João Diogo Manteigas anunciou durante o debate presidencial do Benfica que tem um acordo para voltar a colocar os encarnados no Ciclismo.
João Diogo Manteigas anunciou no debate presidencial do Benfica que tinha chegado a um acordo para uma parceria que fizesse com que o Benfica voltasse ao Ciclismo, algo que espantou alguns dos seus adversários.
O candidato à liderança do emblema encarnado já tinha anunciado o desejo do regresso à modalidade em entrevista ao Bola na Rede:
«dizer duas coisas importantes que tenho que dizer, relacionadas com as modalidades e com o projeto olímpico. Este projeto é algo que tenho pleno conhecimento e acho que tem que ter uma reformulação ao nível de gestão. Falamos mesmo de pessoas. Eu vou tentar criar um projeto olímpico mais condizente daquilo que é a verdadeira instituição Benfica. Em relação a outras modalidades, acho que deve haver uma aposta, sobretudo nas olímpicas, mas consciente ao nível financeiro. Posso dar um exemplo do remo, que conheço bem. O Benfica pode apostar perfeitamente nesta modalidade e ter custos pequenos. Consigo arranjar um patrocinador para a modalidade. Os atletas do Benfica usam os centros de alto rendimento que existem no país, que foram criados pelo governo, mas estão obsoletos. Acredito que consigo criar outra modalidade que não precisa de investimento, mas sim de controlo naquilo que é a sua gestão e de um parceiro que seja sério e credível. Claro que temos de começar com calma. Há outra modalidade que me diz muito. Percebi que os sócios do Benfica falavam nela. É uma modalidade histórica no clube que surgiu, desapareceu, voltou a surgir, mas não teve grande seguimento. Falamos do ciclismo. É uma modalidade vital para o Benfica, faz parte do emblema a roda da bicicleta que é magnífica. O Benfica teve há décadas atrás um grande atleta, um dos primeiros a vencer a Volta a Portugal, o José Maria Nicolau. Seria uma honra voltar a trazer o ciclismo e há uma oportunidade. Estamos numa altura complicada na modalidade, como é do vosso conhecimento, fruto do que é processo de dopings e ética desportiva. A Agência Mundial Anti-Dopagem presta muita atenção ao doping no ciclismo e ao boxe. Era a altura ideal para o Benfica voltar, não investindo por si próprio, mas arranjar uma parceria estratégica para esse efeito. O Benfica juntar-se a um clube que tenha determinados pressupostos válidos. Quando eu falo do doping, o risco existe sempre. Ou assumimos que não queremos entrar no ciclismo porque é um mundo com um risco muito elevado e que não vamos ganhar porque a concorrência é elevada ou desleal. Ou então entramos. Atenção, não temos dinheiro para investir em grande. Ou seja, não vamos colocar um milhão ou dois para ganhar a Volta a Portugal. Estamos a falar do tier 3. Pensemos nos orçamentos de topo, é impossível, estou tramado, custa 60 milhões de euros, como o caso da Emirates. Temos pleno conhecimento do que se passa. Queremos entrar no ciclismo, com uma parceria estratégica, que seja séria e cuja equipa seja inatacável no passado. Terá que ser uma equipa na vanguarda e no máximo interesse da ética, que promova esse controlo, que tenha passaportes biológicos, que cumpra à regra a lei e que promova o desporto saudável. Até podem querer ganhar, mas eu prefiro no ciclismo tentar ganhar em que o Benfica dá o empurrão juntando a marca. Temos a prova de que o Benfica juntando-se a um projeto desses, vai dar um empurrão mesmo muito grande».
Podes ler a entrevista de João Diogo Manteigas ao Bola na Rede.

