O Movimento Servir o Benfica lançou esta segunda-feira um comunicado. Muitas críticas à direção de Rui Costa.
O Movimento Servir o Benfica acredita que Rui Costa «não tem condições para continuar à frente do clube». Em comunicado oficial, lançado um dia depois da derrota na final da Taça de Portugal com o Sporting, o Movimento deixou várias críticas à direção de Rui Costa:
«O Benfica não é isto. E Rui Costa (há muito) já não serve. O que se passa no Lisboa e Benfica há muito deixou de ser apenas má gestão. É desnorte. É capitulação. É uma traição aos valores que fizeram do Lisboa e Benfica uma referência no desporto mundial. O presidente Rui Costa não tem condições para continuar à frente do clube. Prometeu um mandato desportivo. Entregou um vazio. Prometeu exigência. Entregou desculpas. Prometeu devolver o Benfica aos benfiquistas. Entregou o clube ao silêncio, à resignação e à subserviência. O Benfica perdeu em campo e nos pavilhões. Perdeu nas bancadas. Perdeu espaço na Liga. Perdeu voz na Federação. Perdeu relevância no desporto nacional e internacional. Perdeu, sobretudo, a sua identidade».
«A arbitragem erra contra o Benfica e nada se diz. Ou apenas quando tudo já se encontra hipotecado. As instituições desportivas escolhem novos líderes e o presidente Rui Costa apoia quem sempre prejudicou e atacou o Benfica. Os rivais estão enfraquecidos e o Benfica nada ganha. Isto não é mera incompetência. É omissão. É cumplicidade. A cada temporada, os jogadores duram menos. Os ídolos e aqueles que poderiam carregar a mística e transmiti-la aos que chegam são empurrados para fora do clube, pois não se lhes pode cortar as pernas. O ambiente no estádio tornou-se artificial. A paixão desintegra-se. Os adeptos deixaram de se sentir representados e ouvidos. O Benfica tornou-se um produto. Um produto caro, previsível e sem alma. A propaganda tomou o lugar da ambição. As vitórias morais substituíram a cultura de vitória. E quando os benfiquistas finalmente gritam, ninguém nos ouve, ninguém responde», prosseguem.
O Movimento de Servir o Benfica continua com a sua opinião sobre o momento do clube encarnado:
«O que hoje vivemos não é só mediocridade. É um modelo de sobrevivência disfarçado de gestão. Um clube em piloto automático, conduzido por um homem que já não arrisca, já não inspira, já não acredita. Um clube que perdeu o respeito dos adversários, das instituições e de muitos dos seus próprios adeptos. É preciso dizer basta. Não podemos esperar até outubro, altura onde 3 meses da época 2025/2026 já estarão consumidos. Mas aquilo que está em causa não é apenas eleitoral. É estrutural. É ético. É identitário. O Benfica precisa de uma rutura real, não de cosmética. Não fingiremos que tudo se resolve mudando nomes à frente da mesma lógica. Não equacionamos qualquer candidatura à Direção, a não ser que, tal como nas últimas eleições, mais ninguém tenha coragem de afrontar os responsáveis pelo declínio do clube, aparecendo com os seus rostos reciclados mas com os métodos de sempre».
«Se isso acontecer, estaremos onde sempre estivemos: do lado certo da história. Para travar, para limpar, para reconstruir. Se houver eleições com cadernos eleitorais auditados por entidades externas independentes e um regulamento eleitoral transparente e justo, ponderaremos uma candidatura à Mesa da Assembleia Geral. Não por ambição pessoal. Mas porque o momento assim o exige. Porque este não é o Benfica que conhecemos. E se não o defendermos agora, arriscamo-nos a perdê-lo. Rui Costa e o que resta da sua equipa já não têm margem. Nem desculpa. Nem legitimidade moral. Está na hora de dar lugar a quem queira verdadeiramente servir o Benfica, com coragem, competência e alma. O Benfica exige mais. E merece muito mais. Viva o Benfica. Viva o Glorioso», conclui-se.