O Benfica x Sporting joga-se esta sexta-feira para a jornada 13 da Primeira Liga. Rui Borges já fez o lançamento do jogo.
Rui Borges já fez a antevisão ao Benfica x Sporting, jogo a contar para a jornada 13 da Primeira Liga. Em conferência de imprensa, o técnico dos leões começou por dizer o seguinte:
«Preparado? Acredito que sim. Por isso é que estou aqui. Também olharam e viram que estavam preparados enquanto equipa técnica para assumir o Sporting. Estou longe daquilo que é o nosso auge. Acho que é sempre um crescimento diário daquilo que é a nossa leitura e trabalho diário. Melhor altura ou não? É o que é, não me foco nessas nuances. Olho para o que tem sido o caminho, tem sido muito positivo, gradual na confiança, energia e qualidade de jogo. Temos vindo a crescer. Por isso, olho muito para isso. O jogo é nesta fase, é o que é. Dificuldade é grande, respeito é tal e qual como em qualquer jogo. Duas grandes equipas, acredito que será um grande jogo. [50 jogos?] É o que é. É uma marca e que faça muitos mais. Estamos sempre em aprendizagem. Estamos numa boa fase, num crescimento muito bom e queremos consolidar cada vez mais esse crescimento».
Rui Borges deixou também uma ponta de favoritismo para o Benfica:
«Não vou falar de nomeações, não sou eu que mando nessa parte. Perde-se demasiado tempo a falar disso. Não me vou alongar. Favoritismo? Digo como foi o FC Porto, era 50/50, mas com uma ligeira percentagem por jogar em casa. Acabámos por perder. Mas pelo Benfica jogar em casa, tem um pequeno favoritismo nesse sentido. Acho que é muito repartido, são jogos muito repartidos, de tripla. Que seja um grande jogo»
O treinador do Sporting garantiu que também não vai mudar a forma de jogar dos leões:
«Não fugimos ao que tem sido a nossa ideia e ao que queremos implementar no jogo. Queremos ser equipa equilibrada em todos os momentos de jogo. Temos de perceber de que forma podemos anular pontos fortes dos adversários. O Benfica é uma equipa muito forte em transição. Quero que a minha equipa seja capaz e melhor em todos os momentos de jogo. Vejo a equipa confiante e não em excesso, mas numa perspetiva de ambição. Querem voltar a ter prazer em jogar. Vamos ser iguais a nós próprios»
Rui Borges deixou também palavras para José Mourinho:
«Tenho exatamente o mesmo respeito pelo mister José Mourinho que tenho pelo Bruno Lage. Olho pelo coletivo. O mister José Mourinho não foi ele que fez a equipa e tenta-se adaptar à equipa. Acredito que queira meter outras ideias dele, depois do mercado, talvez, não sei. São suposições. Olho para o jogo como olhei para todos os outros. É um grande treinador e que admiro muito, mas amanhã é Sporting contra Benfica. Que seja um grande jogo e disputado».
O técnico dos leões falou também do momento de forma das duas equipas:
«Depende de quem olha. Eu olho para o momento do Benfica e é melhor momento. Olho para a minha equipa e está numa fase muito boa de maturação. O Sporting está em crescimento e o adversário está numa fase boa. Também tivemos dificuldades para ganhar ao CD Nacional, tal como o Benfica teve. É muito subjetivo isso. É um bom momento do Sporting, mas do Benfica também, que não perdeu internamente. Acredito que será um Benfica que queira ganhar e disputar o jogo nesse sentido. Iremos fazer de tudo para ganhar. [Supertaça?] É diferente, treinador diferente do outro lado, a nossa equipa está mais crescida, apesar de achar que fizemos um bom jogo na Supertaça. Mas estamos melhores enquanto equipa e temos de mostrar dentro de campo».
Rui Borges falou também do regresso de Pote:
«Benfica está numa fase boa, três vitórias consecutivas. Estão com maior confiança. Regresso de Pote? Aqui ninguém tem entrada direta no onze, depende do que demonstram. O Sporting já era acutilante com o Pote antes, o Sporting tem vindo a crescer em termos coletivos e isso deixa-me feliz. Independentemente de quem joga, a equipa continua a dar resposta. A mensagem é recebida e acreditam muito nela e não podia pedir mais»
Rui Borges confirmou que Fotis Ioannidis está em dúvida
«Fotis Ioannidis está em dúvida. Não sei se será convocado, pode acontecer, ou não. Sobre o jogo, não vai ditar nada sobre o futuro do campeonato. Percebo o que dizem, mas não concordo porque falta muito campeonato para ser jogado. Tivemos oito pontos de vantagem na época passada e perdemos os pontos. Falta mais de uma volta para ser disputada. Em nada este resultado dita o desfecho do campeonato».
Rui Borges elogiou também os jogadores do meio-campo e falou do momento da equipa:
«Não, tenho de ver o que a almofada me diz hoje. João Simõe está num grande momento. Fez belíssimos jogos, o Morita tem crescido, o Gio [Giorgi Kochorashvili] tem crescido imenso na adaptação à equipa. Vai ter o seu espaço e vai ter oportunidades de demonstrar o seu crescimento. Feliz por vê-los no crescendo de forma. [Momento] Já disse que se perdermos com o FC Porto e ganharmos os outros, eu subscrevo por baixo. Vamos ver o que podemos fazer perante um grande adversário».
O treinador do Sporting respondeu também ao Bola na Rede sobre o processo tático onde a equipa mais evoluiu desde que assumiu a equipa:
«Em termos de variabilidade ofensiva, é totalmente diferente, o Sporting. Mais do que o sistema, não se trata de sistema, trata-se de dar mais variabilidade ao nosso jogo e tornarmo-nos mais fortes no nosso processo ofensivo. As equipas são cada vez mais difíceis de ser batidas, com blocos baixos e o desafio era tentar perceber a equipa. Não podemos descurar os outros momentos, onde temos crescido também. A variabilidade ofensiva é clara. Temos tido boa reação à perda, temos melhorado os equilíbrios e em alguns momentos estamos mais expostos em termos posicionais. Temos de estar mais rigorosos e há um outro pormenor que temos vindo a melhor. Mas frisava a variabilidade ofensiva, sim».
Rui Borges falou também da importância dos jogos ditos grandes do campeonato:
«É um bocado subjetivo responder a isso. Muito honestamente, acho que não. O futebol é um jogo de consistência, quem for mais consistente… Não adianta ganhar os jogos grandes e não ganhar os outros. Aquele que for mais equilibrado e consistente será campeão. Acho que os jogos grandes não definem para mim. E não acho que o fosso seja cada vez maior. Acho é que as equipas em bons momentos fazem com que assim pareça. Mas não acredito que esses jogos definam campeonatos. Mas que queremos muito ganhar amanhã, queremos. E isso não ditará o desfecho do campeonato».

