Na última dança, prevaleceu o empate | Liverpool 1-1 Manchester City

Uma das maiores rivalidades entre treinadores e equipas da última década terminou empatada, após um bom espetáculo de futebol dado por Liverpool e Manchester City.

À entrada para este clássico as cartas lançadas por Pep Guardiola e Jurgen Klopp expectavam um duelo extremamente equilibrado, como é de costume, e foi o que se sucedeu. O Liverpool fez “apenas” três alterações face ao último confronto dos reds.

Destacar a presença de Caoimhin Kelleher na baliza e Jarell Quansah no centro da defesa que estrearam-se neste contexto. Salah e Robertson, por questões físicas, não foram opções no onze inicial. O Manchester City, em contrapartida, levou a campo as melhores peças do seu puzzle.

O ambiente e os intervenientes preparados só faltava rolar a bola para um dos grandes confrontos da jornada inglesa e do futebol mundial.

A alternância de estatutos

O Liverpool sentiu muitas dificuldades, nos primeiros 10 minutos, em acertar a pressão. O City facilmente encontrava Bernardo Silva, e principalmente o De Bruyne entrelinhas para receberem e rondarem, consequentemente os lances de 1vs1, tanto de Álvarez como Phil Foden eram recorrentes. Recebiam de frente para a marcação e exploravam o último terço.

A teia montada por Pep no meio-campo, com Stones, Rodri, Bernardo Silva e Kevin De Bruyne, foi eficaz para Szoboszlai e Mac Allister não receberem e obrigarem os defesas e o guarda-redes dos reds a despejar na frente de ataque.

No entanto, a capacidade da turma de Klopp em sofrer sem bola, foi sol de pouca dura. Rapidamente, o Liverpool subiu as linhas de pressão, que são características e assustava a defensiva dos citizens. Apesar disso, foi do outro lado com o astro belga, Kevin, e Stones a mostrarem, aos 23 minutos, que na bola parada os campeões europeus também têm repertório.

Rodri e Manuel Akanji atraíram a marcação individual para o primeiro poste, Virgil Van Dijk aguarda algum jogador no centro. Nathan Aké, preponderante no golo, faz bloqueio e depois é a execução de Kevin De Bruyne e, posteriormente, John Stones fatura. Um lance genial da “escola” de Guardiola.

Com a vantagem no bolso, o Manchester City retraiu-se e o Liverpool, logicamente, em ataque posicional, procurava chegar à igualdade, mas sem êxito. O city esteve sempre confortável e basculava em detrimento da posse dos reds.

O equilíbrio, ao longo do primeiro tempo, ficou patente, com o City a ter as oportunidades mais evidentes. O Liverpool refugiava-se em Conor Bradley, sendo o lateral direito o fator surpresa com diversos movimentos de rotura entre Nathan Aké e Álvarez, que defensivamente demonstra muitas debilidades.

 O show de desperdícios do Liverpool

Vindo dos balneários, o Liverpool foi acutilante, através de um erro de Aké e Darwin, atento, conquista o penálti que colocava o jogo, de volta, à estaca zero. Mac Allister foi o autor do empate. Um autêntico balão de oxigénio.

As entradas de Salah e Robertson, aos 58 minutos, deram mais discernimento ao Liverpool, tanto na pressão como na objetividade no último terço. O City sem estabilidade, concedia espaço e oportunidades para os reds. Luis Díaz à cabeça que por dois/três momentos podia ter dado a vantagem à sua equipa.

No mesmo caminho, Guardiola mexeu e com as substituições de Kevin De Bruyne e Alvarez por Kovacic e Doku, alterou as funções de Bernardo Silva e Foden que, naquele momento, foram preponderantes para controlar as hostilidades de um jogo que estava fora do seu controlo. De salientar também o papel de Ortega, que entrou pelo lesionado Ederson, e além das defesas importantes deu muito critério à posse da equipa de Manchester.

Apesar da superioridade do Liverpool ao longo da segunda parte, tendo diversas oportunidades de chegar à vantagem, foi o Manchester City, através de Doku, a conseguir pôr em sentido os visitados, já nos instantes finais.

O último duelo entre Klopp e Guardiola, a contar para a Liga Inglesa, reforçou as dificuldades do catalão nas deslocações a Anfield, casa que já visitou por nove vezes e alcançou uma vitória, três empates e cinco derrotas.

Este empate coloca como vencedores os gunners que, neste momento, estão na primeira posição da tabela classificativa com os mesmo pontos (64) que o Liverpool. O Manchester City está em terceiro com 63 pontos.

Miguel Costa
Miguel Costa
Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Arne Slot e Jack Grealish premiados pela Premier League no mês de agosto

Arne Slot foi eleito o treinador do mês de agosto da Premier League. Já Jack Grealish venceu o prémio de jogador do mês da competição.

FC Porto quer renovar contrato com Diogo Costa e aumentar cláusula de rescisão: eis os valores

O FC Porto tem como um dos objetivos para os próximos meses renovar com Diogo Costa. Renovação permitiria subida da cláusula de rescisão para os 100 milhões de euros.

Pep Guardiola compara Erling Haaland a Alexander Isak: «Está um pouco acima»

Em antevisão ao Manchester City x Manchester United, Pep Guardiola comparou os avançados Erling Haaland e Alexander Isak.

Rico Lewis renova contrato com o Manchester City e contraria Pep Guardiola: «Gosto de jogar no meio-campo e de estar envolvido no jogo com...

Rico Lewis renovou contrato com o Manchester City até 2030. Internacional jovem inglês tem sido uma das apostas de Pep Guardiola como lateral.

PUB

Mais Artigos Populares

João Mário deixa Besiktas e é reforço do AEK por empréstimo

João Mário já foi apresentado como novo jogador do AEK. Médio internacional português deixa o Besiktas na condição de emprestado e ruma à Grécia.

Francesco Farioli e o regresso a Itália: «Não excluo, mas sair foi fundamental para saltar a fase em que te dizem que és demasiado...

Francesco Farioli, técnico do FC Porto, comentou sobre a possibilidade de regressar ao futebol italiano no futuro.

Jota Silva oficializado no Besiktas por empréstimo do Nottingham Forest

Jota Silva é reforço do Besiktas. O avançado português deixou o Nottingham Forest e assinou com o clube turco por empréstimo de uma temporada.