Fábio Fortes, avançado de 33 anos denuncia falta de justificação pelo seu despedimento e promete levar caso até às últimas instâncias.
Fábio Fortes, avançado formado no Sporting, tornou pública uma situação que diz nunca ter vivido na carreira, um despedimento ilícito por parte do Anadia, clube do Campeonato de Portugal. Através das redes sociais, o jogador apontou o dedo à direção.
O jogador explicou que sempre representou o clube com entrega total, mas garante ter sido informado do despedimento sem qualquer motivo apresentado. Segundo o próprio, primeiro foi abordado pelo presidente Vítor Raposo e pelo diretor-desportivo André Nogueira, e depois recebeu a notificação formal da rescisão, igualmente sem justificação.
O avançado revelou que o Sindicato dos Jogadores já está a acompanhar o caso e que pretende exigir os seus direitos em tribunal. Além disso, deixou várias questões sobre a estabilidade dos atletas em clubes com contratos assinados, sublinhando que apenas recebeu três meses de salário num acordo previsto para onze.
Eis o comunicado:
«Após ter aceitado o convite da Anadia FC SAD para abraçar um projeto desportivo ambicioso para a presente época desportiva, embarquei neste desafio, como em todos na minha carreira, dando o máximo em cada treino e em cada jogo. Os resultados desportivos não acompanharam a dedicação de toda a equipa, mas nada fazia prever a situação que vivi pela primeira vez na minha carreira desportiva e agora torno pública. O Presidente da Anadia FC SAD Vítor Raposo e também o diretor desportivo André Nogueira abordaram-me há alguns dias para me informar que estaria despedido. Depois de ter sido despedido sem qualquer justificação e perante uma atitude de prepotência como nunca tinha visto em toda a minha carreira, em Portugal ou no estrangeiro, fui notificado pela Anadia FC SAD da rescisão unilateral do meu contrato de trabalho, com efeitos imediatos, novamente sem qualquer justificação. Esta rescisão configura, obviamente, um despedimento ilícito, motivo pelo qual solicitei ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, que me acompanha desde a primeira hora, para reagir judicialmente a este despedimento e exigir todos os meus direitos. Lamento este desfecho que, como facilmente se compreende, fugiu totalmente ao meu controlo e quero nesta despedida, totalmente inesperada, agradecer a todos os meus colegas, staff técnico e adeptos.
Para terminar deixo aqui algumas questões para reflexão por parte de quem faz parte do mundo do futebol:
– O que devo eu fazer depois de assumir certas responsabilidades contando com um contrato assinado livremente por ambas as partes, com o compromisso de 11 meses dos quais apenas foram pagos 3 meses até agora?
Que faço eu agora com os meus compromissos?
– Com esta decisão por parte dos responsáveis da Anadia FC SAD, sinto-me humilhado e lesado a nível profissional e pessoal.
– Quero deixar bem claro que em nenhum momento tive algum tipo de conduta de caráter disciplinar que levasse ao término do meu contrato do qual irei até às últimas instâncias para que seja feita justiça. Reservo-me a mais detalhes sobre o caso após concluído o processo judicial. Estou agora livre no mercado e aberto a novos desafios profissionais».

