Paris Saint-Germain FC 1-0 Olympique de Marseille: Parisienses vencem e lideram isolados

A CRÓNICA: GOLO SOLITÁRIO DE NEYMAR CHEGOU PARA VENCER UM MARSEILLE COM PERSONALIDADE

A 11ª jornada da Liga Francesa reservou-nos um sempre escaldante Le Classique, entre o Paris Saint-Germain FC e o Olympique de Marseille. Os parisienses receberam o Marseille no Parc des Princes com a esperança de cavar um fosso maior entre as duas equipas na tabela classificativa e ao mesmo tempo isolar-se na frente do campeonato. Já os orientados por Igor Tudor procuravam igual a equipa da capital e o Lorient na frente da Liga Francesa.

A primeira metade da partida ficou marcada pela abordagem completamente oposta àquela que seria de esperar das duas equipas. Um PSG que gosta, principalmente a jogar no campeonato, de ter a bola e controlar os ritmos de jogo viu-se obrigado a jogar à base de transições rápidas (elementos que as realizem bem não faltam) tanto ofensivamente como defensivamente. O Marseille, que contra equipas teoricamente mais fortes prefere jogar em transições, entrou muito pressionante em campo, impondo um estilo de jogo mais intenso e físico, aí sim um pouco à sua imagem, e que deixou a equipa de Galtier desconfortável durante toda a primeira parte. A verdade é que numa (das muitas) transições do PSG, a equipa da capital acabou mesmo por chegar ao golo da vantagem à passagem do minuto 46. Mais um golo para Neymar que aumenta assim a contagem na Liga Francesa para 9 golos, e destaque para a primeira assistência de Kylian Mbappé esta temporada.

A segunda metade fica marcada pela expulsão de Samuel Gigot aos 72 minutos (entrada infantil sobre Neymar, que lhe valeu o cartão vermelho direto), numa altura em que o Marseille estava por cima do jogo e procurava o golo do empate. A jogar contra dez, o Paris SG ficou mais confortável e o Olympique nunca pareceu capaz de evitar que os três pontos ficassem em Paris. De louvar a atitude incrível da equipa de Tudor, que mesmo jogando com menos um jogador nunca baixou os braços e tentou sempre que pôde alvejar a baliza de Donnarumma. O PSG volta assim às vitórias, depois de três empates nos últimos três jogos realizados, e recupera a liderança isolada da Liga Francesa.

 

A FIGURA

Pau López – Eu sei, eu sei, num jogo com Messi, Neymar, Mbappé, Vitinha, entre muito outros, e onde a sua equipa até perdeu, parece um pouco estranho escolher o guarda-redes do Olympique… mas apenas para quem não viu o jogo. Se o Marseille acreditou até ao fim que podia levar pontos de volta para casa foi muito graças ao espanhol de 27 anos, que aos 5 minutos de jogo já tinha evitado três golos certos provenientes de transições rapidíssimas por parte dos parisienses.

 

O FORA DE JOGO

Samuel Gigot – Confesso que até aos 72 minutos de jogo a minha principal “aposta” para ocupar este posto pouco desejado, diga-se de passagem, era Veretout, mas um erro infantil e comprometedor como aquele que cometeu Gigot facilitaram-me a vida. O central de 29 anos comprometeu as aspirações da equipa numa altura em que o Marseille até estava por cima do jogo e procurava o golo do empate, objetivo que se tornou impossível depois da sua expulsão.

 

ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN FC

Com Sergio Ramos castigado e Kimpembe lesionado, galtier viu-se “obrigado” a jogar com uma defesa “a quatro”, retirando alguma verticalidade e profundidade aos laterais, mas acrescentando uma maior consistência ao meio-campo, com mais um elemento, Fábian Ruiz. Um Paris SG que jogou mais na expetativa (a pressão adversária obrigou a isso) e que teve como principal arma as transições ofensivas, as quais dependem bastante da inspiração individual do trio da frente. Quando os parisienses tinham bola, Verratti e Ruiz baixavam para junto da defesa criando superioridade, deixando Vitinha com a função que ele tanto gosta e sabe cumprir, a de ser o elo de ligação entre a defesa e o ataque.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Donnarumma (7)

Bernat (5)

Danilo (-)

Marquinhos (6)

Hakimi (5)

Vitinha (6)

Verratti (6)

Fábian Ruiz (7)

Neymar (6)

Mbappé (7)

Messi (6)

SUBS UTILIZADOS

Mukiele (5)

Sarabia (5)

Soler (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – OLYMPIQUE DE MARSEILLE

O Marseille de Tudor apresentou o mesmo “onze” que tinha apresentado frente ao Sporting CP, e deu uma grande resposta frente a uma das melhores equipas do mundo atualmente. O Olympique foi uma equipa muito plastificável, que se conseguiu adaptar e complementar em todos os momentos de jogo, muito corajosa e sem medo de jogar olhos nos olhos com este PSG, por vezes até demais. A pressão alta e homem-a-homem que impuseram permitiu-lhes recuperar imensas bolas no meio-campo adversário, mas também foi devido a essa pressão que a equipa da casa conseguiu chegar várias vezes com perigo à baliza de Pau López.

Dentro da sua organização, o Marseille tinha (e tem) algumas variáveis estratégicas muito interessantes e difíceis de combater, que o diga Rúben Amorim. Tais como: Guendouzi e Harit não têm posições definidas, tanto jogam por dentro, como por fora, não dão referências aos adversários e controlá-los torna-se um verdadeiro pesadelo; assim como a função que Mbemba apresentou hoje em campo, tanto acompanhava a sua referência até ao meio-campo adversário (por norma Neymar), como aparecia aberto na direita, não só para sair a jogar, mas a atacar mesmo (ele que ainda rematou algumas vezes e esteve perto de fazer golo), ou ainda, o facto de jogar sem uma referência ofensiva, isto porque Alexis Sánchez não é, nem nunca foi, um ponta-de-lança que fixe os centrais. Tudo isto demonstra o quão plastificável ou “moldável” é o Marseille de Igor Tudor, e o porquê de ser tão difícil contrariá-lo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Pau López (7)

Balerdi (6)

Bailly (5)

Mbemba (6)

N. Tavares (5)

Veretout (4)

Rongier (6)

Clauss (6)

Harit (6)

Guendouzi (6)

A. Sánchez (5)

SUBS UTILIZADOS

Gigot (3)

Kaboré (5)

Cengiz Under (5)

Pape Gueye (-)

Bamba Dieng (-)

Renato Alexandre Soares
Renato Alexandre Soareshttp://www.bolanarede.pt
O Renato é natural de Aveiro mas atualmente reside em Lisboa. Está, neste momento, a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Tem no futebol a sua maior paixão, mas é um aficionado pelo mundo do desporto. Desde futebol até à Fórmula 1, passando pelo basquetebol e andebol, se for um desporto, tem lugar garantido na vida do aveirense.

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