João Nivea falou em exclusivo ao Bola na Rede. O treinador está sem clube depois de dois anos no Lusitano de Évora.
João Nivea, treinador português de 33 anos, orientou o Lusitano de Évora nas últimas duas temporadas e falou em exclusivo ao Bola na Rede. Depois do Campeonato de Portugal, o técnico falou do próximo passo.
«Desde a minha saída do Lusitano, recebi várias propostas de clubes do Campeonato de Portugal, que não pude aceitar, pois chegou o momento de procurar desenvolver o meu trabalho em divisões superiores. Fui abordado com propostas financeiramente muito vantajosas de clubes europeus e do continente asiático, mas penso que este ainda não seja o momento de sair do país. Nesta altura, o meu foco passa por continuar a demonstrar a qualidade, competência e singularidade das minhas ideias e do meu trabalho, trabalho esse que já me fez atingir marcas fantásticas e bater recordes em Portugal. Quero chegar à Primeira Liga nos próximos cinco anos», referiu João Nivea.
João Nivea falou ainda das principais referências na sua carreira e apontou dois treinadores portugueses – Rúben Amorim e José Mourinho – e dois italianos – Roberto de Zerbi e Thiago Motta.
«São quatro os treinadores que tenho como referência, todos eles por diferentes motivos. A nível geral, por ser uma lenda, pelo seu percurso e conquistas, José Mourinho. Tecnicamente falando, a nível ofensivo, Roberto de Zerbi é alguém que tenho como referência e tem sido, uma linha que tenho seguido no reinventar das minhas dinâmicas ofensivas de primeira e segunda fase. Defensivamente, Thiago Motta é sem dúvida quem mais me inspira, pela particularidade das minhas equipas não defenderem homem a homem, nem zona pura, mas sim uma defesa à zona orientada, o que se verifica também nas equipas dele. Por fim, a nível da comunicação, Rúben Amorim, pois veio dar uma lufada de ar fresco, na forma como um treinador interage com os demais agentes desportivos, imprensa e adeptos, falando abertamente de uma forma simples de todos os assuntos técnicos e de gestão grupal», destacou o treinador que traçou as principais características do seu estilo de jogo.
«Relativamente ao estilo de jogo das minhas equipas, procuramos ser competentes em todos os momentos do jogo, estando confortáveis e preparados para controlar com e sem bola. Quando temos a bola em nosso poder procuramos levar as equipas adversárias para situações (previamente identificadas) onde são mais frágeis e desequilibrá-las a partir daí. Outra característica bastante perceptível nas minhas equipas é a forte capacidade de reação à perda, o que permite recuperar rapidamente a bola e, em zonas adiantadas do terreno», destacou João Nivea.