João Noronha Lopes apresentou um comunicado a criticar a inoperância da direção do Benfica em temas relacionados com a gestão do clube.
João Noronha Lopes emitiu, esta segunda-feira, um comunicado a criticar a inoperância da direção do Benfica em temas relacionados com a gestão do emblema encarnado. O candidato à presidência do clube abordou a posição das águias relativamente à centralização dos direitos televisivos:
«Quando vai a Direção do Benfica assumir o papel de liderança que lhe compete? Perante o que já se sabe — e, sobretudo, o que ainda não sabemos — é urgente perguntar: quando vai a Direção do Benfica assumir o papel de liderança que lhe compete? Ou vamos, mais uma vez, acordar quando já for tarde? No passado dia 9 de julho, a Direção do SL Benfica apresentou dúvidas legítimas, mas tardias, sobre a centralização dos direitos televisivos, exigindo a suspensão imediata do processo. Mais uma vez, Rui Costa chegou tarde. As duas últimas direções do Benfica tiveram anos para liderar este processo e optaram por não o fazer. Este alerta não surgiu do nada. Denunciei publicamente, em várias ocasiões, os riscos deste modelo. Fui ignorado. Como se os interesses financeiros e desportivos do Benfica fossem secundários», começou por referir.
João Noronha Lopes apontou ainda para a tendência da direção agir apenas em períodos eleitorais:
«A carta enviada à Liga continha também propostas válidas, ainda que claramente pressionadas pelo calendário eleitoral. Tornou-se regra nesta Direção: só agir quando há eleições à vista. Desde então, silêncio total. A Direção do Benfica foi olimpicamente ignorada. E, como sempre, limitou-se a esperar. A única reação conhecida foi o envio, pela Liga, de um documento à Autoridade da Concorrência, tentando acelerar um processo opaco e mal conduzido. O Benfica foi ignorado. Outra vez. O conteúdo desse documento não é público. Num tema central para o futuro do futebol português, a ausência de transparência é inaceitável. É legítimo pensar que o maior lesado por este processo será o Benfica, tanto no plano desportivo quanto financeiro».