📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
- Advertisement -

internacional cabeçalho

Olá outra vez, gigante – 2011  

A grandeza de um clube não se mede unicamente pelos títulos que conquista. A massa adepta, por si só, garante que, mesmo quando os resultados não aparecerem, haverá um trampolim a amparar a queda e empurrar para cima. Mas, quando nem isso é suficiente, até com um rival se pode contar. Para evitar a falência do Dortmund, o Bayern, genuinamente generoso, emprestou 2 milhões de euros ao adversário. Este gesto misericordioso dos bávaros trouxe arrependimentos mais tarde. Jürgen Klopp, o salvador, disse que estava na hora de o gigante acordar e voltar ao lugar a que sempre pertenceu. Nos festejos do título de 2011, para além dos agradecimentos à equipa, aos dirigentes e aos treinadores, os adeptos, que por uma vez não conseguiram dar ao clube aquilo de que precisava, não esqueceram o rival. Ah, saudável rivalidade.

Chega de História – 2012

Ganhar, ganham muitos. Mas a História não tem espaço para todos. Para os visionários e os revolucionários, aqueles que reinventam o jogo, haverá, cedo ou tarde, um lugar reservado. Guardiola já colocou o seu nome ao lado de génios como César Luis Menotti, Rinus Michels, Johan Cruyff ou Arrigo Sacchi. O tiki-taka que implementou em Barcelona, goste-se mais ou menos, é o modelo de jogo mais dominador que o futebol já viu. Nunca houve uma equipa que quisesse tanto ter a bola como o Barça de Pep. Na perspectiva dos adeptos, tanta superioridade pode ser aborrecida, mas na do treinador é o caminho mais rápido para o sucesso. O percurso de Guardiola em Camp Nou terminou devido ao cansaço de vitórias, a “infelicidade” que só afecta aqueles que conseguem permanecer no topo. Os que vieram a seguir não deixaram de ganhar, mas a esses a História tem barrado a entrada.

O adeus de um Senhor – 2013

Costuma dizer-se que não há nenhum jogador ou treinador que seja maior do que um clube. Esses passam, o clube fica. Mas, a 12 de Maio de 2013, o Manchester United perdeu um homem que se confunde com a instituição. Nesse dia, o coração parou por instantes e ainda está a recuperar do trauma. O legado que ficou não se esquece, mas a partida das figuras que estamos habituados a ver é sempre um momento que queremos que nunca chegue. Era difícil imaginar o Manchester United sem Sir Alex Ferguson. Aquele Teatro, o dos Sonhos, viu no palco o Bad Boy Cantona, a “classe de 92”, que até deu filme, o Ronaldo das fintas que se tornou no Ronaldo dos golos. Na primeira fila, de 1986 a 2013, esteve sempre o mesmo encenador, o que idealizou e realizou tudo aquilo. Não deixou de estar presente naquela sala de espectáculos, mas hoje senta-se mais longe do palco. Segundo contam, deixou de mascar chiclete naquele ritmo alucinante.

Vistam-se como o treinador – 2014

No campo, os jogadores, feitos operários, estão de fato-macaco. No banco, o treinador, de fato de gala, está visivelmente desconfortável. O jogo não está a correr bem e o capitão vai pedir auxílio ao mister. “Não está a dar, eles são muito fortes”, disse. O mister, que já tinha estado daquele lado, sabia o que tinha de fazer. Ao intervalo, trocou o fato de gala pelo fato-macaco e equilibrou as forças em campo. Agora, parecia que tinham mais jogadores que o adversário. Mas não tinham. Tudo não passou de uma ilusão criada por Diego Simeone. Equipa, no verdadeiro sentido da palavra, ganhou novo significado com o seu Atlético de Madrid. Não tinha, nem de perto, os melhores jogadores, mas isso não importa quando há um sentido colectivo desta dimensão. A capacidade de fazer das fraquezas forças levou os colchoneros ao título numa liga que tem Barcelona e Real. Quando se tem “11 Simeones” em campo, o impensável torna-se realidade.

A “Grécia” do bom futebol – 2015

A beleza do futebol não está na normalidade. É a imprevisibilidade que lhe dá magia. Não será esse o adjectivo certo para a Grécia de 2004, provavelmente a maior contrariadora de favoritismos deste século no futebol de selecções. Mas ao Chile, do feiticeiro Sampaoli e do mago Valdívia, assenta na perfeição. De “patinho feio” há uns anos até à conquista do primeiro título de sempre do país não foi preciso muito. Só uma pequena dose de loucura – ou de Bielsa. El Loco apanhou uma geração de ouro, com Alexis e Vidal, e acrescentou os ingredientes certos para a poção mágica fazer efeito. Depois, passou a varinha a Sampaoli, outro especialista na disciplina da magia futebolística. O teste final chegaria na Copa América. Os jogadores chilenos aprenderam os truques todos e fez-se magia. O futebol apaixonante, dinâmico e vertiginoso venceu as trevas.

Esta foi a escolha do nosso editor de Futebol Internacional, concordas com ele? Deixa a tua lista nos comentários.

Tomás da Cunha
Tomás da Cunha
Para o Tomás, o futebol é sem dúvida a coisa mais importante das menos importantes. Não se fica pelas "Big 5" europeias e tem muito interesse no futebol jovem.                                                                                                                                                 O Tomás não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Lenda da Premier League critica Barcelona após derrota frente ao Chelsea: «A linha defensiva parece ser formada por quatro idiotas parados»

Alan Shearer não poupou críticas à defesa do Barcelona após a derrota sofrida frente ao Chelsea, destacando a fragilidade da linha de fora-de-jogo.

Eis o Ranking UEFA depois da vitória do FC Porto e do empate do Braga na Europa League

Mais um grande dia para Portugal no Ranking UEFA. Vitória do FC Porto e empate do Braga ajudam contas portuguesas na Europa.

Vitinha faz historia e torna-se o primeiro médio do PSG a assinar um hat-trick na Champions League

Vitinha tornou-se o primeiro médio do PSG a marcar um hat-trick na Champions League. O português registou a marca na vitória por 5-3 sobre o Tottenham.

Dia histórico para Rodrigo Mora, Diogo Costa e Stephen Eustáquio: eis os registos dos jogadores do FC Porto

O FC Porto venceu o Nice na Europa League. Jogo foi redondo para Rodrigo Mora, Diogo Costa e Stephen Eustáquio.

PUB

Mais Artigos Populares

Estrasburgo surpreende e conquista triunfo sobre o Crystal Palace: Eis os resultados do dia na Conference League

O Estrasburgo dá a volta ao resultado e vence o Crystal Palace por 2-1, na França. O jogo marcou a quarta jornada da Conference League

Quem são e onde jogam os 21 jovens que venceram o Mundial Sub-17 por Portugal?

Portugal venceu a Áustria e conquistou um inédito título do Mundial Sub-17. Conhece melhor os obreiros do título português.

Vitinha deixa mensagem aos jogadores de Portugal após conquista do Mundial Sub-17: «O futuro é vosso»

Portugal venceu a Áustria e conquistou um inédito título do Mundial Sub-17. Vitinha já deixou uma mensagem à seleção nacional.