FRANÇA
Exibição q.b. dos bleus, que fizeram valer a sua clara superioridade individual para arrancarem a vitória a dois minutos do fim. Surpreendida por uma Roménia muito combativa, a França apenas conseguiu ser claramente dominadora nos primeiros dez minutos do segundo tempo, período em que chegou ao 1-0. O golo, aliás, é irregular, uma vez que Tatarusanu ia ganhar a bola e Giroud o impediu com o braço (e assim se altera a realidade de mais um jogo – video-árbitro, precisa-se). De resto, as poucas oportunidades de golo francesas surgiram dos pés (e do cérebro) de Dimitri Payet, que liderou a equipa e deu continuidade à grande temporada que realizou ao serviço do West Ham. O seu golo foi o primeiro grande momento do Europeu.
O sector defensivo da equipa de Didier Deschamps foi pouco posto à prova, uma vez que Rami e Koscielny chegaram e sobraram para o único avançado romeno. Ainda assim, na segunda parte Evra deixou-se antecipar por Nicolae Stanciu e cometeu o penálti que deu o 1-1. Beneficiando de um muito voluntarioso Kanté à frente dos centrais, os gauleses mostraram algum dinamismo no meio campo, com Matuidi, Pogba e Payet a alternarem constantemente de posições, criando um “carrossel” que fez lembrar uma equipa de futsal. Contudo, Payet e Griezmann jogaram demasiado por dentro, o que fez com que a equipa tenha tido pouca largura e profundidade (e nunca será Pogba a dá-las). A Roménia agradeceu este estilo de jogo demasiado “afunilado”, encarregando Pintili e Hoban, os dois pivots defensivos, de tirar espaço ao meio-campo dos da casa.
No ataque, com a tal pouca incursão pelos corredores laterais, Griezmann foi bem anulado, sendo substituído sem surpresa. Giroud também andou algo perdido e falhou um golo relativamente fácil logo ao início, mas redimiu-se abrindo o marcador. Já Coman conferiu, durante o período em que esteve em campo, alguma profundidade e imprevisibilidade a um flanco direito pouco explorado. E, apesar de ainda nem ter completado 20 anos, deu mostras de inteligência na gestão da posse de bola após o 2-1.
A França joga em casa, ficou colocada no grupo teoricamente mais fácil e tem tudo para passar. No entanto, terá de colocar maior intensidade, profundidade e largura no seu jogo para levar de vencida adversários mais fortes. Fica também a ideia de que, contra equipas mais fechadas como foi o caso da Roménia, os gauleses podem prescindir de um dos médios. Pela amostra de hoje, será de Matuidi que Deschamps poderá abdicar mais facilmente.
Notas dos Jogadores:
Hugo Lloris – 6
Bakary Sagna – 5
Adil Rami – 6
Laurent Koscielny – 6
Patrice Evra – 4
N’Golo Kanté – 7
Blaise Matuidi – 5
Paul Pogba – 6
Dimitri Payet – 8
Antoine Griezmann – 4
Olivier Giroud – 6
Suplentes:
Kingsley Coman – 5
Anthony Martial – –
Moussa Sissoko – –