Rui Borges analisou o duelo entre o Sporting e o Club Brugge. Leões venceram por 3-0 o jogo da quinta jornada da Champions League.
Rui Borges fez a análise da vitória do Sporting contra o Club Brugge por 3-0 na Champions League. O Bola na Rede esteve em Alvalade e, em conferência de imprensa, teve a oportunidade de colocar uma questão a Rui Borges, técnico do Sporting.
Lê também a questão colocada a Nicky Hayen, treinador do Club Brugge.
Bola na Rede: Já aqui destacou os encaixes agressivos e individuais da pressão do Brugge ao Sporting. Tendo em conta a agressividade a pressão e os espaços que acabaria por deixar, quão importante foi, na primeira fase, atrair o Brugge para um lado para rapidamente soltar para o lado contrário e, num segundo momento, a mobilidade para desmontar a defesa?
Rui Borges: Foi muito importante. Essa mobilidade foi muito importante. Sabíamos que o homem a homem ia dar-nos algum espaço. Mais do que atrair dentro, mas num espaço curto, tínhamos, num segundo passo, de entrar num passe longo porque eles procuravam muitas referências. A mobilidade leva a que, quem anda com referências, quando há contra-movimentos e movimentos de profundidade, chegue atrasado. Há espaço e, principalmente na primeira parte, conseguimos muitas vezes ir buscar esse espaço de profundidade com movimentos que tínhamos identificado e pedido ao Quenda, ao Luis [Suárez], ao Geny [Catamo], e mesmo ao próprio Trincão, ao Maxi [Araújo]. Dentro daquilo que eram as nossas dinâmicas e a nossa ideia de jogo para hoje, a equipa esteve ligada nos comportamentos individuais e fez exatamente aquilo que tínhamos precavido. Só não conseguimos, naquilo que tínhamos perspectivado para o jogo de hoje, ser tão pressionantes e tão altos como gostamos e como queríamos para não deixar entrar o Brugge nesse processo de meter muita gente na construção e dificultar os momentos de pressão. Dificultou-nos, mas aí entrou a maturidade da equipa. Manteve-se num bloco médio, mais curto, bem organizado e esperamos o erro. Conseguimos sair em alguns momentos em transição, com qualidade no processo ofensivo. Foi muito por aí. A mobilidade é importante, o ataque ao espaço é importante principalmente nos jogadores de segunda linha, o Quenda, o Geny e o Trincão, mesmo o [João] Simões. Esses ataques das segundas linhas eram importantes devido ao homem a homem.

