Ruben Amorim realizou a antevisão do Manchester United x Brighton, a contar para a nona jornada da Premier League.
Ruben Amorim esteve presente na sala de imprensa para fazer a antevisão ao jogo do Manchester United frente ao Brighton em Old Trafford. Na projeção ao encontro da 9ª. jornada da Premier League, o técnico português começou por elogiar o Brighton e o treinador dos seagulls, Fabian Hurzeler:
«Vai ser um jogo muito difícil. O Brighton é uma equipa muito agradável de ver jogar. São muito fortes na construção, muito fortes nas transições, em todos os aspetos do jogo. Estão também a ter um bom desempenho nas bolas paradas esta época. É uma equipa realmente completa e temos de ser muito inteligentes e encarar o jogo com total foco em tudo o que fazemos, porque eles são uma equipa muito forte», começou por dizer.
«Consegue ver-se pela forma como jogam. São realmente intensos, têm qualidade, acreditam muito no que estão a fazer, mesmo sob pressão. Por isso, sou um grande fã do Fabian Hurzeler».
Ruben Amorim abordou as ausências para o encontro em Old Trafford:
«O plantel está bem. Temos algumas dúvidas, tivemos alguns problemas durante a semana com o Harry Maguire e o Mason Mount, pequenas mazelas, mas nada de grave. Vamos ver amanhã. O Lisandro Martínez está de fora. Os restantes estão prontos para o jogo».
O técnico português mostrou-se feliz pelo atual momento dos red devils, mas garantiu estar focado no encontro diante do Brighton:
«Estamos a aproveitar o bom espírito de vencer jogos. Sabemos que foi um bom fim de semana para nós, mas o nosso foco está no próximo jogo, isso já faz parte do passado. Temos de perceber que o futebol mudou muito, especialmente neste tipo de clube. Por isso, não estamos a pensar no último jogo; estamos a pensar neste, que vai ser realmente difícil de ganhar».
O técnico do conjunto inglês abordou a importância de Bruno Fernandes no plantel:
«Acho que ele é um pouco diferente do que eu estava à espera. Tudo o que se lê sobre os jogadores, às vezes, não corresponde à realidade. Percebe-se que, por vezes, nunca falaram realmente sobre isso. A frustração que ele sente vem do facto de querer muito ajudar os colegas de equipa. Nem sempre o faz da melhor forma, mas vem de um bom lugar e não se percebe isso quando não se está aqui. Ele quer assumir a responsabilidade o tempo todo. Sofre muito com as derrotas, sempre que não ganhamos um jogo. Sente-se que leva isso a nível pessoal, como deve ser, sendo o capitão. É um grande líder, um grande futebolista. Vamos ver se amanhã atinge esse marco das 300 partidas pelo clube».
Ruben Amorim teceu rasgados elogios a Harry Maguire, herói na vitória do Manchester United sobre o Liverpool:
«Acho que foi bom para ele jogar com três centrais. Penso que se sente mais confortável assim. Como joga no meio, não precisa de ir tanto para as alas. Estou muito satisfeito com ele. Apesar de não ser jovem, ainda pode aprender muito. Pode melhorar. Acho que pode ser muito melhor com a bola, porque tem qualidade para isso e precisa de a mostrar. Hoje em dia, com as bolas paradas que se veem, com a quantidade de jogadores que se colocam na área, e como todas as equipas jogam dessa forma… Ele é um jogador fundamental para nós, por isso estou muito contente. Mas tem de continuar. Esse jogo já faz parte do passado, esse golo já ficou para trás. Agora é seguir em frente, focar-nos no presente e no futuro».
O treinador de 40 anos recordou o triunfo em Anfield:
«O que quero dizer é que não podemos mudar assim tanto. Acho que me perguntaram sobre o ‘top 4’ no fim da questão. Por isso, não quero mudar tudo por uma diferença de 20 centímetros. Se o Gakpo tivesse rematado 20 centímetros mais ao lado, a narrativa seria completamente diferente. Quero apenas manter alguma calma e direção naquilo que estamos a fazer. É isso que quero dizer. É normal haver dúvidas quando se é treinador num clube deste tipo. Se não se ganham muitos jogos, as pessoas vão duvidar — e têm razões para isso. Mas, do meu ponto de vista, temos de ser claros no nosso caminho e não mudar tanto. Porque, se ganharmos um jogo, isso já muda tudo».

