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Um empate que se ajusta e que só faz o Norte sorrir | Benfica 1-1 Sporting

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Benfica e Sporting entraram em campo na noite de sexta-feira com uma missão clara: vencer. Os dois clubes queriam manter-se firmes na perseguição ao FC Porto, num campeonato onde cada vez se perdem menos pontos. A rivalidade secular prometia um jogo em grande, com os adeptos a vibrarem na bancada.

Os responsáveis da estrutura encarnada não fizeram por menos. Criaram um espetáculo de pirotecnia espampanante, como se de uma final se tratasse, com um investimento de vários milhares de euros. Se esta era a entrada, que já deixava água na boca, toda a gente estava ansiosa por um prato principal de luxo, recheado de golos, defesas incríveis, bolas aos ferros… tudo o que há de melhor.

Vimos dois encontros distintos no mesmo, justificados pela atitude do Benfica em campo. No começo, o Sporting foi tremendamente superior, mandando no jogo, com a defesa das águias a errar feio na saída de bola curta. Há vários exemplos perfeitos disto, nomeadamente o golo sofrido aos 13’. Enzo Barrenechea recebeu a bola de frente para Anatoliy Trubin e quando tentou girar, tinha Morten Hjulmand em cima. O capitão dos leões conseguiu ficar com o esférico e dá-lo a Pedro Gonçalves, que praticamente só teve que escolher o lado. José Mourinho comentou o lance na conferência:

«Começámos mal, de um modo que… não me enraiveceu, é duro, mas que me chateou. No trabalho que fizemos na construção do guarda-redes havia regras do que não fazer e foi o que fizemos no golo do Sporting e que nos intranquilizou».

Jogadores do Sporting
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

O Benfica continuara a falhar e o lado esquerdo do Sporting parecia imparável. Maxi Araújo envolveu-se em demasia no ataque dos verde e brancos e as águias não tinham como parar a avalanche. O resultado nesses primeiros minutos poderia ter ganho outro volume e a história do jogo teria sido outra.

Contudo, os comandados por José Mourinho conseguiram equilibrar. Abandonaram momentaneamente a construção através do seu guarda-redes (voltaram a usá-la, mas com Enzo Barrenechea a aparecer pela esquerda, já que Nicolás Otamendi se tem escondido neste processo nos últimos jogos, o que saiu muito melhor), passando a bater longo. O golo do empate é fundamental e trouxe calma aos adeptos, que já esperavam mais uma derrota. O lance é confuso, mas Georgiy Sudakov terminou por se ver à vontade para bater Rui Silva perto da meia hora da partida.

Não houve qualquer golo até ao intervalo, um momento chave que poderia ter alterado o discurso dos treinadores ao intervalo. Luis Suárez ainda beneficiou de uma oportunidade clara, mas Nicolás Otamendi fez um dos grandes cortes do jogo.  Na segunda parte, o Benfica esteve melhor tomou as rédeas do encontro e os adeptos viram a equipa a jogar um bom futebol.

José Mourinho e Georgiy Sudakov
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Os encarnados deixaram de fechar as suas linhas, para procurarem o domínio sem qualquer tipo de problemas. Neste sentido, os jogadores estavam mais soltos e mais felizes. Quem sofreu com isto foi o Sporting. Os leões tentavam sair a jogar desde o seu meio campo, mas a pressão exercida era eficaz. Os atletas tinham somente espaço para dar um toque na bola e eram obrigados a errar. João Simões e Geovany Quenda entraram para resolver a situação, mas rapidamente foram anulados. Francisco Trincão não trouxe a sua magia consigo e foi só mais um.

Isto é tudo mérito do Benfica, que na segunda parte anulou os pontos fortes do Sporting, mais do que identificados. Contudo, a equipa da casa também tem o demérito da finalização. Vangelis Pavlidis foi passivo e os restantes elementos do ataque tampouco assustaram Rui Silva. O momento que levou os aficionados a colocarem as mãos na cabeça foi protagonizado por Gonçalo Inácio, que fez um grande corte, depois de uma bela bola de Richard Ríos, quando Leandro Barreiro aparecia nas costas do internacional português para encostar.

Ninguém venceu a partida, mas José Mourinho leu melhor o encontro que Rui Borges. Não houve um nó tático, muito longe disso, mas a segunda parte realizada pelo Benfica tem o dedo do treinador, que leu melhor o jogo e provocou a evolução do seu conjunto. O resultado ajusta-se e houve um conformismo natural entre as duas partes, que aceitaram o 1-1 sem grandes problemas.

Nicolás Otamendi Benfica
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Em Lisboa, ninguém ficou a ganhar. Quem pode sorrir é Francesco Farioli e o seu FC Porto, que podem passar a ater uma vantagem de cinco pontos contra o Sporting e de oito para o Benfica, em caso de vitória contra o Tondela. O campeonato vai longo, mas entrar em dezembro com uma vantagem confortável, traz outro tipo de segurança, especialmente na abordagem ao mercado.

Dois pontos sobre o Benfica x Sporting antes de fechar. O comportamento dos adeptos dos encarnados aos 78’ não foi bonito de se ver, atingindo Maxi Araújo nas costas e enviando materiais para o relvado por alguns minutos. Geraram uma confusão desnecessária, obrigando à intervenção de António Nobre (que não fez uma má arbitragem). O Conselho de Disciplina deverá tomar uma atitude e sancionar a equipa da casa.

Morten Hjulmand no Benfica x Sporting
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

As palavras de José Mourinho na conferência, também chamaram a atenção:

«Mas nos amarelos, que já estava à espera, há um jogador do Sporting que é intocável. Manda no jogo, faz as faltas que quer e mais uma vez sai do jogo sem amarelo. Relativamente a esse jogador é que há uma dualidade de critérios. Já brinquei com ele e disse-lhe que pode sair à rua que ninguém o vai chatear».

José Mourinho naturalmente se referia a Morten Hjulmand, capitão do Sporting. O dinamarquês fez duas faltas ao longo do tempo regulamentar, o que nem justifica as palavras do treinador (três amarelos em 13 jornadas). Contudo, é possível que os mind games do special one voltem a funcionar. Os árbitros estarão mais atentos ao comportamento de Morten Hjulmand e não se estranharia um aumento da contestação dos adversários, quando os lances envolverem o escandinavo. Uma situação a acompanhar, na qual possivelmente o Sporting terá que defender o seu jogador.

Prometeu-se um jogo em grande, mas as expectativas foram defraudadas. Longe de ser um mau espetáculo, este Benfica x Sporting teve pouca emoção. Ficamos a aguardar o da segunda volta.

Fredrik Aursnes no Benfica Sporting
Fote: Carlos Silva/Bola na Rede
Ricardo João Lopes
Ricardo João Lopeshttp://www.bolanarede.pt
O Ricardo João Lopes realizou a sua formação na área da História, mas é um apaixonado pelo desporto (especialmente pelo futebol) desde criança, procurando estar sempre a par da atualidade.

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