Essa semana o ex-presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, disse que o futebol não é coisa para pobre e defendeu a ideia de se cobrar um alto valor para a aquisição dos ingressos. Infelizmente o cenário do atual futebol brasileiro não permite que os pobres de fato sejam incluídos. Entretanto, o Kalil erra ao defender essa ideia. O futebol é feito por pobres para os pobres. O torcedor de antigamente não se importava de assistir o jogo em pé na geral. Ele queria era estar no campo. Quem quisesse mais de conforto pagava um pouco mais para ir na arquibancada ou na cadeira.

Fonte: Ernesto Rodrigues/Folhapress
Se faz necessário os clubes criarem uma política de inclusão. É evidente que os clubes necessitam de receita para tentarem manter as suas contas em dia. Mas nada é mais importante que o torcedor. Nem que para isso seja criado um teto de vencimento para a folha salarial do elenco.
Parece uma postura radical, mas talvez acabasse com a justificativa de se cobrar altos valores de ingressos para poder pagar os altos salários dos jogadores. Por todo Brasil já começaram as manifestações dos torcedores em relação ao tema. Enfim é um assunto que precisa ser debatido em todos os meios relacionados ao futebol, incluindo a imprensa. Não tem como não ser nostálgico e sentir saudades dos velhos Mineirão, Maracanã, Fonte Nova entre outros estádios. Torcer no estádio era diferente. Futebol “Gourmetizado” não é cara do futebol brasileiro.