João Diogo Manteigas criticou a rotatividade de treinadores no Benfica durante a presidência de Rui Costa, apontando uma falta de projeto.
O candidato às eleições para a presidência do Benfica, João Diogo Manteigas, numa entrevista dada à agência Lusa, deixou criticas à atual gestão do clube e ao projeto desportivo. A rotatividade dos treinadores e a política de transferências foram as principais temáticas dos comentários.
Primeiramente, apontou uma falta de visão à direção de Rui Costa pela quantidade de treinadores que passaram nas águias nos últimos anos: «O Benfica, nos últimos quatro anos, não teve um projeto desportivo. Isso prova-se por cinco treinadores em quatro anos. Jorge Jesus, Nélson Veríssimo, Roger Schmidt, Bruno Lage e José Mourinho. É impensável haver um projeto desportivo com uma rotatividade de treinadores grande».
O advogado apontou também para falta de estabilidade no plantel e a política de transferências, denominando-a de «um entreposto de jogadores». Ainda sobre as transferências, demonstrou frustração com a venda frequente de jogadores da formação do Benfica: «Se é para vender jogadores, vendam aqueles que custaram muito dinheiro. Ao apostarmos nos jovens jogadores, estamos a apostar em criar ou em manter identidade, que é uma coisa que o Benfica perdeu também nos últimos quatro anos».
De seguida, João Diogo Manteigas utilizou o caso de João Neves para sustentar o seu argumento: «O João Neves só poderia sair do Benfica quando ganhasse desportivamente. Quando for capitão, ganhar e ser um exemplo para baixo. O que eu tenho que provar aos que estão lá em baixo, nas camadas inferiores, é que nós apostamos neles e que eles vão chegar lá acima e que têm essa oportunidade».
A venda de João Neves foi algo apontado por vários candidatos ao longo da campanha, ao ponto de Rui Costa já se ter defendido sobre o assunto.