O FC Porto derrotou o Sintrense no Estádio do Dragão por 3-0. Confere os destaques do encontro da quarta eliminatória da Taça de Portugal.
Linha defensiva do Sintrense: Sem individualizar, a linha de cinco montada por David Maside mostrou-se organizada em vários momentos do encontro, bloqueando o corredor central, em articulação com os três médios, e condicionando as movimentações de Samu. Apesar de algumas investidas do avançado espanhol na primeira parte e da inspiração de Borja Sainz no lance do golo, os defesas centrais e os alas do Sintrense revelaram competência na proteção da área.
Borja Sainz: O extremo espanhol somou o terceiro golo nos últimos quatro jogos pelo FC Porto, através de um remate colocado de fora da área, sem hipóteses para Rodrigo Santos. Além do golo, Borja Sainz foi o elemento mais ativo e perigoso do ataque portista na primeira parte: rematou, serviu, acelerou transições e deu sempre sensação de ameaça. A sua contribuição na pressão já é conhecida, mas depois de um início de época menos vistoso, o espanhol de 24 anos voltou a destacar-se pela sua melhor arma: o remate.
Samu: Apesar de algumas investidas na finalização, o avançado espanhol voltou a evidenciar dificuldades no momento de associar com os médios. Perante um bloco médio-baixo, sustentado por um eixo defensivo de cinco elementos, os movimentos de chegada à área de Gabri Veiga e Stephen Eustáquio poderiam ser decisivos para desmontar o bloco adversário. No entanto, Samu não conseguiu oferecer o refino técnico necessário para enquadrar os médios e colocá-los de frente para o jogo.
Deniz Gul: Teve uma entrada feliz no encontro, muito também porque as suas características se ajustam melhor a jogos contra blocos baixos. As diagonais e movimentos de rutura do avançado turco ajudaram o FC Porto a encontrar mais espaços nas costas da defesa. Assinou o segundo golo dos dragões num momento em que o Estádio do Dragão começava a evidenciar intranquilidade face à pouca efetividade ofensiva da equipa.
Entradas de Rodrigo Mora e William Gomes: Na segunda parte, o FC Porto voltou a sentir dificuldades na definição dos lances no último terço. As entradas de Rodrigo Mora e William Gomes trouxeram clarividência e dinamismo: o médio português acrescentou qualidade no passe e condução, enquanto William Gomes ofereceu velocidade e irreverência. A dupla criou mais situações de perigo e Rodrigo Mora acabou mesmo por assinar o momento da noite com um golo cheio de classe.

