Espanha | O sucesso espanhol vinculado à juventude

    A Espanha garantiu, neste domingo, a passagem para os quartos de final do Europeu 2024 perante uma surpreendente Geórgia que até incomodou, mas não foi o suficiente para eliminar uma das melhores seleções em prova.

    Um duelo, onde se verificou o que se especulava, os espanhóis com posse a tentar desmontar o eixo defensivo adversário e os georgianos a usar os contra-ataques como arma principal, à semelhança do que fizeram durante a fase de grupos. E foi a partir desse desenho tático que surgiu o primeiro golo da partida, a favor da Geórgia. O autogolo, ao minuto 18, protagonizado por Le Normand surgiu após uma fantástica saída rápida dos georgianos e um cruzamento de Kakabadze.

    Até ao momento, o domínio era claramente espanhol que através das combinações por fora, principalmente no corredor esquerdo, conseguia abrir espaços por dentro para Fabian Ruiz (muito rematador), ou até mesmo o Pedri, alvejarem a baliza de Giorgi Mamardashvili que voltou a ter uma noite para recordar.

    No entanto, ficou evidente a diferença, individualmente falando, entre o último terço/meio-campo da Espanha e a sua defesa. Laporte e Le Normand não estiveram no seu melhor plano.

    Antes dos 20 minutos viu-se uma Espanha dominadora, após o golo sofrido os remates e passes errados aumentaram (ansiedade) e o espaço para Mikautadze e Kvaratskhelia correrem foi uma consequência. Uma dupla que deu sempre sensação de perigo.

    E aos 38 minutos o favoritismo que se vinha a comprovar, efetivou-se. Uma vez mais, pela esquerda, com Nico Williams a descobrir Rodri que fora da área fez o empate. O médio do Manchester City tornou-se um dos melhores finalizadores do mundo daquela zona do campo.

    Na segunda parte, Lamine Yamal e Fabián Ruiz apareceram para levar a Espanha ao 2-1. O jovem de apenas 16 volta a assistir com um cruzamento milimétrico. Um super europeu para esta joia espanhola que com os seus recursos técnicos, impulsiona os restantes colegas de equipa.

    Em duas ações impactantes no jogo, os extremos da Espanha reforçam a sua importância. Imprevisíveis, irreverentes e eficazes. Nico e Yamal são o presente e futuro do futebol espanhol.

    A partir daí, tudo mudou. A Geórgia aumentou a taxa de erros e a Espanha de acertos. O carrossel espanhol foi um autêntico terror para os georgianos que perante uma troca de passes quase imparável, não criaram qualquer oportunidade de golo. Quando conseguiram sair desta teia foram os espanhóis a dilatar a vantagem (3-1) no marcador num contra-ataque iniciado por Fabián Ruiz e finalizado por Nico Williams.

    Vários foram os remates e oportunidades criadas pelos espanhóis, até ao fim da partida. Tendo mesmo chegado ao quarto golo por Dani Olmo.

    Apesar do resultado avolumado, há que dar mérito à campanha da Geórgia que sai deste Euro com mais notas positivas que negativas. Desde a valorização de jogadores (Kochorashvili e Mikautadze), há consagração de estatutos (Mamardashvili e Kvarastskhelia), sem esquecer o comandante desta turma, Willy Sagnol.

    Esta vitória confirma o primeiro duelo de gigantes dos quartos de final entre a Espanha e a Alemanha. Há curiosidade para perceber como os espanhóis iram conseguir controlar, em posse, os germânicos.

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    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.