Manchester City e o modesto início de Premier

Cabeçalho Futebol InternacionalSe olharmos para a classificação neste momento, este artigo parece logo, à partida, perder todo o significado ou sentido. Os ‘citizens’ estão no quarto lugar, com os mesmos pontos do segundo, Liverpool, terceiro, Huddersfield, e do quinto, West Brom e a dois do 100% vitorioso Manchester United, ao cabo de três jornadas.

Seria absurdo, também, apelidar de “medíocre” a performance dos homens comandados por Guardiola após duas vitórias e um empate que os colocam bem perto do topo da Premier League.

A leitura que este trabalho propõe é das dificuldades que a equipa demonstrou ao longo destes três encontros, onde só um dos cinco golos até agora marcados foi alcançado antes (bem antes) da parte final dos jogos.

Com um plantel, nas próprias palavras de Pep Guardiola, dos mais velhos da Premier League e da Europa, o plantel do City rejuvenesceu-se nesta janela de mercado veraneante. Muitas saídas, a maioria a custo zero e sete contratações que ultrapassaram os 200 milhões no plano do investimento, com destaque para o guardião, Ederson Moraes, os três laterais, Kyle Walker, Danilo e Benjamin Mendy e o extremo Bernardo Silva.

70, 65 e 70, respetivamente, foram os números percentuais de posse de bola, nada de surpreendente numa equipa orientada pelo catalão adepto do futebol total. 14-6, 19-7, 19-9, na ordem respetiva, foi o corolário favorável no que a remates efetuados e concedidos diz respeito nestas três jornadas.

Nas duas primeiras jornadas – Brighton (fora, vitória com dois golos nos últimos 20 minutos) e Everton (casa, equipa chegou ao empate aos 82’) – a equipa jogou em 3x1x4x2, enquanto em Bournemouth (fora, com o golo da vitória a chegar aos 90+7’) recuperou a linha defensiva a 4, em 4x3x3. Do primeiro para o segundo jogo, a grande diferença residiu nas laterais, com Danilo a jogar na ala esquerda e Walker na direita e no segundo Danilo na direita e Leroy Sané na esquerda.

Nas restantes posições, manteve-se a espinha dorsal: Ederson Moraes, Otamendi-Stones-Kompany na defesa, Fernandinho-De Bruyne-David Silva no meio-campo e Gabriel Jesus-Agüero no ataque.

O Manchester City cria muito no ataque, constrói várias formas de chegar ao golo, mas a finalização não tem a eficácia requerida Fonte: Premier League
O Manchester City cria muito no ataque, constrói várias formas de chegar ao golo, mas a finalização não tem a eficácia requerida
Fonte: Premier League

Na estreia em casa contra os ‘Toffees’, Walker foi expulso na primeira parte e a mudança para esta última jornada, viu John Stones sair e Otamendi-Kompany como a dupla de centrais, Mendy na esquerda e Danilo na direita, o meio-campo permaneceu o mesmo e, na frente, Sterling aberto na esquerda, Bernardo Silva na direita e Gabriel Jesus no meio.

No entanto, e Pep Guardiola tem sido repetitivo nas conferências de imprensa pós-jogos, sobretudo após o empate com o Everton, a equipa tem problemas em finalizar proficuamente. Passa grande parte do jogo no meio-campo adversário, cria muito pelos flancos, muito forte no jogo interior, com David Silva e De Bruyne, dois interiores ofensivos a aparecerem com facilidade a finalizar. Os alas, sobretudo com o sistema de três atrás, também têm muita chegada na área contrária, enfim…Muitas formas de chegada na baliza, mas sem a eficácia requerida.

Gabriel Jesus e Sergio Agüero são dois grandíssimos jogadores de ataque, mas, e depois de tão acentuado investimento na zona defensiva, fica a dúvida sobre se a posição mais avançada do terreno não deveria ter sido reforçada, e por lá também pode passar Sterling, que até é o melhor marcador da equipa no momento.

É verdade que o estilo de atacar de Guardiola não contempla homens do golo muito fixos, mas sim muito comunicativos com o meio-campo e os flancos, dando capacidade de permuta, mobilidade, imprevisibilidade e penetração ao carrossel da circulação de bola em ataque posicional.

Muito cedo para tirar já conclusões, mas, na última época, o melhor marcador na Premier League dos ‘citizens’ foi Kun Agüero, com 20 golos em 31 jogos, não fazendo parte do pódio de goleadores da principal divisão inglesa. Números nada impressionantes para um clube que quer ser campeão no melhor campeonato do mundo.

Gabriel Jesus chegou em janeiro último e, neste último encontro com o Bournemouth, num sistema que contemplava apenas um ponta de lança, o argentino foi o preterido.

A quarta jornada da Premiership começa sábado com um Manchester City – Liverpool. Um clássico. Ótimo para se avaliar com mais precisão esta versão de segundo ano da equipa de Pep Guardiola.

Foto de Capa: Premier League

Artigo revisto por: Beatriz Silva

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O futebol foi a primeira paixão da infância, no seu estado mais selvagem e pueril. Paixão desnuda. Hoje não deixou de ser paixão, mas é mais madura, aliada a outras paixões de outras idades: a literatura, as ciências sociais, as ciências humanas.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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