Bruno Lage quebrou o silêncio após a sua saída do Benfica e dá a sua versão sobre os acontecimentos que ditaram o abandono do clube encarnado.
Bruno Lage falou sobre a sua saída do Benfica e explicou como é que Rui Costa lhe comunicou o seu despedimento do clube da Luz:
«Sensivelmente 15 minutos após a conferência quando vou para o balneário. 10/15 minutos depois o presidente manda chamar-me e tivemos uma conversa muito franca, muito tranquila. Foi muito rápido. Eu disse-lhe apenas que tinha três condições. A primeira era aquela sobre o meu contrato. A segunda que só queria receber até àquela data e que ele respeitasse o contrato dos meus adjuntos. Por último que eu no dia seguinte fosse despedir-me dos jogadores».
Bruno Lage falou também da despedida dos jogadores do Benfica:
«Esse é talvez o momento mais difícil porque nós, desde o Mundial de Clubes até esse dia, gastámos muita energia em escolher este plantel. Por isso é que eu digo que acredito muito no plantel que escolhemos. E depois não ter a oportunidade, e o tempo, de trabalhar com alguns deles… O Sudakov praticamente não treinou comigo… O Dodi [Lukebakio] era o que nós precisávamos. Isso deixa-nos um amargo de boca… Olhar para o plantel que tínhamos quando chegámos, o que tentámos ajustar no mercado de janeiro, a reestruturação que fizemos no verão e também já a perspetiva do que nós poderíamos fazer no próximo mercado de inverno… Há uma conversa com o presidente, para o próximo mercado, que seria perceber primeiro a evolução do Gonçalo Oliveira, que é um miúdo que joga como central mais pela esquerda, e simultaneamente perceber uma opção válida para substituir o nosso capitão no futuro. Acredito que o Nico tenha ainda muito para jogar e eventualmente no final desta época possa ainda fazer mais outra, mas ele vai terminar a carreira e o Benfica precisa de preparar-se para isso. Já estávamos a olhar para o crescimento do Gonçalo Oliveira e para o que poderíamos fazer…».
Lê aqui as principais declarações de Bruno Lage ao jornal A Bola.