Rui Borges analisou o duelo entre o Sporting e o Moreirense. Treinador respondeu ao Bola na Rede em conferência de imprensa.
O Sporting venceu o Moreirense por 3-0. O Bola na Rede esteve no Estádio de Alvalade e, no final do encontro, teve a possibilidade de colocar uma pergunta a Vasco Botelho da Costa, treinador leonino.
Lê também a questão e resposta a Vasco Botelho da Costa, treinador dos cónegos.
Bola na Rede: Quer contra blocos mais baixos, quer contra blocos um bocadinho mais subidos, o Sporting tem conseguido, esta temporada no geral e hoje em particular, chegar muitas vezes às entrelinhas, às costas dos médios adversários para, com vários jogadores nessa zona, rodar e chegar a zonas de finalização. Por um lado, qual a importância desta zona, nas costas dos médios adversários, para o jogo coletivo do Sporting, e por outro, qual a importância de ter jogadores tão fortes com a bola no pé, no passe, para fazer a bola chegar aqui através de passes verticais?
Rui Borges: É muito importante termos jogadores diferenciados em pouco espaço. Temos essa facilidade e capacidade com o Pote, o Trincão, mesmo o Geny e o Quenda, de forma diferente, com o Morita, que também anda num quebrado de linhas mais curto e de repente já está mais alto. Felizmente temos essa capacidade, mas também temos a capacidade de ter centrais que conseguem ver longe. Essa variabilidade deixa-me feliz e é isso que eles vão percebendo também. Temos de ter muita variabilidade no nosso jogo. Jogo curto, jogo longo, jogo curto, jogo longo, expor o adversário a coisas diferentes, movimentá-lo de forma diferente, haver personagens diferentes nas marcações. É importante para ludibriar o adversário nalguns momentos, não verem o mesmo jogador na posição e verem outro porque às vezes focam-se nas referências. Toda essa variabilidade do jogo é importante. Feliz por isso. Fazemos o 3-0 a buscar o que temos de bom. Tinha saído o Pote, entrou o Alisson e a equipa percebeu quem entrou, o que nos dá e que faz movimentos diferentes do Pote. Essa variabilidade é algo que é trabalhado toda a semana, um conhecimento mútuo deles diário dentro da ideia de jogo. Têm de perceber quem está no espaço e na zona e qual a individualidade que lá está, o que quer, o que precisa e de que forma é que ele dá mais à equipa e que o conseguimos pôr o individual a valorizar o coletivo. Isso deixa-me feliz porque é esse o jogo que eu gosto, de variabilidade. Eles são capazes de fazer isso e é bem demonstrativo contra blocos médios ou baixos a capacidade que temos tido para criar oportunidades de golo.