O capitão do Sporting, Morten Hjulmand, revelou um lado mais pessoal, falando sobre a vida social durante a formação, sublinhando a importância de equilíbrio entre futebol, escola e momentos de lazer.
Morten Hjulmand, internacional dinamarquês e capitão do Sporting, decidiu falar sem filtros sobre a sua juventude e percurso no futebol de formação. Numa entrevista ao jornal Jyllands Posten, o médio recordou os tempos em que jogava nos escalões jovens do Copenhaga e como conciliava o treino com a vida social.
«Era saudável para a minha cabeça ouvir música até às 3 ou 4 da manhã, ir a festas e beber uma cerveja ou uma Somersby ou o que tomávamos na altura. Se tivéssemos um jogo no dia seguinte, não iria a festas. Mas se eu pudesse ir a uma festa e encaixasse no calendário, era algo que eu procurava. Dava para relaxar e ser jovem. Era bom para a minha saúde mental e a minha recuperação mental, com toda a preparação e trabalho físico que tínhamos», assume o médio.
O camisola 42 destacou também a influência dos pais, que sempre incentivaram a autonomia, mas com responsabilidade.
«Sempre tive liberdade mas com responsabilidade. Na escola primária, era escola primeiro. Se eu não fizesse os trabalhos de casa, então não haveria futebol. Foi algo que os meus pais sempre disseram. As coisas tinham de andar de mãos dadas. Havia consequências se eu fizesse uma escolha errada. Sempre levei isso comigo. Os meus avós também viam que eu conseguia encontrar o equilíbrio. Eu tinha resultados em ambos os sítios [escola e futebol]. Eu fiz o que tinha de fazer», lembra o jogador.
Morten Hjulmand descreveu ainda a rotina exigente durante os anos de formação.
«Quando estava na escola básica, apanhava um comboio regional. Demorava 45 minutos até chegar à escola desde Tarnby. Depois da escola, ia tomar café. Depois tinha treino e voltava para casa numa viagem de 45 minutos. Depois eram 7h00 da tarde. Eram dias longos. Tinha de apanhar transportes públicos bem cedo e chegar de noite a casa. Fiz isso durante vários anos. Os meus pais tinham de ir trabalhar e eu fui colocado nessa situação quando tinha 12 anos», concluiu Morten Hjulmand.

