Inglaterra 6-2 Irão: Goleada histórica para abrir o Grupo B

A CRÓNICA: SOBRAM GOLOS PARA TODOS

Primeiro jogo do Grupo B do Campeonato do Mundo e frente a frente estavam Inglaterra e Irão, duas seleções com ambições bem diferentes para a competição. De um lado os ingleses, crónicos candidatos à qualquer conquista de qualquer título, e do outro uma seleção iraniana que, embora com alguns nomes conhecidos, saberia à partida que a passagem aos oitavos de final já seria uma enorme conquista para o país.

A partida começou e, como se o desequilíbrio já não fosse suficientemente acentuado, cedo apareceu a primeira contrariedade para o Irão. Alireza Beiranvand e Majid Hosseini chocaram de forma violenta e o guarda-redes foi mesmo obrigado a abandonar o relvado, dando assim lugar ao seu suplente. Carlos Queiroz não queria acreditar no que a sorte lhe havia reservado, mas cedo a Inglaterra fez questão de mostrar que não era por aí que a seleção do Irão iria ficar menos capaz.

Depois de dois avisos, primeiro por Mount e depois por Maguire, os ingleses acabaram mesmo por fazer o primeiro golo na competição, por intermédio de Jude Bellingham. O médio do Borussia Dortmund apareceu na área sem marcação e, de cabeça, colocou a bola no fundo das redes iranianas. Nos dez minutos que se seguiram foram mais dois golos, que acabaram por surgir com toda a naturalidade. Primeiro por Saka, com um grande remate, e depois por Sterling, no primeiro dos 14 minutos de compensação da primeira parte.

Para a segunda parte o técnico português pouco ou nada podia fazer. Restava corrigir posicionamentos e reduzir os danos causados, até porque a diferença de golos pode acabar por fazer a diferença. Carlos Queiroz promoveu asism três alterações e a equipa iniciou o segundo tempo com uma pressão mais alta, algo que de pouco ou nada valeu. Foi a Inglaterra, com mais espaço no último terço, que acabou por dilatar a vantagem, novamente por Bukayo Saka. O extremo do Arsenal FC bisou e a Inlgaterra ia evidenciando toda a sua qualidade.

Ainda assim, e apesar de toda a superioridade inlgesa, aos 65 chegou o golo de honra dos asiáticos. Mehdi Taremi com um remate de belo efeito a fazer aquilo que melhor sabe. Até final da partida a seleção inglesa ainda marcou mais dois golos, por intermédio de Rashford e Grealish, e Taremi voltou a fazer novo gosto ao pé, deixando o resultado final num expressivo 6-2. A Inglaterra começa o Campeonato do Mundo com uma bela prestação, já o Irão terá de vencer as suas partidas para poder seguir em frente.

 

A FIGURA

Bukayo Saka – Qualquer jogador do ataque inglês poderia levar o prémio de melhor da partida, até Harry Kane que acabou por não faturar, mas a escolha recai sobre aquele que marcou mais golos. Saka estreou-se em Mundiais com um bis e ajudou a seleção a inglesa a conquistar este triunfo indiscutível sobre o Irão.

 

O FORA DE JOGO

Organização defensiva do Irão – Temos por hábito escolher um jogador nos destaques positivos e negativos de cada jogo, mas parece tremendamente injusto destacar apenas um quando se sofrem seis golos. Esperava-se muito mais de uma equipa que, em 16 jogos disputados em campeonatos do mundo, conseguiu não sofrer em dez deles. Carlos Queiroz não conseguiu dar à sua equipa as ferramentas táticas necessárias para conseguirem parar a seleção inglesa e a estreia na prova acabou por ser péssima. Se quiserem seguir em frente, terão de melhorar muito no aspeto defensivo.

 

ANÁLISE TÁTICA – INGLATERRA

Ao contrário do que aconteceu no Euro 2020 que quse acabou por vencer, Gareth Southgate colocou a equipa a jogar num 4-3-3 mais tradicional, com um triângulo no meio campo, composto por Rice mais atrás, Bellingham como número oito e Mount com mais liberdade e mais próximo do avançado, Harry Kane. Na linha mais recuada apareceram Trippier à direita, Stones e Maguire no centro e Shaw à esquerda, havendo no banco soluções como Kyle Walker, Alexander Arnold ou Ben White.

O meio campo foi composto pelos três homens já referidos, com Sterling a aparecer pela esquerda, Saka pela direita e Kane no centro, o grade goleador da equipa que acaba por ser muito importante não só no momento de finalizar.

Mount acaba por ser, nesta disposição, o homem com mais liberdade, aparecendo em várias zonas do terreno, nomeadamente mais escostado à esquerda, libertando Sterling para zonas mais interiores no terreno.

Esta partida acabou por não colocar grandes desafios à equipa inglesa, que jogou à velocidade que quis e encotrou espaços muito facilmente, algo que nem sempre acontece.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Pickford (8)

Trippier (6)

Stones (6)

Maguire (7)

Luke Shaw (8)

Declan Rice (8)

Bellingham (8)

Mount (7)

Saka (9)

Sterling (8)

Kane (8)

SUBS UTILIZADOS

Eric Dier (6)

Rashford (8)

Grealish (8)

Foden (6)

Callum Wilson (7)

 

ANÁLISE TÁTICA – IRÃO 

Carlos Queiroz partia com a missão de fazer a sua equipa ser muito competente defensivamente para depois poder sair em contra-ataques rápidos, cenário que a equipa do Irão bem conhece. Assim, colocou cinco homens numa linha mais recuada, com Sadegh Moharrami à direita, Morteza Pouraliganji, Roozbeh Cheshimi e Majid Hosseini no centro e Milad Mohammadi na esquerda. Alireza Jahanbakhsh atuou como médio direito, ele com mais capacidade para aparecer no ataque junto ao avançado, enquanto que Ehsan Hajsafi jogou na esquerda. No meio campo apareceram Ahmad Noorollahi e Ali Karimi, com Mehdi Taremi a ser a referência no ataque.

O plano do técnico português acabou por sair furado e o Irão permitiu três golos nos primeiros 45 minutos. Para a segunda parte os iranianos entraram mais pressionantes, mas o resultado defensivo acabou por ser o mesmo: mais três golos sofridos, mas com a diferença de que conseguiram marcar dois, pelo intermédio do avançado do FC Porto.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Alireza Beiranvand  (-)

Sadegh Moharrami (4)

Morteza Pouraliganji (4)

Roozbeh Cheshimi (4)

Majid Hosseini (4)

Milad Mohammadi (4)

Alireza Jahanbakhsh (4)

Ahmad Noorollahi (5)

Ali Karimi (5)

Ehsan Hajsafi (4)

Mehdi Taremi (8)

SUBS UTILIZADOS

Hossein Hosseini (4)

Saeid Ezatolah (5)

Ali Gholizadeh (5)

Hossein Kanaani (5)

Mehdi Torabi (5)

Sardar Azmoun (4)

Guilherme Vilabril Rodrigues
Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.

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