SC Praiense: Humildade e um colectivo forte para subir à Segunda

Marco Monteiro

“Os Açores merecem ter mais equipas na Segunda Liga”

BnR: Esperava este grande arranque de temporada?

Marco Monteiro: Trabalhamos para isto. Queríamos o melhor arranque possível e foi para isto que a equipa treinou.

BnR: Houve algum aumento de Orçamento esta época?

MM: Não, o Orçamento é praticamente o mesmo.

BnR: O Praiense pode ocupar o lugar do Santa Clara como o representante máximo do futebol nos Açores?

MM: E porque não ter os dois clubes como representantes? Os Açores merecem ter mais equipas na segunda liga e já demonstraram que aqui trabalha-se bem.  A Madeira teve três clubes na primeira liga, nós também podemos ter dois clubes na Segunda. Há qualidade para isso.

BnR: Se o Praiense conseguir a subida à Segunda Liga, está preparado financeiramente para esta nova aventura?

MM: Neste momento, como é obvio, não, mas ao subir à Segunda Liga os nossos apoios monetários vão aumentar, poderemos ter mais patrocinadores, o estádio vai estar mais cheio e estes factores vão poder dar estabilidade se subirmos

BnR: Sendo o Praiense um clube semi-profissional, como se prepara, em termos de logística, os jogos, como, por exemplo, o jogo com o Sporting, que foi a meio da semana?

MM: Temos 5 jogadores que trabalham. É fácil resolver isso. Trocam com colegas ou meteram férias. Em relação ao jogo com o Sporting, foi uma ocasião especial e todos os patrões facilitaram a presença dos jogadores neste jogo.

BnR: Quando é que o Praiense passa a ser um clube profissional?

Quando subir à Segunda Liga.

Marco Monteiro, presidente do Praiense (esq.) Fonte: SC Praiense
Marco Monteiro, presidente do Praiense (esq.)
Fonte: SC Praiense

BnR: A exibição contra o Sporting e toda a visibilidade que o Praiense teve durante a semana foram uma montra para os jogadores. Está preparado para perder jogadores?

MM: Temos um plantel com muita qualidade e com jogadores para outros patamares. Temos alguns clubes interessados em jogadores e temos de estar preparados para isso. Se chegarem propostas iremos analisá-las.

BnR: Sendo o Praiense um clube das ilhas, quais são as dificuldades que enfrenta?

MM: A dificuldade maior são as viagens. Dou lhe o exemplo do ultimo jogo para o campeonato, para perceber a dificuldade. Chegamos a Lisboa no dia 11 por volta das 20h, jantamos e fomos de autocarro para Fátima, pois apesar de o jogo ser em Alcanena não conseguimos hotel aí. Ficamos meia-hora parados no transito e chegamos ao hotel já era 1h. No dia a seguir os jogadores acordaram as 9h, à tarde tivemos jogo e voltamos para Lisboa. Apanhamos o voo das 21h para São Miguel onde pernoitamos. Chegamos Domingo de manha à Terceira e fomos logo treinar. É uma agressividade e um cansaço muito grande. As equipas quando vão aos Açores ficam uma noite lá, nós ficamos duas no Continente. Esta é a nossa realidade. O ano passado fomos jogar a Moura e chegamos lá às 4h e o jogo era às 15h, numa altura em que já estava bastante calor. Houve duas horas de atraso no voo. Não é fácil, mas temos de trabalhar com estas condições. O grupo é muito forte e isso também ajuda a passar estas dificuldades.

BnR: E em termos monetários?

MM: Somos apoiados, mas claro que há uma parte que temos de pagar. Viagens deste tipo, com estadia, alimentação, deslocação ficam por volta de 5 mil euros. Muitas vezes temos de adiantar isso e os apoios chegam meses depois. Mas cobrem grande parte das despesas.

BnR: Faltam 8 jornadas para o fim da 1.ª fase do CNS acabar. Já se assume como um candidato à subida?

MM: Nós queremos ganhar os nossos jogos. O objectivo número um é ficar nos dois primeiros lugares para garantirmos a manutenção imediata. O objectivo numero dois é, se conseguirmos chegar à fase de subida, disputa-la. Eu não sei estar por estar. Não podemos estar na fase da subida apenas para passear. Vamos disputar sempre os nossos jogos para ganhar. Reparem como o Praiense ontem foi a Alvalade como costuma jogar no CNS, não houve autocarros.

 Foto de capa: SC Praiense

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