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Vão-se os anéis, ficam os dedos

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Depois de uma super temporada das águias de Frankfurt, o Eintracht viu sair as suas principais figuras e os seus cofres a ficarem (muito) recheados. Neste momento, o registo marca um encaixe acima dos 100 milhões de euros e a perda de quase metade do habitual onze inicial da última época.

Na temporada 17-18, após um oitavo lugar que deu qualificação para a Liga Europa, o Eintracht Frankfurt entrou na temporada 18-19 com as aspirações do costume: garantir a permanência na Bundesliga o quanto antes e, se possível, conseguir nova qualificação europeia. A nível de mercado, foram discretos, como também tem sido costume nas últimas temporadas. Nas saídas, destaque apenas para a ida de Marius Wolf para o Borussia Dortmund, por 5 milhões, e nas entradas, várias contratações de jovens jogadores por um preço baixo e por empréstimo, alguns até sem opção de compra. Para liderar a equipa, chegou Adi Hutter, acabadinho de ser campeão nacional suíço, que veio dar outro nível a este grupo de jogadores.

As grandes estrelas da época 18-19, acabaram por ser jogadores que já estavam no clube: Luka Jovic e Sébastien Haller. Já tinham deixado água na boca com o que tinham feito antes, mas, sob a batuta de Hutter, com uma dinâmica e um cunho muito pessoal do técnico, toda a equipa evoluiu, fazendo com que as individualidades sobressaíssem mais.

A jogar num 3-4-1-2, com os laterais bem subidos e a fazerem todo o corredor, um guarda redes seguro, defesas ágeis e tecnicistas, um meio campo, sobretudo, inteligente, e com três avançados interiores que “partiram a loiça toda”, Jovic-Haller-Rebic, o Eintracht Frankfurt foi uma das equipas sensação, não só da Liga Europa ou da Bundesliga, mas também da Europa. Batiam-se de igual para igual com qualquer adversário e desafiaram os teóricos que não os colocaram como candidatos a um título europeu e a uma qualificação para a Liga dos Campeões.

Adi Hutter é o treinador do Eintrach Frankfurt
Fonte: Eintracht Frankfurt

Na verdade, o Eintracht de Hutter, ficou a somente quatro pontos dos lugares de Champions, muito por causa da campanha europeia a equipa perdeu gás nos últimos jogos da Liga, e foi eliminada nas grandes penalidades pelo todo poderoso Chelsea FC, nas meias finais da Liga Europa. Para além dos bons resultados desportivos, o mais soberbo no trabalho de Hutter, foi a valorização dos ativos do clube e o estilo ofensivo, pressionante e desafiante que a equipa colocava em cada desafio.

Todo o sucesso tem o seu preço e o Eintracht Frankfurt está a senti-lo. Haller rumou ao West Ham UFC, depois de 20 golos apontados, por 40 milhões de euros, e Jovic seguiu para o Real Madrid CF, por uns incríveis 60 milhões, após 27 golos marcados. Para além desta super dupla, o Eintracht perdeu o seu guarda-redes e capitão Kevin Trapp, que voltou ao Paris SG após empréstimo, tal como Martin Hinteregger, que regressou ao FC Augsburg, depois de ter sido uma das melhores unidades da equipa. Também voltou ao seu clube de origem Sebastian Rode, um dos craques da equipa, que só não ajudou mais devido a lesões.

Paciência esteve bem na época de estreia e terá outro protagonismo, depois das saídas no ataque
Fonte: Eintracht Frankfurt

Quanto a contratações, o Eintracht permanece com a mesma política (pelo menos para já), ou seja, jovens e baratos. Para o meio campo chegaram dois belíssimos jogadores. Dominik Kohr vem do Bayer Leverkusen, por 8.5 milhões, e Djibril Sow, bicampeão suíço, chega do BSC Young Boys, por 9 milhões de euros. Dois médios que encaixam no perfil que Hutter traça para aquela zona de campo: inteligentes e com vários recursos técnicos a nível do passe e visão de jogo, sendo Kohr um jogador mais criativo e Sow um elemento mais técnico. Erik Durm, internacional alemão assolado por lesões, veio a custo zero para reforçar as laterais.

Dejan Joveljic é, para já, o único que chegou para colmatar as saídas do ataque de Haller e Jovic. O jovem talento, ex-Estrela Vermelha e contratado por 4 milhões, marcou 8 golos a época passada, estando muito longe do nível dos seus antecessores. No entanto, tem imensa margem de progressão e encaixa muito bem no 3-4-1-2 de Hutter. Outra grande notícia, foi a compra em definitivo de Filip Kostic ao HSV Hamburgo por 6 milhões. Foi um dos vários elementos potencializados pelo treinador Adi Hutter e uma continuidade muito importante para a equipa.

Depois de uma super época, custa ver uma equipa tão forte ser assim despedaçada, mas com um treinador competente e talentoso, como Hutter, e um plantel que continua recheado de qualidade, a expetativa é ver um Eintracht Frankfurt a encantar novamente. Uma coisa é certa, não será fácil atingir o nível da equipa 18-19 e a pressão esta época será outra.

artigo revisto por: Ana Ferreira

Ruben Brêa Marques
Ruben Brêa Marqueshttp://www.bolanarede.pt
O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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