Hugo Oliveira analisou a derrota do Famalicão frente ao FC Porto. O técnico respondeu à pergunta do Bola na Rede em conferência de imprensa.
Hugo Oliveira analisou o desaire do Famalicão na receção ao FC Porto (0-1). O Bola na Rede esteve presente no Estádio Municipal de Famalicão e, no final do encontro, fez uma questão ao técnico italiano em conferência de imprensa.
Lê também a pergunta e resposta a Francesco Farioli, técnico dos dragões.
Bola na Rede: O Famalicão foi apresentando algumas dificuldades na primeira parte no ataque continuado. Já na segunda parte, notou-se um Famalicão diferente com uma projeção mais efetiva dos laterais, as triangulações por fora com o médio, lateral e extremo a aparecer para combinar. Pergunto lhe, taticamente, o que é que pediu aos jogadores ao intervalo para melhorar o plano ofensivo da equipa que foi evidente na segunda parte?
Hugo Oliveira: O que eu pedi ao intervalo, e que acho que teve bom resultado, principalmente no início da segunda parte, teve a ver não só com uma questão tática, mas também com uma questão emocional. Para jogarmos contra equipas que pressionam de forma intensa e levam o jogo para situações de homem a homem, temos de conseguir sair do primeiro jogador. Se não sairmos desse primeiro jogador, o jogo transforma-se num jogo de pares e, sendo o adversário agressivo, ao roubar ou condicionar essa primeira pressão, trava-nos o jogo. Eles ligaram sempre a pressão para condicionar o nosso pé esquerdo e, pelo facto de termos o Léo Realpe a jogar como central pela esquerda, mas com o pé direito, acabavam por empurrar o jogo para o lado contrário, no caso, para o Ibrahima Ba, um central que carrega o jogo e que, por vezes, conseguiu ligar. Quando isso acontecia e conseguíamos chegar ao extremo, homem a homem, tínhamos de tirar o adversário da frente. No intervalo, mostrámos quais eram os caminhos para chegar a essas situações de um contra um em cima da última linha do FC Porto, e também onde iriam surgir as ajudas e os movimentos para tirar proveito disso. Parte desse proveito passava por girar o jogo de um lado ao outro, onde sabíamos que iria aparecer um jogador livre no lado contrário. Em alguns momentos conseguimos fazê-lo, mas depois, no último passe e na última decisão para agredir o adversário, não fomos tão serenos nem tivemos o discernimento e a qualidade que o jogo merecia e com a qualidade que nós temos. Acho que são estes momentos que vão fazer com que estes jogadores e esta equipa cresçam, para que, perante adversários deste nível, estejamos mais fortes no futuro.

