Paulo Parreira falou da desistência à corrida nas eleições do Benfica. Coação e ameaças na base da decisão do candidato.
Paulo Parreira anunciou a intenção em candidatar-se às eleições do Benfica, mas acabou por desistir da intenção. Em entrevista à SIC Notícias, o candidato na intenção explicou que coação e ameaças estiver na base da decisão.
«Fui coagido para não avançar com a candidatura e levei a ameaça a sério, porque tenho família. Sinceramente, nunca pensei que isto me acontecesse no Benfica. Admitia ser ameaçado por um sportinguista ou portista, mas não dentro do próprio clube, que neste momento está dividido, deixa-me triste», lamentou Paulo Parreira, que prosseguiu com as explicações.
«Aconteceu na véspera daquela Assembleia Geral que correu muito mal. É um reflexo de como está o Benfica e não me parece que vá melhorar, mesmo depois das eleições. Não gosto de ver um Benfica desunido, com guerras entre sócios, não é esse o meu Benfica», lamentou o adepto encarnado.
Paulo Parreira anunciou, ainda assim, que pretende candidatar-se às eleições para a presidência do Benfica e que tal intenção pode ser já concretizada nas próximas eleições.
«O que eu quero é ser o melhor presidente da história do Benfica. O melhor de sempre. E ter uma estátua ao pé do grande Eusébio. Para ser presidente é assim. Pode ser daqui a quatro anos. Ou talvez antes, porque como está o Benfica, tão fraturado, não é de excluir um cenário de eleições antecipadas. Se calhar, aqueles que agora me afastaram podem ser os mesmos que, daqui a uns anos, me vêm dizer para concorrer, porque afinal eu é que estava certo. Nunca se sabe», confidenciou Paulo Parreira.
«Não quero ser presidente para ter lá uma fotografia ao lado dos outros. E depois os meus netos vêm ter comigo, perguntam o que ganhei e eu digo que estive lá quatro anos e ganhei um campeonato. Para isso ia vender fruta ou fazer outra coisa qualquer», concluiu.