Ivan Chishkala já não é jogador da equipa de futsal do Benfica. Ala de 30 anos deixa fortes críticas ao treinador Cassiano Klein.
Ivan Chishkala admite ter tido «desentendimentos constantes» com Cassiano Klein, treinador do Benfica, quando trabalharam juntos no clube encarnado. Em entrevista ao portal russo sports.ru, o ex-jogador de futsal do Benfica, que joga atualmente no Torpedo, começou por recordar o antigo treinador Pulpis:
«Em 2022, assinei um novo contrato de três anos e veio um novo treinador para o clube, o Pulpis. Ele não confiava nos fixos e pediu-me para assumir esse papel mais recuado para ajudar a equipa. Sacrifiquei os meus interesses, fiz o trabalho “sujo”, algo absolutamente normal para mim. Mas a história continuou. Disseram-me: “Temos um problema na defesa, precisamos de tapar este buraco”. Joguei como defesa durante dois anos, embora não seja a minha posição».
Ivan Chiskala, que deixou a equipa do futsal do Benfica em maio de 2025, deixou fortes críticas a Cassiano Klein e explicou motivos dos conflitos:
«O treinador disse que eu tinha de jogar de uma certa maneira, como a gente, e fazer o que ele mandasse. Ele queria controlo total, tentava controlar-me o tempo inteiro. Eu respondia: “Sei o que preciso de fazer, não preciso que me digas isso o tempo todo. Posso chegar ao resultado de maneira diferente, sem destruir o sistema.” Tentei explicar a minha posição, mas disseram-me diretamente: “Tens de obedecer, porque estás no fundo da hierarquia”. Respondi que isso não iria funcionar comigo. Tínhamos desentendimentos constantes. E discuti muito sobre isso com os treinadores».
Ivan Chishkala deu depois exemplos:
«Já sou um jogador experiente e sei como preparar-me para um jogo. Se tivermos um jogo no sábado, no treino de quinta-feira dou 70 a 75 por cento, porque preciso de guardar as minhas energias. Se virem de fora, nem notam diferença. O treinador chega à minha beira e diz que não gosta. Eu respondo: “Espere até sábado, que vou mostrar resultados.” Ele responde que não acredita, porque já viu muitos jogadores assim. Quando chega a sábado, marco, jogo bem e ajudo a equipa. Depois do jogo, o treinador diz que não é por causa da preparação, mas que tive sorte.
«Outro exemplo. Ele acreditava que, após o treino, um atleta deveria dedicar-se inteiramente ao futsal. E eu acho que não. Para mim, o futsal é uma parte da vida, a parte principal da vida. Mas, ao mesmo tempo, é importante dedicar tempo à família, aos meus hobbies e a outras coisas. Por exemplo, eu posso ir jogar padel e para ele [treinador] significa que não estou completamente focado no processo, que não penso apenas na equipa e no futsal», rematou.
