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Braga com ouvidos a ‘Zoubir’ e defesas a ‘Benzier’

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Na primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, os azeris deslocaram-se até ao Estádio Municipal de Braga e deixaram bem claro ao que vinham: fazer história. Assobios e dificuldades defensivas à parte, a verdade é que o Braga teve uma noite para esquecer muito por culpa destes dois senhores: Abdellah Zoubir e Yassine Benzia.

O domínio interno do Qarabag é indiscutível. Estão neste momento com 16 pontos de avanço sobre o segundo classificado (Sumqayit) e tudo indica que conquistarão o campeonato azeri sem grandes dificuldades. Tal como fizeram em oito (!) ocasiões nos últimos dez anos. Isto permite à formação de Gurban Gurbanov rodar e refrescar a equipa nas competições internas e ter as tropas na máxima força nas deslocações europeias. Ao contrário, por exemplo, do Braga de Artur Jorge que além dos danos morais causados pela humilhante derrota frente ao Sporting, ainda se viu ficar sem Ricardo Horta (sofreu uma lesão frente aos leões) e Adrián Marín. A frescura de pernas dos atletas azeri sentiu-se, e sentiu-se bem, mas não invalida a gigante superioridade mostrada em relação aos minhotos.

A formação de Gurbanov vive, ofensivamente, às costas do quarteto composto por: Zoubir e Benzia (referidos anteriormente), e Juninho (ex-Chaves) e Leandro Andrade (luso-cabo-verdiano). Juntos, os quatro, somam 71 contribuições para golo (entre golos e assistências, entenda-se) dos 93 marcados pela equipa em todas as competições. Números que impõem respeito e impressionam qualquer um. Destes quatro, e voltando ao tema inicial, Zoubir e Benzia são os que me enchem as medidas.

Dois ‘bandidos’ dentro de campo, com um estilo de jogo muito similar, talvez por isso pareça que jogam de olhos fechados entre eles. Frente ao SC Braga, Zoubir, com a ‘10’ nas costas (e que bem lhe fica), começou o jogo caído para o lado esquerdo, e Benzia atrás do ponta de lança, posicionamentos meramente teóricos tais eram as permutas posicionais entre ambos. Se tivesse de adivinhar a expressão dita por Gurbanov sobre aquilo que pretendia dos dois neste encontro, diria: “caos organizado”.

Foi notória a liberdade concedida pelo treinador azeri, a verdade é que muitas vezes essa liberdade “a mais” também atrapalha, mas neste caso não. Se um vinha para dentro, o outro estava na linha. Se um pedia no pé, o outro pedia no espaço. Se um se desmarcava na diagonal, o outro fazia uma paralela. Se um encarava o adversário, o outro sabia que linha de passe oferecer. E o mais impressionante? Pareciam ter uma ligação umbilical, sabiam sempre onde estava o outro (e os outros). Ou não fossem todos os quatro golos marcados frente ao Braga terem o cunho de pelo menos um deles.

Uma coisa é certa, o aviso ficou feito e o Qarabag FK não está apenas a passear na Liga Europa. Se, e segundo as palavras do treinador e dos jornalistas azeris presentes na ‘Pedreira’, toda a gente achava que esta eliminatória ia ser “favas contadas” para o Braga, a coisa ficou bem diferente agora. Nada está ganho, mas os azeris conseguiram o que queriam: merecer a atenção e o respeito do futebol europeu. Será que estamos perante uma página histórica do futebol azeri, pronta a ser escrita por Zoubir, Benzia e companhia?


Renato Alexandre Soares
Renato Alexandre Soareshttp://www.bolanarede.pt
O Renato é natural de Aveiro mas atualmente reside em Lisboa. Está, neste momento, a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Tem no futebol a sua maior paixão, mas é um aficionado pelo mundo do desporto. Desde futebol até à Fórmula 1, passando pelo basquetebol e andebol, se for um desporto, tem lugar garantido na vida do aveirense.

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