Daniel Bragança conquistou mais um campeonato ao serviço do Sporting. O médio encontra-se atualmente lesionado.
Daniel Bragança deu uma entrevista ao Flashscore onde falou sobre o título da Primeira Liga conquistado pelo Sporting. O médio considerou que a vitória no campeonato foi justa:
«Acho que foram os três. Ganhar pelo Sporting é sempre saboroso, não vou estar a escolher qual foi o mais saboroso. Acho que vou escolher os três. Era um sonho desde criança. Os meus avós e os meus pais levavam-me ao Estádio de Alvalade para ver o Sporting – esse já era um sonho de criança, ver o Sporting campeão. E a verdade é que o Sporting torna-se campeão quando eu estou na equipa principal. Se sonhar é bom, conquistar ainda é melhor. Jamais, nos meus melhores sonhos, imaginaria que o Sporting só seria campeão quando eu estivesse na equipa principal, mas a verdade é que essa foi a realidade. Fico feliz por todo o esforço que os meus avós e os meus pais fizeram para me levar ao Estádio José Alvalade. Nunca consegui festejar – festejava Taças, Taças da Liga – mas nunca festejei um campeonato como adepto. Hoje em dia, festejo como jogador e como adepto».
O jogador abordou a presença de Ruben Amorim em Alvalade no começo da temporada:
«É impossível dizer uma coisa dessas. Não sabemos o que podia acontecer ou não, se conseguiríamos aguentar o ritmo ou não. Nunca vamos saber. Mas a verdade é que, independentemente do que aconteceu, conseguimos conquistar o campeonato. Às vezes, o que acontece é as equipas ficarem sem treinador porque as coisas estão a correr mal. Não me lembro muito de equipas que, a meio da época, fiquem sem treinador por as coisas estarem a correr muito bem. Às vezes, quando as coisas correm mal, vem outro treinador e as coisas começam a correr melhor. Aqui foi diferente: o choque foi outro. Perdemos um treinador que estava cá há cinco épocas, que mudou a história e a vida do Sporting. Foi um choque para nós. Aceitámos e compreendemos. Tal como há jogadores que sobressaem e saem em janeiro – e às vezes é difícil prendê-los cá – o treinador Ruben Amorim estava a fazer um excelente trabalho no Sporting, era muito cobiçado, já não era a primeira vez, e acabou por sair. É futebol. Foi um choque, mas o grupo aceitou bem. As coisas aconteceram e teve de ser assim».
Daniel Bragança falou da passagem de João Pereira:
«Depois da saída do mister Ruben, acho que não foi tanto por causa do mister João Pereira, foi mais o grupo, o choque. Ficámos um bocado desemparados, sem saber bem o que estava a acontecer, com dúvidas sobre como seria sem o mister. A verdade é que o mister, depois de tantas saídas importantes no grupo – como o Seba (Coates), o Paulinho, o Adán, que eram capitães – o Neto também… o grupo abanou um bocadinho. E o Amorim, no início do ano, fazia o papel de treinador e de capitão. Nunca sentimos a falta disso até ele sair. Quando vai embora, o grupo abana, e tivemos de puxar mais por nós. O Morten (Hjulmand) foi importante nisso. Acho que nem foi tanto por causa do João Pereira que as coisas começaram a correr mal, acho que o nosso psicológico abanou um bocadinho».
O médio elogiou Rui Borges:
«Quando a equipa não está bem é uma bola de neve. Lembro-me que começaram a surgir lesões atrás de lesões, depois os jogadores a querer voltar porque sentiam que o grupo precisava, e regressavam de lesões mais cedo do que o previsto e voltavam a lesionar-se. Tudo começa a ser uma bola de neve. Mas a verdade é que, quando o mister Rui Borges chega, trouxe-nos a calma, serenidade e confiança que o grupo precisava naquele momento. Chegou na hora certa. Não teve uma vida fácil – as lesões continuaram – e depois, quando a bola de neve começa, é difícil limpar tudo de uma vez. O mister, não tendo um papel nada fácil, conseguiu superar todas as dificuldades que teve ao cair aqui de chapa e tem muito mérito neste campeonato. Apareceu na altura certa, quando o grupo mais precisava, e as coisas correram muito bem porque ele fez muito bem o trabalho dele e tem muito mérito nesta conquista».
