O Sporting venceu o Rio Ave por 4-0 para a jornada 16 da Primeira Liga. Rui Borges respondeu a uma questão do Bola na Rede.
Rui Borges analisou a vitória do Sporting sobre o Rio Ave por 4-0 na jornada 16 da Primeira Liga. O Bola na Rede esteve presente no Estádio de Alvalade e, no final do encontro, teve a possibilidade de colocar uma questão ao treinador dos leões.
Bola na Rede: Vê-se muita alternância de movimentos do Sporting com bola. Taticamente, como é que se gere o equilíbrio entre certas dinâmicas coletivas já treinadas e a grande liberdade de movimentos para manter fluidez e sincronização no jogo do Sporting?
Rui Borges: Nós tentamos sempre ser uma equipa equilibrada em todos os sentidos. Às vezes, pequenos 2 metros ou 1 metro fazem a diferença, para aquilo que são os equilíbrios, para ser solução, arranjar espaços. Na primeira parte, por exemplo, o [João] Simões andava mais num espaço de segundas linhas. Ficámos mais expostos para transições, só com os dois centrais e com o Morten [Hjulmand]. Na segunda parte, pedi para que ele estivesse mais dois mais dois. Conseguiu abrir mais espaços para o Fotis [Ioannidis], para o Trincão. Estava muito mais equilibrado também para o momento de transição defensiva, porque o Gonçalo Inácio estava com amarelo e o Rio Ave meteu o André Luiz sobre o Inácio. De resto, o que são dinâmicas ofensivas é algo que nós treinamos. Eles têm essa capacidade e essa leitura de o fazer. O jogo em si tem muita mobilidade. E depois dentro dessa mobilidade há a qualidade individual deles. Dentro do que são comportamentos coletivos ofensivos, eles estão lá na posições que têm de estar. Mesmo às vezes estando trocados, porque existe essa liberdade, eles sabem o que têm de fazer eles sabem. O comportamento macro é coletivo, depois vem o individual. Será sempre. Por mais que haja mobilidade eles sabem o que têm de fazer em cada posição que estão. Até porque a variabilidade que tem acontecido de nós termos de dar aos jogadores de jogarem em várias posições, também dá essa leitura e capacidade, porque vão passando em várias posições e cada vez mais estão inseridos nos comportamentos defensivos e ofensivos da equipa, seja em que posição for.

