O Sporting vai visitar esta quinta-feira o terreno do Moreirense para a jornada 13 da Primeira Liga. João Pereira lança o desafio.
João Pereira já fez a antevisão ao Moreirense x Sporting que vai realizar-se esta quinta-feira às 20h15 para a jornada 13 da Primeira Liga. O técnico dos leões começou por dizer o seguinte:
«O Moreirense está numa boa fase, ainda não perdeu em casa. Temos isso claro. Continuamos líderes e como disse, melhor defesa e melhor ataque. Queremos voltar rapidamente às vitórias, é esse o nosso foco e o que queremos fazer no próximo jogo».
«Próximo jogo determinante? Sofremos mais golos, mas aí influencia muito o jogo com o Arsenal. Estivemos perto de chegar ao 3-2 e aí o jogo podia ter sido diferente. Acabámos por sofrer cinco golos, é verdade, e éramos uma equipa que ganhava sempre e depois perdemos com o Santa Clara, em duas derrotas consecutivas, algo que já não acontecia há algum tempo. Não diria que a vitória é determinante, mas é importante. Todas as vitórias são importantes e vai ser isso que vamos tentar alcançar amanhã».
João Pereira foi questionado sobre se tem sentido a pressão:
«Pressão tenho desde que sou treinador, começou nos sub-23. Sob pressão estou sempre. Não me deixo acomodar, estou sempre à procura do melhor. Todos sabemos o timing que foi. Uma equipa que ganhava sempre, com um treinador que estava aqui há alguns anos. Vamos estar sempre a bater na mesma tecla. As coisas mudaram, o treinador que foi não vai voltar, e estamos preparados para os desafios que se avizinham. Queremos tentar a vitória contra o Moreirense».
«Balneário preso ao passado? Não é em uma semana que se muda o que aconteceu em quatro anos. A relação que existia é diferente de existir neste momento, mas sinto os jogadores confiantes e com a equipa técnica e clube. Querem regressar às vitórias. Santa Clara? Perdemos, é verdade, mas tivemos muito mais posse de bola, mais remates, oportunidades de perigo (não tantas, gostaria de ter criado mais) e o resultado podia ter sido outro. Estou confiante que tudo vai mudar», disse também.
João Pereira falou sobre as contas da Primeira Liga:
«Já tinha dito que o campeonato não está resolvido em dezembro, é muito difícil de isso acontecer. A verdade é que continuamos líderes e queremos continuar líderes. Como está Viktor Gyokeres? Continua com a mesma fome de fazer golos e a mesma vontade de treinar, como todos os outros jogadores».
«Não sou um treinador que faz uma coisa quando ganha e outra quando perde. Não podemos ser levados com os resultados, não mudo consoante o vento. Tenho as minhas convicções e vou continuar com elas porque acho que é assim que vamos melhorar. Contestação? É normal. Vamos outra vez falar em 11 vitórias seguidas, grande campanha na Champions, e de repente aparecem duas derrotas. Tinha de estar preparado para o que ia acontecer, já sabíamos que é normal as pessoas falarem se perdêssemos. Temos de fazer o nosso trabalho? Nervoso? Se ficasse nervoso não podia estar nesta profissão. Claro que não fico contente quando perco, mas temos de respeitar [quem critica]», disse também.
João Pereira atualiza boletim clínico e fala sobre Marcus Edwards:
«O [Eduardo] Quaresma não está a 100% ainda e o Franco continua doente. Edwards? Amanhã verão o onze, Edwards conta como todos os jogadores».
João Pereira deixa elogios a Ruben Amorim quando questionado sobre se a herança do português é muito pesada:
«Já falei disso. Quem viesse para aqui ia sempre ter essa herança. Toda a gente diz, e eu concordo, até porque não sou muito velho, que Amorim foi um dos melhores treinadores da história do Sporting. Pegou no clube numa determinada altura e condição, e ao fim de 4 anos e meio o Sporting luta sempre para ganhar e vencer. Claro que a herança é pesada, mas já sabia».
«Equipa acredita no processo de João Pereira? Acredita. Acho que o que falta é o clique de ganharmos. Como disse, a equipa também sente quando vem de muitas vitórias seguidas. Lembro-me quando fomos campeões com o Ruben, dos jogos que ganhámos aos 80 minutos, aos 90. Porque sabíamos que ia dar. Era a aura que existia. De repente, o Ruben sai. Os jogadores ficam ‘será que vai dar?’. É isso que cria ansiedade. A partir do momento em que ganharmos o primeiro jogo as coisas vão correr como corriam anteriormente».