a época coxo, com um plantel que não foi escolhido por ele. O grau de exigência tem isso em atenção. Quero que seja campeão e que seja comigo como presidente. Não acho que Mourinho possa ser responsabilizado por não ganhar este ano. Isto é uma avaliação feita ao longo da época. Um treinador que entra como e quando José Mourinho entrou não é exigível que seja campeão. Não lhe exijo ser campeão. Espero que ganhe títulos, todos os treinadores têm de ganhar títulos, mas começou a meio da época.

Rui Costa: Então o projeto está bom.

João Noronha Lopes: Exigências para José Mourinho renovar? Estou convicto de que vai ser campeão este ano.

João Noronha Lopes: Continuidade de Mário Branco exigida por José Mourinho? Não deixarei cair Pedro Ferreira. Todo o respeito por Mário Branco, mas a minha escolha está feita. José Mourinho tem tido uma conduta irrepreensível, ao nível dos melhores treinadores do mundo. Disse que votou no Benfica e não se meteu em questões eleitorais. Não espero ter essa reação de José Mourinho. Nuno Gomes conhece-o bem. Quero criar condições para ele ganhar mais títulos no Benfica. O nosso projeto é bom, as pessoas estão motivadas e ele quererá trabalhar connosco. Nenhum treinador está acima do Benfica, mas tenho a certeza que ele ouvirá o nosso projeto e continuará no Benfica.

Rui Costa: Cópia de ideias por Noronha Lopes? Os programas são conhecidos, não vou ler 300 páginas. Ouvimos todos os candidatos várias vezes, com canais abertos. Não preciso de ler as 300 páginas para saber os pontos-chaves. Ideias copiadas? 500 mil sócios, 500 milhões de receitas, aumento do estádio à mesma proporção. Há ideias que veem de outros candidatos e podem ser aproveitadas. Tenho interesse que o Benfica cresça em todas as áreas.

Rui Costa: Estamos de acordo. O Benfica não tem claques organizadas, quem está no topo são red passes. É natural que naquela zona aconteçam mais, mas não se podem punir topos, bancadas centrais ou anéis. Punem-se as pessoas e não os grupos.

João Noronha Lopes: Grupo organizado de adeptos? Não há adeptos de primeira ou segunda, só sócios que pagam bilhetes. Quem apoia o Benfica é bem-vindo, quem prejudica o Benfica não é. Quer esteja num topo ou na bancada central a atirar garrafas ao treinador.

João Noronha Lopes: Falta de planificação é isto. Não se deve despedir um treinador à quarta ou quinta jornada. Podemos dar a volta, mas chama-se má planificação desportiva.

Rui Costa: Mais uma contradição sobre Roger Schmidt. Tinha acabado de perder um campeonato, mas ganho um anterior. Deu o exemplo de Jorge Jesus e de Vieira. Vieira para si hoje virou herói. Ouvindo o que disse do passado e hoje, a estratégia mudou. Deu o exemplo de Jorge Jesus e de que Roger Schmidt tinha de ser despedido ao fim da segunda época.

João Noronha Lopes: Sobre o mercado, sentar-me-ei com José Mourinho.

João Noronha Lopes: Temos treinadores de projeto. É diferente manter o treinador para sempre ou correr o treinador à primeira. Luís Filipe Vieira manteve Jorge Jesus depois de perder tudo e foi campeão num ano. Não foi isso que aconteceu com o Rui. Tivemos cinco treinadores em quatro anos. Como é possível ganhar? A direção contratou 17 titulares e 19 jogadores que nunca se impuseram na primeira equipa em quatro anos. Gastámos 400 milhões de euros, cinco treinadores e um campeonato. Qual a avaliação deste mandato? Só pode ser negativa. Enquanto presidente, desportivamente falhou. A avaliação é feita pelos resultados, que foram muito fracos.

Rui Costa: Não tenho uma verba estipulada para gastar. Se tivermos de reforçar a equipa em janeiro, será por bem. Olhamos a custos, se gastámos este ano é porque podíamos. É um elogio.

Rui Costa: Ao mesmo tempo, teria despedido Roger Schmidt no final da época. É uma contradição clara. Falar de estabilidade num clube como o Benfica é uma linha ténue. Todos queremos um treinador de projeto, esperamos que José Mourinho esteja muito tempo no Benfica. Depende dos resultados e do ambiente em volta do Benfica. Dois jogadores [Nuno Gomes e Vítor Paneira] sabem que os resultados no futebol são assim. Não pode saber como está um ambiente para os treinadores continuarem. Queremos treinadores a longo prazo, mas nunca se sabe.

João Noronha Lopes: Disse que tinha um treinador de projeto.

Rui Costa: Um reparo sobre a estabilidade. João Noronha Lopes disse que o Benfica manteria um treinador com ou sem sucesso.

Rui Costa: Ninguém pode garantir que um jogador regresse ao Benfica. São campanhas de anos 80 ou 90. Tem contrato com o Manchester City e estou convicto que regresso como eu regressei, com qualquer presidente. Passei por isto há uns anos. Um jogador regressa pelo clube, não pelo presidente. Ele pode achar um projeto melhor que o outro, mas estou convicto que quer regressar ao Benfica pelo clube, não para ser jogador do presidente. Não é bom para ele nem para os outros jogadores.

João Noronha Lopes: Bernardo Silva? Disse que queria vir para o Benfica e quero muito trazê-lo. Falo com ele há muito tempo e conheço-o há muitos anos. Comigo a presidente voltará ao Benfica. Falo com o Bernardo há muito tempo, sofre tanto pelo Benfica como eu. Apoio? Decide pela própria cabeça e entendo que não tome uma posição pública.

João Noronha Lopes: A estrutura é responsável por manter a estabilidade do futebol e apresentar alternativas ao treinador para as necessidades do plantel. Por isso é que há uma equipa sombra com jogadores identificados para as posições. Tenho pessoas que cresceram no Benfica e conhecem os cantos à casa, o Benfica. O Pedro Ferreira foi dos melhores diretores de scouting do Benfica, identificou o Enzo Fernández e o Darwin. Saiu para se valorizar profissionalmente e volta mais forte do que era. Levou o Nottingham Forest aos lugares europeus, o Nuno Gomes valorizou-se como consultor da FIFA, o Vítor Paneira dispensa apresentações. É essa equipa em quem tenho confiança.

João Noronha Lopes: Mercado de janeiro? As contratações são discutidas com o treinador e de acordo com as necessidades da equipa. Registo a minha estranheza com um investimento de 130 milhões de euros e que estejamos já a falar de reforços do plantel. Qualquer coisa não correu bem. O problema de José Mourinho foi pegar numa equipa à quinta ou sexta jornada que não escolheu, tal como já fez Bruno Lage. Mesmo que seja o melhor treinador do mundo, como o é José Mourinho, é complicado ganhar. A estabilidade de uma equipa de futebol é fundamental.

Rui Costa: Se em janeiro o Benfica necessitar de melhorar a equipa, cá estaremos. Bruno Lage antes de sair disse que estava feliz com o plantel, José Mourinho como adversário disse que era um grande plantel. É dos treinadores mais experientes do mundo e sabe o que tem na mão. Neste momento está com um problema gravíssimo que vem de Bruno Lage: treinar. Jogámos ontem, hoje é dia de recuperação, amanhã viajamos para Guimarães para ter jogo num dia seguinte. Acreditamos que há jogadores a aparecer que diminuam lacunas do plantel. Se chegarmos a janeiro e entender retoques, faremos. O Benfica irá sempre ao mercado e não vai abdicar de uma época em janeiro.

João Noronha Lopes: Sempre defendi que José Mourinho fosse à procura da melhor solução. Foi o que defendi [não que José Mourinho fosse trunfo eleitoral].

Rui Costa: Contente que hoje [Noronha Lopes] tenha uma opinião diferente, a sua campanha diz que José Mourinho é trunfo eleitoral. Não é a primeira vez que muda de ideias de dia para a noite.

João Noronha Lopes: José Mourinho é um grande treinador, com quem trabalharei. Nunca defendi um treinador interino, mas a melhor solução. Foi a solução que Rui Costa encontrou e apoio-a a 100%. Quero acreditar que tenha um peso determinante para o Benfica jogar e ganhar mais. José Mourinho veio para o Benfica ganhar e quando ele ganhar, ganhamos todos.

João Noronha Lopes: Pessoas sujas a fazer campanhas? Quero discutir ideias e projetos. Olhem para a campanha, para ataques pessoais e tirem conclusões. Sobre Luís Filipe Vieira, não o apoiei nem trabalhei com ele. É preciso o reconhecimento devido a quem fez alguma coisa. Não percebo porque não foi convidado para o 20.º aniversário do estádio. Foi uma das pessoas que mais contribuiu e faz confusão que não tenha acontecido. Rui Costa assumiu o Benfica numa altura complicada, mas faz-me confusão que desmereça os anos anteriores.

Rui Costa: Críticas de Luís Filipe Vieira e reconciliação? É uma questão do foro pessoal. Faço a pergunta: o que importa nas eleições do Benfica? Não sou rancoroso nem nunca fui. Houve coisas que se passaram neste período eleitoral que me magoaram, críticas que não foram justas. Estou aqui pelo Sport Lisboa e Benfica, não por A, B ou C.

Rui Costa: Falar de Luís Filipe Vieira? Já expliquei. Não está em causa se aplaudi o trabalho de Luís Filipe Vieira ou não. Esta obra [Estádio da Luz] é do seu mandato e muito sua. Não estava em causa falar ou desprezar Luís Filipe Vieira nesse dia [apresentação como novo presidente]. Estávamos com um empréstimo obrigacionista e uma inscrição na UEFA a cair. Não era o momento, por questões jurídicas também, para enaltecer ou desprezar Luís Filipe Vieira. Era um momento para apresentar um presidente a olhar em frente. Estive rodeado de advogados porque o processo era muito longo. Estavam processos em vias de cair e importava mostrar que o Benfica tinha um novo presidente.

João Noronha Lopes: Se alguém estiver próximo de mim e ofender alguém, eu reajo. Vamos discutir o Benfica. Todas as críticas são objetivas. Não faço críticas pessoais. Numa AG já defendi Rui Costa de ataques pessoais. Não faço ataques pessoais. Um presidente ou ex-presidente tem todo o respeito institucional. Discutimos um mandato de quatro anos e se Rui Costa cumpriu o que deveria ser o objetivo de um presidente do Benfica: ganhar, equilibrar contas e defender o Benfica. As minhas observações são nesse âmbito.

Rui Costa: Não quero ficar neste campo no debate. Eu falei no geral e falei de outros candidatos. A sua palavra foi direta a mim outra vez. Teria de ir às ofensas de quem está na sua lista, mas não é isto que os sócios do Benfica merecem. Faço o apelo que todos percebam que todos são do Benfica.

João Noronha Lopes: O que se passa na internet é uma vergonha. São miseráveis os ataques anónimos. O Rui fala do que se passa na internet. Eu falo de coisas concretas, da campanha de Rui Costa, de um vice-presidente e de comunicados. Se estes ataques partissem de pessoas que estavam comigo, reagiria de forma diferente.

Rui Costa: O seu diretor chamou a minha mãe à conversa numa AG. Você agora sai daqui e fala com ele e vê o que escreve.

João Noronha Lopes: E disse que estava com ele.

Rui Costa: Você é que tem de saber. Não trago aqui. Os seus apoiantes diziam que o melhor era ser goleado contra o Leverkusen e o Guimarães. Está a confirmar-se a acusação. É triste que um benfiquista peça para que o seu clube perca. Não vi nenhum reparo a essas situações. Andavam na sua campanha à procura de podres meus para divulgar. Se se está a referir a Fernando Tavares [vice-presidente do Benfica] ele não está na campanha.

João Noronha Lopes: O que disse?

Rui Costa: Quem disse isso? Ontem o seu diretor de campanha insultou-me. Já chamou a minha mãe à conversa numa AG.

João Noronha Lopes: Partilho a condenação e repulsa pelos atos e campanhas da internet que envolvem candidatos e família. Também tenho passado e sei o sofrimento que causa às pessoas próximas. Já fui acusado de tudo, de ser o novo Vale e Azevedo, de precisar do Benfica para viver, de não pagar impostos, de não ter rendimentos. Tive de apresentar a minha declaração de rendimentos. Quem não sente não é filho de boa gente e tenho orgulho dos meus pais. Tinha de defender a minha honra e reputação profissional. As campanhas sujas são miseráveis. Outra coisa são ataques pessoais da outra campanha. Não entendo vice-presidentes da outra campanha a dizer «farto das burrices». Se fosse ao contrário, teria posto na ordem. São pessoas que estão connosco. Já disseram que os meus apoiantes apoiavam as derrotas do Benfica. Acha que Bagão Félix, Manuel Vilarinho, Luís Tadeu festejam as derrotas do Benfica. São ataques que partem da própria candidatura. Teria feito de forma diferente.

Rui Costa: Sabemos como funcionam as redes sociais e lamento o que tenho visto. Somos todos do mesmo clube, não é uma eleição política. Espera-se que todos sejam do Benfica. O que tenho assistido nas redes sociais, que não tenho, mas me mandaram é lamentável. Ontem, aceito críticas à minha pessoa, meteram famílias, filhos. Estou a falar de situações pessoais, não tenho nada a ver com o que sai das capacidades de gestão de Noronha Lopes. Falo nas ofensas, no fomentar de ódios. Não é uma campanha política, mas do maior clube do mundo. Se nos consideramos justamente os maiores do mundo, só somos grandes se conseguirmos estar mais juntos. É natural estarmos em lados diferentes, mas abomino o fomentar do ódio.

Rui Costa: O Benfica encaminhou a participação. As queixas foram feitas ao Benfica, que as recebeu e entregou ao departamento da auditoria e encaminhou. A discussão era sobre o Benfica ou a candidatura, mas não estava só eu na candidatura. As queixas foram apresentadas ao Benfica, tinha de ser o Benfica a fazê-lo. Pouco ético? Acho que sim. Não foram só para delegados. É natural apresentarem queixa por receberem essas mensagens. É natural.

João Noronha Lopes: Ontem estive numa conferência com 700 voluntários. É um não tema, foi enviado a quem autorizou. Vamos discutir ideias.

Rui Costa: Importa saber quantas pessoas são. Pela quantidade de pessoas, quase mais que os sócios.

João Noronha Lopes: Mensagens enviadas aos sócios? Não assunto. Foram mandadas a voluntários e pessoas inscritas como voluntários. Se reenviaram, não é problema da candidatura. Só enviou a quem pediu. O regulamento eleitoral não tem nada contra isso e pessoas que aceitam receber e estão num grupo de voluntários é natural.

João Noronha Lopes: Palavras de João Diogo Manteigas? Cada um pensa pela própria cabeça. É natural que goste mais do projeto dele que do meu, uma opinião natural. A minha candidatura não é contra ninguém, é a favor do Benfica, pela positiva, com ideias e projetos. Nasce pelo facto do Benfica ganhar pouco. O Rui quer ganhar tanto como eu e sofre como todos os benfiquistas, mas o resultado é este [2 Supertaças, Campeonato, Taça da Liga em cinco anos]. O segundo lugar não existe, é esta a cultura de vitória que queremos. É contra esta cultura que me candidato.

Rui Costa: As pessoas conhecem-me, sabem o que dou da minha vida por este clube. Falam muito de fazer derrotas vitórias. Ninguém queria ganhar mais campeonatos do que eu, mas as pessoas sabem como peguei no Benfica e em que momento estava. O Benfica fez uma reformulação tremenda e hoje está muito melhor que há quatro anos. Os benfiquistas têm noção. Até 2023 vínhamos com uma Supertaça em três anos. Dei a cara pelo clube numa altura crítica. Vamos ver o que é o presidente do quase. Depois explico em altura oportuna. Se é porque foi competitivo em todas as competições… Não estou contente com isso, mas que o Benfica perca a lutar pelas competições, se não ganhar. É uma frustração, mas mostra que o Benfica esteve lá para ganhar a todos.

Rui Costa: O Benfica sempre teve na minha vida, não foi pelos cargos. Será sempre neste sentido. Considero que vou ganhar as eleições, se não ganhar o Benfica não sai de mim. Recandidatura? Não faço futurologia. Se não ganhar as eleições, quem ganhar será o presidente dos benfiquistas. Oposição? Não consigo fazer aos outros o que fizeram a mim.

João Noronha Lopes: Neste momento estou empenhado em ser presidente do Benfica. A primeira volta foi a segunda volta, começamos a segunda parte. Com todo o respeito, começamos a segunda volta. Preparei-me para isto, a paixão e o sonho da minha vida. O meu pai disse-me que com 14 anos disse que o meu sonho era ser presidente do Benfica. Não me lembro, mas é mesmo. Estou convicto de que vou ganhar as eleições. Se não ganhar, regressarei ao meu lugar na bancada e a participar nas AG. Terceira candidatura? Não coloco este cenário nesse momento.

João Noronha Lopes: Reitero o agradecimento aos envolvidos, funcionários, voluntários e delegados. Os sócios são soberanos e pensam pela cabeça. Já agradeci pessoalmente o apoio de João Diogo Manteigas. Houve boas ideias debatidas, há boas ideias de todos os candidatos. Luís Filipe Vieira com boas ideias no património, João Diogo Manteigas no associativismo e Martim Mayer nos PALOP’s. Tentaremos continuar a falar das ideias.

Rui Costa: No domingo recebi o telefonema de Cristóvão Carvalho, que agradeço. Não tive mais nenhum contacto, sem problema. Não há parabéns de nada, ainda ninguém ganhou nada. Luís Filipe Vieira? Nenhum de nós é dono dos sócios do Benfica. Os sócios são donos do Benfica, nós não somos donos dos sócios. Cada um terá a liberdade de escolher o candidato. Não é necessário ter apoio dos outros candidatos, publicamente ou não. As pessoas têm a capacidade de escolher por elas próprias.

Rui Costa: Reforço as palavras de João Noronha Lopes quanto ao ato eleitoral estrondoso. Cumprimento todos os que estiveram envolvidos. Foram mais de 40 horas para que fosse possível. Se isto aconteceu, no maior clube do mundo, foi pela equipa maravilhosa que tornou o dia memorável. Esperamos melhor no sábado. Agradeço a todos os que votaram em mim pelo voto de confiança. Importantíssimo para mim. Creio que foram votos de confiança à minha pessoa e liderança. A segunda volta pode ser melhor, mas partimos os dois do zero. É necessário que continuem a acreditar e ir buscar votos aos outros candidatos. Estou grato pela votação mundial. Em termos nacionais foi o que foi e tive vantagem em termos internacionais. Estamos aqui os dois. Foi uma campanha longa para todos, mesmo para os benfiquistas. Enaltecer o que foi feito nas campanhas e debates.

João Noronha Lopes: Enorme alegria e satisfação pelo ato eleitoral. Voltámos a provar que somos o maior clube do mundo. Foi possível pela participação de todos os candidatos que saúdo. Sem eles, não seria possível. Agora começa a segunda volta. A primeira volta foi com seis candidatos, é diferente. Considero que temos todas as condições para unir os votos dos que não se reveem. Parto com atraso, vou ter de pedalar mais. Tenho um passado como benfiquista, fui vice-presidente de Manuel Vilarinho para lutar contra Vale e Azevedo, com dois empregos para servir o Benfica. Candidatei-me em 2020 quando muitos não se candidataram. O Benfica é o clube da minha vida.

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo tem formação em Ciências da Comunicação, Jornalismo e 4-4-2 losango. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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