O Torreense venceu o Benfica por 2-1 na Supertaça Feminina. Fica com as sete maiores destaques do encontro.
Paloma Lemos: É, em termos técnicos, a mais evoluída do plantel do Torreense. Joga com liberdade para atuar nas costas da dupla de avançadas e procurar os espaços para receber e gerar situações de superioridade e vantagem. Não teve medo e gerou o lance que permitiu ao Torreense ser feliz e marcar o segundo golo.
Catarina Pereira: A pressão alta do Torreense foi arrojada, mas funcionou e permitiu criar muito desconforto à saída de bola encarnada. Num desenho com encaixes individuais na frente, o posicionamento híbrido das alas (ora nas extremas, ora nas laterais) foi importante para variar a intensidade da pressão. Neste papel, destaque claro para a ala esquerda de Torres Vedras.
Carolina Correia: É uma central com um perfil elegante, que limpa saídas e vence duelos de forma estética. Com bola tem conforto para orientar o jogo a partir da posição mais central do eixo da defesa, sem bola ganha duelos e soma cortes pela inteligência nos posicionamentos e tem uma importância preponderante como líder da equipa. Continua na equipa um dos esteios da última temporada.
Janny Belém: É curioso como numa equipa talhada pela fisicalidade e atleticismo a guarda-redes acabe por ser uma das jogadoras mais baixas. Não foi impedimento para ser uma das melhores em campo, principalmente na segunda etapa. Tem reflexos entre os postes e oferece segurança à equipa.
Maile Hayes: Foi ganhando preponderância ao longo do jogo pela forma como conseguiu segurar bolas na frente, esperar pela equipa e ganhar tempo. Numa altura em que o Torreense procurava segurar o resultado, foi responsável por prolongar ataques e evitar recuperações altas do Benfica.
Lúcia Alves: Foi uma das destaques da partida logo a partir do minuto inicial quando se percebeu que a internacional portuguesa seria extrema e não ala às ordens de Ivan Baptista. Destacou-se logo no lance do golo inicial e, mesmo menos envolvida com bola, na construção, ofereceu a habitual agressividade nas desmarcações e no ataque ao espaço. Terminou o jogo como lateral, numa versão mais ofensiva da equipa.
Carolina Tristão: Nasceu em 2008, tem apenas 16 anos e na última temporada até fez mais jogos pelas sub-19 que pela equipa B do Benfica. Estava no banco e foi aposta no decorrer do encontro, numa altura de especial delicadeza e com o Benfica em inferioridade no marcador. Fez mais de 30 minutos com bons pormenores que explicam a precocidade na aposta de um dos principais talentos da formação encarnada.