Vítor Bruno marcou presença na da de imprensa do Dragão, após o desafio entre o FC Porto e o Manchester United.
Vítor Bruno reagiu ao empate entre o FC Porto e o Manchester United (3-3) para a Liga Europa. O técnico do emblema do Dragão respondeu a uma pergunta colocada pelo Bola na Rede após o desafio.
Bola na Rede: Com o Samu, o Porto ganha uma referência muito capaz de explorar a profundidade e atacar as costas da linha defensiva e, comparando ao início da temporada, o Porto pensa menos os ataques, apostando numa procura mais direta da referência na frente. Taticamente sente que o Porto precisa de crescer para conseguir conjugar este jogo mais direto com uma maior paciência e calma em organização ofensiva?
Vítor Bruno: Eu percebo a sua questão, se virmos grande parte dos jogos feitos até aqui. São dados estatísticos que eu não valorizo, ou tento valorizar o menos possível. Tudo o que tem sido posse de bola, em todos os jogos nós temos estado por cima em todos os momentos, e muitas vezes a controlar o jogo no meio campo adversário. Hoje era preciso perceber quem estava do outro lado e perceber de que forma era possível ferir a organização defensiva do Manchester United. Com a análise que fizemos, entendemos que uma das formas de os ferir era precisamente essa. Os ataques à profundidade, os ataques à última linha do adversário, esperar muitas vezes e sair em transição, porque sabíamos que eles sofriam. Na análise que fizemos, vimos vários momentos em que sofriam e sofreram a partir de momentos em que estavam instalados no meio campo adversário e levaram com transições. Trabalhámos estes pormenores nos três dias em que foi possível levá-los a treino. Trabalhámos ataques à última linha, em transição e ser muito intencionais nas nossas saídas verticais na direção da baliza adversária. Foi uma questão estratégica e aquilo pelo que optámos hoje. Volto a dizer, há momentos em que a equipa tem de crescer, já falámos das tais dores de crescimento. A equipa vai crescer, matutar comportamentos e ficar mais identificada com o que é pedido. Hoje vou para casa com uma dor de alma gigante, mas com um sentimento de orgulho que, não sendo comparável ao da Supertaça, é muito próximo. Os jogadores foram bravos e mantiveram-se sempre inteiros. E manter-se inteiros a perder em casa por 2-0 com um rival como é o Manchester United sem nunca se desviarem do plano inicial do treinador é o que mais me deixa com orgulho. Hoje vou para casa com um sentimento de orgulho muito grande.