O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Giorgio Marchetti falou das mudanças no formato da Champions League.
Giorgio Marchetti, secretário-geral adjunto da UEFA, esteve no Portugal Football Summit. O dirigente explicou e contextualizou as alterações ao formato da Champions League.
«Todas as alterações são estribadas em muito estudo e auscultação com os clubes e parceiros. Ainda antes da pandemia, em 2018, começámos a falar sobre o futuro das competições. Algo tinha de ser feito, acreditávamos que a Champions era a melhor liga de sempre, mas era preciso mudar até para conseguirmos um novo formato alinhado com o futuro. Havia um decréscimo do interesse por se ter tornado previsível, especialmente na fase final. E também queríamos um grande número de jogos interessantes, entre equipas de topo», começou o dirigente.
«Queríamos uma competição mais imprevisível e dinâmica, com os melhores a medirem forças em todas as fases e não apenas no fim e a conclusão é a de que tudo isto melhorou a competição. No ciclo anterior havia clubes de 35 países a participar na prova por ano. Com as mudanças tivemos 40 no ano passado e com a introdução da Liga Conferência passámos para 51 no total. Este ano temos quatro novos clubes na Champions e cerca de 12 na Europa e na Conference League», frisou Giorgio Marchetti.
Giorgio Marchetti abordou ainda o impacto a nível da diferenciação dos jogos e das receitas financeiras
«Mudámos isto ao dar oito adversários a cada um. Na fase de grupos anterior tínhamos 48 jogos diferentes, com o novo formato todos os jogos são diferentes, no total 144. Tivemos um clube do pote 1 eliminado e um do pote 4 qualificado diretamente. Os clubes do pote 4 passaram de 0,4 pontos em média para um ponto. Na última jornada, apenas um clube manteve a respetiva posição ao longo dos 90 minutos, com incerteza constante sobre a posição final», destacou o dirigente.
«Passámos de 3,5 para 4,4 mil milhões de euros de receitas, tendo alterado o sistema de distribuição no que diz respeito ao mecanismo de solidariedade, que passou a receber 7% do bolo total, cerca de 308 milhões de euros. E também mudámos a estrutura de distribuição entre os participantes para refletir melhor o rendimento em campo», concluiu Giorgio Marchetti.
O Bola na Rede está na Cidade do Futebol para acompanhar o Portugal Football Summit. Acompanha tudo sobre o evento.