SPORTING CP x MANCHESTER CITY FC
O duelo entre Rúben Amorim e Pep Guardiola guarda um favoritismo claro para os ingleses, atuais vice-campeões europeus, mas na mente dos leões estará certamente o feito prodigioso de 2011/12, quando o calcanhar de Xandão eliminou uns «citizens» que davam os primeiros passos na elite sob a regência dos milionários árabes.
O cenário, 10 anos depois, não se afigura nada favorável: o Man. City soma 12 partidas consecutivas sem conhecer o sabor da derrota, em todas as competições, tem o melhor ataque da Premier League a par de Liverpool, lidera a competição e tem a melhor defesa, além de ter também um registo interessante em termos ofensivos trazido da fase de grupos da Champions (pese embora tenha perdido duas vezes fora de casa, frente a PSG e Leipzig).
É uma equipa fortíssima no momento da organização ofensiva, com uma qualidade e critério tremendos a definir as jogadas de ataque, mostrando enorme variabilidade posicional e um modelo com várias nuances, que deixam o adversário na dúvida. Cancelo ataca o espaço interior como poucos (mesmo sendo lateral), Bernardo Silva, Mahrez e De Bruyne acrescentam uma qualidade técnica (no passe e remate) fora de série, Foden é um dos «falsos 9» mais astutos da atualidade e há também jogadores no espaço defensivo para poder fazer a diferença na área contrária (desde logo, os centrais).
Esta equipa do City ainda fica algo exposta na transição defensiva, quando o primeiro momento de reação à perda não é eficaz e isso é algo que pode ser devidamente explorado por um Sporting que sabe atacar de forma vertical, por fora mas que registou também uma evolução na presente época a trocar a bola no corredor central. Jogadores como Sarabia, Pedro Gonçalves, Pedro Porro, Coates ou Adán podem ser determinantes para o Sporting levar um resultado interessante para Inglaterra.