O Braga sofreu a primeira derrota na Europa League na 4.ª jornada por 4-3. Eis os 4 destaques do jogo na Pedreira.
Konstantinos Karetsas: O desequilibrador. O jovem grego esteve envolvido na maioria dos ataques perigosos do Genk, aparecendo na meia-direita, com sobreposição exterior do lateral. Explorou muito bem a zona entre Bright Arrey-Mbi e o ala esquerdo, sobretudo em espaços entre-linhas, conseguindo a partir daí lançar passes na profundidade que desbloquearam a defesa bracarense. Terminou a partida com duas assistências, uma na execução do canto que deu a vantagem, e a segunda no último golo dos belgas num passe simples para Medina. Mostrou todo o seu talento: muito capaz em espaços curtos, processos com bola simples mas inteligentes e sempre com ideia de progredir, seja em drible ou em passe.
Rodrigo Zalazar: O uruguaio foi dos poucos inspirados ofensivamente e mostrou toda a sua capacidade no último terço, estando na origem de ambos os seus golos. O primeiro surge numa insistência em que vence a segunda bola de um passe longo de Lukas Hornicek e remata forte e rasteiro para o golo. O segundo foi conseguido literalmente com pés e cabeça de Zalazar, que conseguiu encontrar Ricardo Horta em zona de cruzamento e fez a desmarcação para a zona frontal, onde cabeceou para o fundo da baliza. Foi parte integral da tentativa do Braga de sobrecarregar o lado direito do ataque.
Gorby Baptiste: Responsável em dois dos golos, o médio teve lapsos que custaram o resultado. Fez um jogo razoável para além dos erros, sendo importante na progressão com bola em alguns momentos. Porém, as faltas de concentração acabam por manchar o jogo. Logo após o intervalo, na primeira saída de bola, um passe desmedido para Lagerbielke permitiu a Yira Sor roubar a bola e ainda bater o francês na simulação de remate, antes de finalizar e dar a vantagem ao Genk. No quarto golo dos belgas, Gorby tentou rodar e bater dois defesas no drible em vez de dar no apoio frontal, acabando por perder a posse e deixar a defesa do Braga em situação desfavorável, tendo em conta o poderio no contra-ataque dos adversários. Num sistema em que o francês é um de apenas dois homens no meio-campo e com Victor Gomez muitas vezes a sair da linha defensiva, este tipo de erros são fatais porque acabam por criar situações de contra-ataque com igualdade ou superioridade numérica.
Daan Heymens: Marcou o golo do empate que mudou completamente a trajetória da partida e foi essencial nos processos ofensivos da equipa, fazendo ainda uma assistência no terceiro golo do Genk. O belga atuou como o médio mais avançado, aproveitando o espaços entre-linhas, mas também através de demarcações na profundidade. A versatilidade no movimento sem bola causou algumas dificuldades ao Braga, principalmente em fase de transição. Na jogada da sua assistência, aproveita o posicionamento subido de Vitor Goméz para atacar a profundidade e fazer um cruzamento atrasado com precisão para o seu avançado.

