Sérgio Vieira e Tozé Marreco analisaram o Estrela da Amadora x Gil Vicente. Técnicos responderam à pergunta do Bola na Rede.
Sérgio Vieira e Tozé Marreco marcaram presença na sala de imprensa do Estádio José Gomes depois do Estrela da Amadora x Gil Vicente ganho pela equipa da casa por 1-0. Os dois técnicos responderam à pergunta do Bola na Rede na conferência de imprensa.
BnR: O Gil Vicente preencheu o corredor central num 4-5-1 no momento defensivo que retirou protagonismo aos médios do Estrela da Amadora. Por outro lado, foram várias as superioridades no corredor com o extremo e o ala em igualdade numérica e uma possibilidade de superioridade com a participação do central exterior na base da jogada. Saber onde sobrecarregar o adversário e por onde entrar foi determinante na exibição da equipa?
Sérgio Vieira: Obrigado, muito pertinente porque às vezes nos esquecemos de muitas coisas. O Gil Vicente queria ganhar este jogo a todo o custo e meteu um central, o Filipe [Silva] que nós quisemos comprar, não tínhamos hipótese e o Gil comprou. É outra coisa que nos falta neste momento, capacidade para comprar. O Filipe veio do Avaí, eu trabalhei no Brasil, conheço bem o mercado e o Gil comprou esse jogador. Não foi muito aposta este ano, mas comprou. Neste jogo o Filipe jogou a fechar o corredor, numa estratégia muito bem montada pelo Tozé [Marreco] e com o Félix [Correia] a baixar mais e a fechar os espaços, mas nós estivemos muito bem. Variámos muito bem o espaço onde a bola estava, ia à largura, ia atrás, quando vinham pressionar jogávamos nos espaços interiores. Faltou-nos na primeira parte alguns momentos em que o Léo Cordeiro e o Bucca podiam variar mais no corredor e acelerar mais no Nanú e no Nilton [Varela]. Perdemos o Nilton na primeira parte, houve alguns fatores como os golos… Essas regras que não são fáceis de estimular numa equipa que veio da Segunda Liga onde os jogadores não estão juntos há várias épocas. Ter uma equipa de posse e não permitir transições de grande perigo não é fácil. Contra o Farense, por exemplo, não conseguimos. Fomos uma equipa muito completa. O [Kialonda] Gaspar fez um grande jogo, muito concentrado. Este é o Gaspar para outros níveis e esta época ele precisava de uma estabilidade maior, que não se falasse que ia para ali, acolá. Essas notícias que saíram mexeram com a estabilidade dele, ter ido à CAN com a seleção mexeu com a estabilidade dele porque quebrou a regularidade do dia-a-dia. Mesmo assim ele superou-se muito e este jogo prova o valor do Gaspar. É um jogador para equipas que possam lutar por títulos. Tem um grande carácter, grandes capacidades e tendo um contexto à sua volta que o ajude a focar-se todos os dias vai ter desempenhos como este. Teve momentos que quebrava a pressão, rodava sobre ele próprio, ia pelo lado contrário. Aspetos que víamos no Puyol, no Piqué naquele Barça do Guardiola. Fez um grande jogo como fizeram todos. Foi um grande jogo de toda a equipa. Foi pena não termos feito um segundo golo. O 2-0 ajustava-se pelas oportunidades que tivemos. O Gil Vicente teve um ou outro lance de perigo também, com um 2-1, por exemplo, acho que tinha sido um jogo emocionante. Felizmente conseguimos a vitória com todo o mérito. Sérgio Vieira
BnR: Foram várias as vezes, nomeadamente em situações de cruzamento, em que a última linha do Gil Vicente esteve em inferioridade numérica na última linha. Foram algumas vezes com um 5×4 com os alas do Estrela da Amadora a entrar sem o acompanhamento do extremo do Gil Vicente, gerando bolas ao segundo poste. Foi esta a principal falha neste momento e se foi um dos motivos que levou a substituição dos laterais antes do intervalo?
Tozé Marreco: Não consigo confirmar se havia vantagem numérica ou não na área. No golo do Estrela da Amadora sei que há um 2X1, superioridade defensiva, e acontece o golo. Portanto a relação numérica nem sempre é sinónimo de ganhar o duelo ou ganhar a jogada. O melhor exemplo é mesmo o golo, estávamos perfeitamente posicionados e alinhados, um 2X1 defensivo e sofremos o golo. Não sei se terá razão nessa análise ou não, tenho de confirmar. Sei que efetivamente na primeira parte não conseguimos ter bola porque estávamos a tentar entrar demasiado por dentro, os nossos laterais estavam demasiado baixos e pouco abertos como deveriam estar. Se quer ir pela parte mais tática, não conseguimos chegar ao terceiro médio, o médio que está mais longe do lado da bola, não o conseguimos encontrar. Troquei porque precisávamos de mais dinâmica nos corredores. Mas foi o que disse ao intervalo, se pudesse tinha deixado o Andrew e trocava os outros dez.
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