Ricardo Silva realizou a antevisão do embate entre o Famalicão e o FC Porto, relativo à décima terceira jornada da Primeira Liga.
Ricardo Silva fez a antevisão do desafio entre o Famalicão e o FC Porto, da décima terceira jornada da Primeira Liga. O técnico interino falou sobre o convite para assumir o posto, após a saída de Armando Evangelista:
«Foi uma situação inesperada, mas tenho de estar preparado para quando estas situações acontecem. E assim foi, foi de uma forma natural. O adversário que segue é o FC Porto como poderia ser outro adversário qualquer e isso não poderia mudar o que quer que fosse na posição que tenho dentro do clube. Por isso, foi encarado da forma natural que tinha de ser. Preparar o melhor que podemos e sabemos fazê-lo e garantir que os jogadores cheguem ao jogo com uma ideia do que têm de fazer e preparados para competir pelo jogo».
O luso assumiu que não está sozinho e que conta com apoio na nova tarefa:
«A situação é inesperada. Vou fazer um parênteses para dizer que não estou nisto sozinho. Venho aqui dar a cara. Peguei na equipa neste momento, mas não estou aqui sozinho porque tenho junto a mim o Rafael Defendi, que me veio ajudar a trabalhar com os guarda-redes, o Tiago Fonseca, que me veio ajudar na análise e preparação do jogo e o José Mesquita, que também me ajudou na parte da preparação física. Portanto, tivemos que olhar para o jogo como ele é, olhar para o adversário, identificar aquilo que entendemos que é importante combater, identificar aquilo que entendemos que é importante tentar explorar e tentar criar dificuldades ao FC Porto. E fizemos de uma forma séria e competente. Passamos aos jogadores essa mensagem, tivemos uma aceitação muito grande dos jogadores e eles tiveram uma semana de trabalho que, não vou dizer que superou as minhas expectativas, porque conhecendo-os como os conheço, não esperava outra coisa deles, mas na verdade as coisas correram de uma forma tão natural que houve uma assimilação grande daquilo que foram as ideias e não tenho dúvida que amanhã vai ser possível perceber o que foi feito esta semana em Famalicão».
Ricardo Silva admitiu que estas situações podem colocar alguma ansiedade nos jogadores:
«A intervenção técnica da nossa parte é acima de tudo tirar algum peso de cima dos jogadores. Quando estas situações acontecem, naturalmente os jogadores ficam um bocadinho mais em baixo, estão desanimados e aquilo que procurámos foi essencialmente tirar-lhes algum peso de cima, mas eu tenho que deixar aqui vincado que esta semana os jogadores não estiveram abandonados, porque estes quatro elementos que referenciei antes, que se juntaram, olharam para o jogo e prepararam de uma forma séria. Ou seja, os jogadores do Famalicão não andaram esta semana a treinar ou jogar à bola, eles andaram a treinar e jogar futebol, porque as pessoas que estão aqui são competentes, somos funcionários do Famalicão porque nos reconheceram competências. Dentro das competências que temos, preparámos o jogo de uma forma séria, muito dedicada e tentámos passar aos jogadores essas mesmas informações para eles não se sentirem abandonados».
O antigo adjunto de Armando Evangelista assumiu que esta acaba por ser uma situação natural e que estava preparado para tal:
«Não considero isto uma oportunidade, porque isto para mim é uma situação natural para a qual eu tinha que estar preparado. E não tendo eu certezas em relação ao meu futuro, se pretendo ser treinador principal, posso partilhar com vocês que esta foi uma semana muito interessante face a muita coisa que aconteceu aqui no clube, com os jogadores, a forma como eles treinaram, a forma como senti que eles quiseram responder às ideias que lhes propusemos. E tenho que confessar que foi uma coisa que mexeu muito comigo e me deixou muito curioso sobre se poderá ser no futuro ou não. Agora, também digo, de uma forma vincada, que não tenho intenções de ser treinador no futuro próximo. Não tenho mesmo essa intenção. Agora, mais longínquo, talvez, porque gostei destas sensações, talvez possa vir a ser uma hipótese».
Podes ler AQUI a conferência de Vítor Bruno.