João Nuno analisou a derrota do Estrela da Amadora frente ao Porto. O técnico respondeu à pergunta do Bola na Rede em conferência de imprensa.
O Estrela da Amadora foi derrotado pelo FC Porto na 14.ª jornada da Primeira Liga. O Bola na Rede esteve presente no Estádio do Dragão e, em conferência de imprensa, teve a possibilidade de colocar uma questão a João Nuno, treinador dos tricolores.
Lê também a pergunta a Francesco Farioli, treinador dos dragões.
Bola na Rede: Na antevisão ao jogo, o mister tinha falado sobre a importância de variar na construção ofensiva mas o Estrela pareceu ter sempre dificuldades quer a jogar de forma curta como a jogar de forma mais longa. Gostaria de lhe perguntar o que é que tentou alterar ao intervalo para corrigir este aspeto?
João Nuno: Falámos muito do lado esquerdo, porque quando rodávamos a bola insistíamos sempre no mesmo corredor. Na segunda parte melhorámos bastante, tivemos duas ou três jogadas em que começámos pelo lado direito e acabámos no esquerdo. Tivemos dificuldades na construção. Com o Otávio mais baixo, tivemos um médio que há poucas semanas jogava nos sub-23. O FC Porto pressionou muito forte, podíamos ter variado mais o jogo e não o fizemos. Tenho de falar do que o Sola fez. Não é muito habitual, mas treina sempre nos limites e fez um grande jogo frente a um dos melhores meios-campos do campeonato. Quero destacar o trabalho de alguém que não é habitual nas nossas opções. São estes jogadores que eu quero no Estrela. Ele merece, num estádio destes, fazer um jogo desta categoria. Conseguiu ser agressivo e merece ser destacado.
Bola na Rede: O Estrela da Amadora apresentou-se num 4-4-2 a defender, mas não sente, que por vezes, faltou uma melhor ligação entre o Kikas e o Abraham para tentar condicionar mais as ações do Alan Varela?
João Nuno: Nesse aspeto falhámos uma ou outra vez por saltarmos aos centrais, mas penso que condicionámos bem o Alan Varela. A estratégia estava bem montada. Acho que, na primeira parte, faltou-nos mais capacidade com bola e, quando a bola entra no Kikas ou no Abraham Marcus, termos a capacidade de ficarmos mais um pouco com a bola e não a perder rapidamente, porque íamos estar outra vez em organização defensiva. Falhámos uma ou outra bola, mas, em noventa e tal minutos, e sabendo que o FC Porto faz muito aquele triângulo, tentámos evitar, mas muitas vezes não é fácil, porque o Porto tem muita qualidade nesse momento do jogo.

