O FC Porto recebeu o Famalicão em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal. Fica com os destaques do encontro.
Victor Froholdt: Mesmo após ter cumprido os 90 minutos frente ao Estrela da Amadora, na passada segunda-feira, Victor Froholdt voltou a encher o campo com uma exibição de encher as medidas. Perante um meio-campo do Famalicão com muita qualidade com bola, o médio dinamarquês destacou-se na recuperação em zonas altas e esteve na origem do primeiro golo do FC Porto, ao pressionar Matias De Amorim, lance que culminou no golo de William Gomes. Já ao minuto 36, Victor Froholdt devolveu a vantagem aos dragões. Francesco Farioli tem permitido ao médio chegar com maior frequência a zonas de finalização e atacar mais vezes a área e, nesses movimentos de trás para a frente, o dinamarquês tem criado várias situações de perigo nos últimos jogos.
Gustavo Sá: O capitão do Famalicão foi uma peça-chave na ligação ofensiva da equipa. Foi oferecendo várias soluções com movimentos constantes para receber na fase de construção do conjunto orientado por Hugo Oliveira e, em diversos momentos, protagonizou diagonais que abriram espaço para a equipa ativar os corredores. Além disso, juntou-se frequentemente à última linha ofensiva, criando algum frisson na área do FC Porto. Atualmente, afirma-se como um médio muito completo, com potencial para dar o salto já nos próximos dois mercados de transferências.
Pablo Rosário: Depois de uma exibição de excelência frente ao Malmo, o médio da República Dominicana voltou a destacar-se no conjunto orientado por Francesco Farioli. Com bola, começa a ser difícil justificar a titularidade de Alan Varela, sobretudo pelo conforto, variabilidade no passe e tranquilidade que Pablo Rosário oferece ao eixo defensivo. Curiosamente, a atuar como médio ‘6’, não sente a necessidade de lateralizar para jogar de frente, como acontece com o argentino. Mesmo sob pressão e com a habitual dupla de ataque a condicionar os seus movimentos, o médio portista respondeu, na maioria das vezes, com grande eficácia.
Pepê: Um dos jogos de maior nível de Pepê nesta temporada. Seja a combinar por dentro, a jogar curto com o apoio de Francisco Moura e do médio interior mais próximo, Gabri Veiga, ou a explorar o espaço nas variações de jogo para o flanco, o extremo brasileiro foi sempre influente. Na segunda parte, com a entrada de Borja Sainz e a saída de William Gomes, Pepê passou para o lado direito, e acabou por apontar o último golo do FC Porto ao minuto 89′. Ainda assim, fica o destaque para um jogador que voltou a sorrir com Francesco Farioli, depois de uma época anterior conturbada com Vítor Bruno e Martín Anselmi.
Tommie Van de Looi: Outro dos ativos mais interessantes da equipa de Hugo Oliveira, que rubricou uma grande exibição no Estádio do Dragão. Perante um Famalicão que privilegiou a saída curta desde trás, foi sobretudo através do médio neerlandês que a equipa conseguiu sair a jogar com qualidade. Sem receio de receber de costas para a baliza, mesmo sob forte pressão do FC Porto, Van de Looi ofereceu várias soluções ao nível do passe e destacou-se como o principal elo de ligação entre os dois corredores, uma das saídas preferenciais na ideia de jogo de Hugo Oliveira.
Samu Aghehowa: Se ao longo da temporada foi muitas vezes apontado como um avançado com dificuldades em jogar de costas para a baliza e em associar-se com os médios – um aspeto fundamental nas ideias de Francesco Farioli -, importa reconhecer que, nos últimos jogos, Samu Aghehowa tem demonstrado evolução clara nesses momentos do jogo. Tendo em conta o perfil de avançado possante que apresenta, pressionante e perigoso a atacar o espaço, faltava-lhe precisamente esse atributo para um encaixe mais completo na equipa orientada por Francesco Farioli. Lançado ao minuto 58 para o lugar de Deniz Gul, dilatou a vantagem dos dragões ao minuto 79.

